Móveis Relíquia - restaurar/reciclar (sugestões e técnicas)

Obrigada pelas vossas respostas. Se calhar têm razão alterar a cor de algum deste móveis pode ser demasiado arriscado e o que se pensava ficar giro, pode ficar uma grande borrada. Tenho de consolidar melhor as minhas ideias em relação a essa questão.
De qualquer forma, muito obrigada pelas vossas dicas e sugestões.
E o que acham de misturar estilos, porque a minha intenção não é mobilar a casa com estes móveis, mas torná-los um apontamento diferente numa divisão.

Tenho andado aqui em pesquisas pela net a recolher ideias. Por acaso encontrei uma cómoda muito semelhante à que tenho cá em casa. Também ela foi reciclada. A minha ideia desde o início era pintá-la de branco e alterar a cor dos puxadores para prateado envelhecido.
Ao ver esta imagem disse para mim própria: "É mesmo o modelo que precisava para ter uma noção mais aproximada do resultado final que pretendo".
Não acham que ficaria gira?
Já vi que se podem aplicar várias técnicas depois da reciclagem de um móvel, como a Pátina ou o Cracklé (técnicas que pretendem envelhecer ou dar alguma antiguidade ao móvel).
Acho que mantendo a cor original deste móvel em questão, ficará uma peça demasiado pesada lá em casa.

Estou a ver que és uma entendida no assunto.
Explica-me lá o que significa restaurar em folha de prata ou de ouro.
Obrigada pela tua resposta.

Apesar de te ser complicado explicar, acho que entendi
E até estou a ver como é que os móveis ficam. Se é o efeito que estou a imaginar, ficam mesmo muito bonitos. Fico então a aguardar pelas tuas fotos. De qualquer forma, gostaria muito que me explicasses como fazes para aplicar essa técnica.
Desculpa se estou a ser chata, mas de facto adoro aprender e estou muito curiosa ao que me falaste.

Encontrei estas imagens, será que têm alguma coisa a ver???

Obrigada pela tua opinião.
Quando dizes que para pintar de branco, há que ter móveis de pinho não tratado, as coisas não são assim.
Do que me tenho informado, qualquer móvel antes de ser pintado tem de ser todo ele lixado para eliminar vernizes, ceras, qualquer tipo de impurezas. Depois é-lhe aplicada uma tinta base primária, que normalmente é na cor branca. Só depois disso é que se aplica a cor que se pretende. Desta forma o móvel não corre riscos de ficar manchado.
Beijinhos

Obrigada pelas vossas sugestões.
Em relação ao candeeiro, pensei pintar o abajour de uma cor chocolate ou até forrá-lo com tecido ou papel de parede (há-os tão giros). Não estava a pensar mudá-lo. A parte cromada do pé, não sei bem o que fazer ainda e a parte do candelabro pintar numa cor contraste mas que harmonizasse com a cor ou padrão do abajour.

Em relação à arca baú, tb estava a pensar mantê-la da mesma cor, mas envernizá-lo e pintar as dobradiças (não sei em que cor) pois acho que fica bem assim. O problema é que o bicho da madeira já o atacou nos pés e já o tenho nesses sítios todo cheio de buraquinhos. Maldito caruncho! Já o tratei com produto, mas o bicho voltou a atacar. De qualqer forma, mesmo dando cabo dele, não sei como tapar os furos e se o móvel estará bastante oco nessas partes.

Em relação à escrivaninha, estava a pensar mudar-lhe a cor (pensei no branco, mas estou aberta a outras sugestões) bem como a cor dos puxadores (mas não sei para qual)

Quanto ao móvel com gavetas acho que também gostaria de trocar de cor e quanto aos puxadores não sei se deva manter os mesmos. Mas trocando para outros, também não sei se destoarão do restante estilo do móvel (tenho receio de fazer asneira)

Quanto ao móvel aparador, por acaso gosto bastante dele, mas não tenho ideias ainda...

Continuo à espera de mais simpáticas sugestões
Preciso de ideias.

Obrigada por teres passado por aqui e também teres deixado o teu contributo.
Acho que as vossas ideias poderão não apenas ajudar-me a mim, mas ajudar também outras pessoas que tenham móveis e não se queiram desfazer deles.
Em relação ao candeeiro, estou a pensar manter o pé cromado como está, mas deste-me uma boa ideia, essa de aplicar uma nova camada de cromado brilhante (este está bastante baço). Em relação ao abajour, continuo fixada em dar-lhe outro visual, sem necessariamente o ter de trocar. Não sei definir o material dele, mas não é tecido, parece um papel muito grosso, sei lá... mas que n se rasga estou numa de arriscar a pintar e até inventar uns motivos (por exemplo escolher uma cor base preta e fazer uma bolas de tamanhos diferentes em prateado, a condizer com o pé). Outra ideia seria forrar com tecido, por que não de veludo?

A cómoda estou mesmo fixada em alterá-la para a cor branca. Obrigada por me dares força nesse sentido.

A ideia de lixar bem a escrivaninha e dar-lhe verniz parece-me muito bem.

Não vai ser para já que vou colocar mãos à obra. Ando na fase de recolher ideas.
De qualquer forma assim que partir para a doidice da reciclagem, não me esquecerei de colocar as ditas imagens

Bem, não sei se andarei com opções tão inteligentes assim...
Estou a ver que é mais uma adepta do "deitar fora o abajour", lol.
Eu continuo deste lado renitente em fazê-lo. Que grande teimosa que eu sou! Escusado será dizer que convencer o meu marido acerca deste candeeiro está de facto a ser difícil. Ele olha para ele e só faz caretas. Diz que gostaria de algo mais moderno, mas eu tento convencê-lo que é um candeeiro cheio de potencial e com estilo
Eu até gosto do formato deste abajour e estava de facto a pensar aproveitá-lo e pintá-lo ou forrá-lo com tecido. Será que não ficaria nada de jeito?
Mas como não me considero uma pessoa inflexível, gostaria que me aconselhassem sítios onde possa comprar abajours

Quanto à história do restauro dos móveis, eu até que não me importaria de avançar para a escolha de um profissional. No entanto, andamos numa fase de cinto apertado, como se costuma dizer. Por outro lado, o marido sempre foi relutante em ficar com estes móveis, quanto mais gastar imenso dinheiro com eles (é um forreta, ai se é). Como é que eu o convenci a querer levá-los lá para casa? Dizendo que podiamos ser nós a restaurá-los/reciclá-los, criando um ambiente diferente na conjugação com outras mobílias (ele adora trabalhos de bricolage e desafios, tal como eu - toquei-lhe no calcanhar de Aquiles). Ele é um apologista do lema "tentar fazer por nós próprios". Eu vou continuar a pesquisar, a recolher ideias, porque há sempre testemunhos diferentes. Não me vou já meter de cabeça em terreno desconhecido e achar que posso fazer um excelente trabalho. Se depois chegar de facto à conclusão que não há outra opção que não recorrer a um profissional, aí tentarei usar de alguma magia e capacidade de persuasão para tentar convencer o marido a desembolsar
Já agora pode-me expliar o que é o chamado decapé em móveis?

Obrigada por teres passado e por desfazeres o meu equívoco.
O site que me mandaste tem coisas muito giras
Acredita que agora fiquei super curiosa em relação aos teus móveis e à conjugação destes com outras peças de mobiliário moderno, que dizes ter.
Prometeste que colocavas aqui fotos, agora tens de cumprir

Parece que temos gostos muito parecidos e somos igualmente teimosas e adeptas do "fazer eu mesma" Neste cantinho e em poucas palavras trocadas já ganhaste o meu apreço.
Eu antes de me meter nas coisas cujo "chão" é para mim um terreno de areias movediças, tento sempre pesquisar o mais possível para poder perceber melhor como se pode realizar e conseguir um resultado satisfatório. E concordo contigo, quando conseguimos, sentimos um orgulho daqueles. De explodir o ego!!!
Em relação á sugestão de troca do abajour, hoje já estou mais receptiva à ideia. Vou procurar em algumas lojas a ver se encontre algo que me agrade. Depois pinto o pé.
A ideia da cómoda branca não me sai da cabeça, obrigada pela força e pelo incentivo.
É verdade que pedir conselhos é bom, mas ouvir conselhos e opiniões a mais baralha. Mas nestes casos o que faço, é respirar fundo, pesar os prós e os contras, analisar o que pretendo e aproveitar o que acho de melhor e mais frutífero em cada opinião. Há opiniões que são muito díspares, mas onde se podem aproveitar pequenas ideias de uma e de outra. Há ideias que nunca me ocorreriam se alguém não me tivesse chamado a atenção para algum detalhe.

P.S. Hoje encontrei um blog que é uma autêntica fonte de inspiração. A sua autora faz imensa reciclagem de móveis e uma pessoa fica de cabeça perdida só de olhar. A Tentação torna-se cada vez maior: http://donahouse.blogspot.com/

Obrigada por vires aqui.
Beijinhos

Imagino a tua ansiedade... uma casa nova mesmo ao teu gosto, com detalhes que farão toda a diferença, um casamento à porta... é de suspirar
Sabes, o meu marido é muito adepto das linhas direitas, e ele continua muito céptico a estas minhas ideias de querer misturar estilos. Acha que vai ficar uma grande salada mix.
Isto da decoração de interiores tem muito que se lhe diga. Cada vez chego mais à conclusão que é mais fácil cair no erro ao exagerarmos e dificílimo encontrarmos o equilíbrio e a harmoniza dos espaços, aliado ao conforto e à sensação de bem estar.
è muito fácil criar uma casa, mas muito complicado criar um lar.

O que interessa é teres o teu cantinho com o qual te identifiques. Não importa se é velho ou novo, se é uma vivenda, apartamento ou anexo. Isso é totalmente irrelevante.
Eu moro há 3 anos com o meu marido. 2 anos antes de casarmos e 1 ano de casamento. Aproveitámos a oportunidade de virmos para esta casa, pois tem sido uma forma de pouparmos bastante dinheiro, visto que não temos de pagar renda ou empréstimos. No entanto, os nossos projectos a 2 passam por termos a nossa casa, seja melhor ou pior que esta. Queríamos o nosso espaço. Esta situação que vivemos é apenas provisória (pensavamos nós que fosse mais curta em tempo... mas já lá vão 3 anos).
Eu também gosto imenso de linhas direitas. E só há bem pouco tempo comecei a considerar a hipótese dos móveis desta casa viajarem para a "nossa casa" e fazer uma fusão de estilos.
Cada vez mais há uma desvalorização do que é velho, seja nas casas, nos carros, nas pessoas, nos móveis... Só pequenos nichos de pessoas tentam contrariar esta mentalidade. Eu estou disposta a dar o meu contributo também

mia.iam

Obrigada pela sugestão desses blogs. Curiosa como eu sou tb fui logo cuscar os lugares favoritos a partir da donahouse e por acaso já tinha passado tb por esses dois, entre outros

Isa

Obrigada pela tua opinião
O importante é estarmos carregadas de boas intenções. E acho que isso não nos falta.
A pintura dos móveis vem de facto no seguimento de lhes querer tirar o ar pesdo que têm. Mas não tenciono pintá-los todos.
O baú, por exemplo, é um desses casos. Acho-o bonito na cor que tem. E também eu tenho a dúvida se lhe retiro a parte de cima (o encosto). O meu marido não gosta dessa parte, já mo disse. Eu normalmente tenho aí dispostas duas almofadas coloridas. O tal encosto até acaba por dar jeito e tem o seu lado prático.

Como disseste que a tua peça favorita é a escrivaninha, pergunto-te qual a sugestão que me dás em relação à mesma?

Obrigada pela dica do decapante. Tudo o que possa facilitar o trabalho é bem vindo.

Hoje estive na loja do Gato Preto. A loja a que fui é enorme. Costumam sempre ter muito mobiliário rústico e como agora ando com a panca dos móveis, andei a ver minuciosamente algumas peças.
Vi alguns móveis brancos com toques de "gasto". E o que vi que tinham feito foi pintar o móvel, seguindo todos os passos para um trabalho perfeito, e depois lixaram em alguns veios, relevos. Nesses móveis, como não levaram verniz, sentia-se bem ao tacto a diferença de rugosidade.
Fiquei já com esta ideia debaixo de olho.
Obrigada pelo link

Temos de pôr mãos à obra

Beijoquinhas para ti.

Obrigada mesmo pelo conselho. De facto o caruncho é uma grande praga e que praga!!!

Decidi colocar aqui apenas algumas luzes de duas técnicas de trabalhar a madeira que me parecem ser muito interessantes: fazer plátina e craquelê. Há várias formas aplicar estas técnicas, mas vou só falar das formas mais simples.

Plátina:
1. Lixar toda a peça para nivelar a madeira e retirar todo o verniz
2.Usar tinta látex na cor escolhida para fazer a base. A aplicação pode ser feita com trinca. Deixar secar.
3. Passar uma segunda de mão da cor base (para acelar a secagem, usar secador de cabelo; pintar a madeira com tinta látex diluída em água (1 parte de água para três de tinta)
4.Passar rapidamente o pincel de pátina (pincel próprio)para retirar o excesso e dar as marcas características da pátina e deixe secar.
5. Por fim passar verniz à base de água e a peça está pronta.
- Foto anexada (2) -

Craquelê:
Imagina que tens uma caixa e queres "rachá-la" de branco (pode-se escolher qualquer cor)
1. Pintar a caixa da cor branca e deixar secar (dar duas de mão)
2. Passar tinta craquelê cor-de-laranja em pinceladas curtas em várias direcções (horizontal e vertical)e deixas secar.
3. À medida que vai secando ela começa a rachar e nas rachas começa a aparecer a cor de baixo, ou seja o branco (quanto mais espessa for a camada de tinta craquelê, maior será o efeito craquelado - mais espaçado é)
4.Depois de totalmente seco e rachado passar um spray envernizador mate ou com brilho conforme a nossa preferência.
- Foto anexada (1)

O melhor será sempre experimentar em peças pequeninas, antes da grande aventura

É verdade, concordo consigo.
Em culturas ancestrais, o velho é o símbolo da sabedoria. É aquele que veicula os valores mais importantes para a formação do ser humano. Ele é símbolo não apenas de respeito, mas de identificação e de reconhecimento. Nele fala a voz da experiência e as suas palavras são sempre tidas em conta para a tomada de qualquer decisão.
Infelizmente na maior parte das culturas, o velho é aquele que já não serve, que empata. Esta mentalidade reflecte-se em tudo o resto que nos rodeia e que está sujeito à linha do tempo.
Cada vez mais as pessoas se deixam levar por tendências e modas.

Afinal o que a Vânia falava era da técnica do decapé

Quando fala do Gato Preto e lojas afins, compreendo a sua posição, mas infelizmente nem toda a gente pode aceder (monetariamente, está claro)a outro tipo de lojas, cuja qualidade se paga. Acho que entre um produto made in China e um outro made in Portugal, por exemplo, não haveria muitas dúvidas na opção. Porém, vivemos num mundo em que o dinheiro dita as regras. É triste saber-se que se está a contribuir para aumentar a exploração da mão-de-obra barata, mas a questão não deixa de ser um pau de dois bicos