Casar-me | A Nossa Vida

Casar-me

Retrato de Sofia FCosta
19.06.2012 | 18:43
Sofia FCosta:
Membro desde: 16.09.2009

Desde que me conheço que a única pessoa com quem me queria casar era o meu pai. Valha-me o bom gosto.

Nem sequer me imaginava vestida de noiva ou de princesa, como acontece com muitas meninas. Não gosto de saltos altos, brilhos, penteados... Gosto é de andar de sandálias de couro, o cabelo o mais despenteado possível e com roupa em que me sinta bem e consiga respirar dentro dela. Só me visto "melhor" para ir a entrevistas de trabalho.

Casar com outra pessoa com que eu formasse um casal nunca fez parte dos meus planos. Vários motivos há.

Sou filha de pais separados, o exemplo de casamento-modelo, passou-nos ao lado. Dizia que não me queria casar para não ter que me divorciar.

Com o passar do tempo fui descobrindo mais e mais e mais e mais razões para não me casar, sempre somando à primeira.

Paga-se o casamento, mesmo que seja só fazer o registo do mesmo.

Se existir festa e convidados, encarece ainda mais. Bem mais!

Ele é vestidos, ele é fatos, ele é roupa para para a menina das alianças, ele é a própria da aliança para cada um dos noivos, ele é a comida para todos os convidados - mesmo que sejam só a família, fica um balúrdio que a minha família é grande. O próprio dinheiro é caro.

Passei por uma situação de roptura total na minha relação e isso ainda fez com que esta minha convicção se mantivesse.

Acontece que tenho visto as coisas de outra forma.

Não é porque o casamento dos meus pais falhou o meu também terá que ir pelo mesmo caminho.

Tenho tantas pessoas a engrandecer-me pelo que faço, pelo que digo, pela força, por tudo o que vão enumerando e pelo caminho dei um trambolhão tão grande que me esqueci de mim.

Fiz K.O. a mim mesma e anulei-me. Aconteceram tantas coisas tão repentinas em simultâneo. Como seria possível que eu piscasse os olhos, quanto mais lembrar-me de mim?

Com a relação terminada, lembrei-me que afinal existo. Eu, Sofia, mantenho-me aqui, mesmo depois das vicissitudes pelas que passei. É bom saber disso.

Pouco tempo depois da reconquista de mim mesma, apareceu ele. De braços e peito abertos para me ter de volta.

Veio de mansinho, porque afinal de contas, ele queria voltar, mas nada lhe dizia que era correspondido.

Aos poucos, fomo-nos reconstruindo. E estamos bem. Agora estamos.

Aparece assim, ao tempo, esta vontade estúpida e quase exacerbada de me querer casar com ele.

Para, afinal, ter um vestido em que não consiga respirar convenientemente. Para ter uma festa em minha honra, daquilo que fui semeando e agora colho. Para reunir aqueles que estiveram comigo nas alturas mais difíceis, mostrar-lhes que estou e estamos bem, agradecendo o apoio que me deram. Para viver aquele dia que nunca quis - o do casamento.

É! Quero casar-me. Ele não.

Estranhas as voltas que a vida dá.


Retrato de nini_mafa
Ter, 19/06/2012 - 19:05
nini_mafa:
Membro desde: 18.05.2009

Sofia

O casamento é simplesmente um contrato entre duas pessoas. E como todos os contratos que existem ... existem aqueles que são quebrados.

Eu também nunca quis casar, nem sequer ter filhos... até ao dia que encontrei a minha cara-metade.
Aí surgiu dentro de mim um vontade imensa de casar, ter filhos....

No meu caso casar foi fácil ter filhos é que custou mais, mas já cá tenho a Lara a meu lado.

Depois do que passaste nos últimos tempos com o teu companheiro acho que é normal que agora queiras festejar a vossa reunião de uma forma especial...
O teu companheiro não está para aí virado... pk não fazem algo situado num meio termo... uma festa intima, com os vossos melhores amigos e familiares para celebrar a vossa vida em comum... não necessitam de um papel para assinar... mas é algo que simboliza a vossa união...

bjs para vocês os 5

Retrato de Sofia FCosta
Qua, 20/06/2012 - 20:29
Sofia FCosta:
Membro desde: 16.09.2009

É estranha esta coisa, não é, Mafalda?

A forma como vamos mudando e moldando as nossas ideias e vontades.

Confesso que sempre achei que casar e gastar balúrdios é (ou era) uma patetice desmedida. Também por isso não estava para aí virada.

Não estou, de modo algum triste com a posição dele. De todo. Para todos os efeitos é como se fossemos casados. Vivemos juntos, partilhamos as coisas todas.

Mas é curioso... Quando falo dele não lhe atribuo nenhum "cargo" (pode chamar-se assim?) a mim em termos amorosos ou relacionais. É o pai dos meus filhos. Ele quando fala de mim, diz "a minha mulher".

Devo ter criado aquela coisa do "pai dos meus filhos" como refugio para me proteger de algumas perguntas que foram fazendo antes da separação. Porque não sabia bem o que ele me era, tal era a distância que tínhamos um do outro.

Não é meu namorado, não meu marido, é o pai dos meus filhos. Sempre.

Quando começámos a perceber que estávamos a encontrar o nosso equilíbrio, ele sugeriu que festejássemos esse encontro. Eu concordei, mas tenho para mim que é um festejo para ser partilhado com aqueles que estiveram comigo naquela altura tão desagradável. E que mereço ter um dia "meu".

Foi assim que apareceu esta vontade quase estúpida de casar.

Não me vai trazer nada de novo, no que toca à relação. Nem mais amor próprio.

Mas devia ser tão bom ter o tal dia com vestido de princesa e os meus amigos reunidos e os dele também...

Se tiver que ser, um dia chego lá. Smile Verdade seja dita, somos tão tesos que se o fizéssemos agora, seria uma estupidez ainda maior.

Um xi-coração de grupo! Somos muitos.

Retrato de Konigvs
Qua, 20/06/2012 - 21:07
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011
Sofia FCosta wrote:

Mas é curioso... Quando falo dele não lhe atribuo nenhum "cargo" (pode chamar-se assim?) a mim em termos amorosos ou relacionais. É o pai dos meus filhos. Ele quando fala de mim, diz "a minha mulher".

Amante?

Interessante como nos dias que corre ninguém apresenta o outro como "este é o meu amante".
É curioso como ao longo dos tempos esta palavra foi ganhando uma conotação depreciativa que o seu significado não tem. Porque a dado a altura haviam as legítimos e depois havia "as amantes", aquelas de quem eles gostavam verdadeiramente e com as quais eles tinham sexo.

E a verdade é que "Amante" é "aquele que ama" e para amar não é preciso estar casado, ter uma aliança de namoro ou viver junto.

É, a partir de agora não vou ter namoradas. Só amantes.

Retrato de Sofia FCosta
Qua, 20/06/2012 - 21:34
Sofia FCosta:
Membro desde: 16.09.2009
Konigvs wrote:
Sofia FCosta wrote:

Mas é curioso... Quando falo dele não lhe atribuo nenhum "cargo" (pode chamar-se assim?) a mim em termos amorosos ou relacionais. É o pai dos meus filhos. Ele quando fala de mim, diz "a minha mulher".

Amante?

Interessante como nos dias que corre ninguém apresenta o outro como "este é o meu amante".
É curioso como ao longo dos tempos esta palavra foi ganhando uma conotação depreciativa que o seu significado não tem. Porque a dado a altura haviam as legítimos e depois havia "as amantes", aquelas de quem eles gostavam verdadeiramente e com as quais eles tinham sexo.

E a verdade é que "Amante" é "aquele que ama" e para amar não é preciso estar casado, ter uma aliança de namoro ou viver junto.

É, a partir de agora não vou ter namoradas. Só amantes.

Tens razão. Gosto bastante da palavra amante e do seu verdadeiro sentido. Apresentei-o assim uma vez. Ia caindo o carmo e a trindade.

Mas não deixa de ter o que quê de curioso, para mim, esta coisa de eu chamar-lhe "pai-dos-meus-filhos" e ele a mim como "minha mulher".

Temos ainda algumas (bastantes) arestas para serem limadas para que a confiança e segurança sejam recuperadas por completo e agora que penso nisso, acho que esse pode ser outro motivo para esta vontade estranha de querer casar. É quase como se a efectivação do mesmo me desse mais segurança. Passaria a ser "o meu marido".

Quanto mais penso nisto, mais me convenço que é uma estupidez grande. Parece que apareceu, inconscientemente - agora consciente - uma vontade de demarcar território e não é como os gatos com o cheiro da urina.

Estranho, isto. Tenho que me debruçar sobre o assunto.

Retrato de Pipa13
Qua, 20/06/2012 - 21:42
Pipa13:
Membro desde: 30.12.2010

Não penso o mesmo...
amante é aquele que ama sim..mas marido/esposa é aquele que ama e que tem responsabilidades k nós lhe atribuimos e eles aceitam...n só ser fiel e juntar contas...é decidir que estamos juntos e estamos a trabalhar p o mm objectivo, é dar-lhe no caso de doença, incapacidade o poder de decidir connosco ou por nôs, é a pessoa k aceitou tratar de nós na saude, na doença,na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza etc,,,eu quando disse isto,quando me casei, senti mesmo que era ao meu marido que queria dar estes direitos e estes deveres...casamos só os dois (e la a senhora claro~) na republica dom, na praia.n gastei rios de dinheiro...senti k era o meu dia e o dele...o de mais ngm,,,
é assim k eu vejo um casamento...
ja gostei e talvez ja amei outras pessoas...mas conceder esta importancia na minha vida só concedi a uma pessoa

Retrato de Konigvs
Qua, 20/06/2012 - 21:54
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011

Sofia FCosta wrote: Apresentei-o assim uma vez. Ia caindo o carmo e a trindade.

Lá está porque as pessoas não sabem português. Tão simples quanto isso.

Sofia FCosta wrote: Mas não deixa de ter o que quê de curioso, para mim, esta coisa de eu chamar-lhe "pai-dos-meus-filhos" e ele a mim como "minha mulher".

Também não gosto. "Pai dos meus filhos" parece que foi o gaijo que te emprestou um bocado de esperma para engravidares. A mim soa-me mal, e não gostaria que se referissem a mim como tal.

Sofia FCosta wrote: É quase como se a efectivação do mesmo me desse mais segurança. Passaria a ser "o meu marido".

Quanto mais penso nisto, mais me convenço que é uma estupidez grande. Parece que apareceu, inconscientemente - agora consciente - uma vontade de demarcar território e não é como os gatos com o cheiro da urina.

Estranho, isto. Tenho que me debruçar sobre o assunto.

Não te conheço, mas já li algumas coisas tuas, e foi logo essa a ideia que me passou, afinal casando ele não é "um qualquer", é o teu marido. Às vezes essas coisas são muito mais para os outros que para nós mesmos.

Retrato de Sofia FCosta
Qua, 20/06/2012 - 21:58
Sofia FCosta:
Membro desde: 16.09.2009

Pipa

As coisas todas que enumeras que sentiste, creio que não sejam precisas ser sentidas só quando as pessoas se casam. Por mim falo. Não sou casada, mas estamos em união de facto há quatro anos. Quer dizer, tivemos uma interrupção pelo meio, mas foi de curta duração.

Ainda assim, não me foi preciso casar para perceber que é com ele que quero dividir e partilhar todas as minhas coisas, sejam elas boas, más ou assim assim, estando incluído tudo o que disseste anteriormente.

Mais uma razão, para não me querer casar. São muitas, se compararmos com os motivos que levam a querer fazê-lo, neste momento.

Há coisas dum catano. Tenho esperança que seja só uma febre que me está a dar. Ou não.

Retrato de Pipa13
Qua, 20/06/2012 - 22:09
Pipa13:
Membro desde: 30.12.2010
Sofia FCosta wrote:

Pipa Wink

As coisas todas que enumeras que sentiste, creio que não sejam precisas ser sentidas só quando as pessoas se casam. Por mim falo. Não sou casada, mas estamos em união de facto há quatro anos. Quer dizer, tivemos uma interrupção pelo meio, mas foi de curta duração.

Ainda assim, não me foi preciso casar para perceber que é com ele que quero dividir e partilhar todas as minhas coisas, sejam elas boas, más ou assim assim, estando incluído tudo o que disseste anteriormente.

Mais uma razão, para não me querer casar. São muitas, se compararmos com os motivos que levam a querer fazê-lo, neste momento.

Há coisas dum catano. Tenho esperança que seja só uma febre que me está a dar. Ou não.

Não digo o contrario Wink mas legalmente há coisas k só ditas ou sentidas só passam disso e depois de ler bem os direitos e deveres da uniao de facto, sentimos k o contrato de uniao de bens aduiridos correspondia ao que queriamos p nós..
Socialmente , como recem-casada, tenho te a dizer k tem outro impacto...pelo menos p mim k n tenho filhos por exemplo no emprego dizer k preciso chegar mais tarde pk preciso cuidar do meu marido do k do meu namorado é diferente.....
Queiramos ou não a sociedade está assim estruturada!é por isso k se dão nomes às coisas...
Amante é aquele k ama sim...mas não tem os direitos e deveres de marido (que dás a quem amas..)

Retrato de Sofia FCosta
Qua, 20/06/2012 - 22:16
Sofia FCosta:
Membro desde: 16.09.2009
Konigvs wrote:
Sofia FCosta wrote:

Apresentei-o assim uma vez. Ia caindo o carmo e a trindade.

Lá está porque as pessoas não sabem português. Tão simples quanto isso.

Sofia FCosta wrote:

Mas não deixa de ter o que quê de curioso, para mim, esta coisa de eu chamar-lhe "pai-dos-meus-filhos" e ele a mim como "minha mulher".

Também não gosto. "Pai dos meus filhos" parece que foi o gaijo que te emprestou um bocado de esperma para engravidares. A mim soa-me mal, e não gostaria que se referissem a mim como tal.

Sofia FCosta wrote:

É quase como se a efectivação do mesmo me desse mais segurança. Passaria a ser "o meu marido".

Quanto mais penso nisto, mais me convenço que é uma estupidez grande. Parece que apareceu, inconscientemente - agora consciente - uma vontade de demarcar território e não é como os gatos com o cheiro da urina.

Estranho, isto. Tenho que me debruçar sobre o assunto.

Não te conheço, mas já li algumas coisas tuas, e foi logo essa a ideia que me passou, afinal casando ele não é "um qualquer", é o teu marido. Às vezes essas coisas são muito mais para os outros que para nós mesmos.

Digo que é o pai dos meus filhos por ser uma verdade universal. Wink Embora perceba a frieza que possa transparecer e aquilo que falas, é o que ele é e ponto. Mas no que toca a relações, não encontro o tal "cargo" para lhe dar. Companheiro? Deve ser esse o que melhor se adequa. Mas soa-me tão estranho que dói.

Ele diz que somos marido e mulher, mesmo sem casar. Por outro lado, quando pergunto o que acha da ideia de casarmos, caso venhamos a ter disponibilidade financeira para tal, diz que não quer por não acreditar nos valores do casamento.

Se eu sou complicada, ele não me fica atrás...

Creio que aquela parte que referes de ser para os outros, está intrinsecamente relacionada comigo. Daí a parte da segurança.

A verdade é que parece ser diferente dizer "o meu namorado" e "o meu marido". Não sei se me fiz entender, nesta última frase.

Em tempos, estudei psico-sociologia. Não tinha mais nada para fazer, com certeza. E recordo-me de abordarmos o temas das relações. E em termos psicológicos e sociais, o casamento, tem realmente, um peso maior do que o namoro ou a união de facto. Faz sentido. Por isso é que são três relações diferentes.

Retrato de Sofia FCosta
Qua, 20/06/2012 - 22:27
Sofia FCosta:
Membro desde: 16.09.2009

Pipa13 wrote:

Sofia FCosta wrote: Pipa

As coisas todas que enumeras que sentiste, creio que não sejam precisas ser sentidas só quando as pessoas se casam. Por mim falo. Não sou casada, mas estamos em união de facto há quatro anos. Quer dizer, tivemos uma interrupção pelo meio, mas foi de curta duração.

Ainda assim, não me foi preciso casar para perceber que é com ele que quero dividir e partilhar todas as minhas coisas, sejam elas boas, más ou assim assim, estando incluído tudo o que disseste anteriormente.

Mais uma razão, para não me querer casar. São muitas, se compararmos com os motivos que levam a querer fazê-lo, neste momento.

Há coisas dum catano. Tenho esperança que seja só uma febre que me está a dar. Ou não.

Não digo o contrario mas legalmente há coisas k só ditas ou sentidas só passam disso e depois de ler bem os direitos e deveres da uniao de facto, sentimos k o contrato de uniao de bens aduiridos correspondia ao que queriamos p nós..
Socialmente , como recem-casada, tenho te a dizer k tem outro impacto...pelo menos p mim k n tenho filhos por exemplo no emprego dizer k preciso chegar mais tarde pk preciso cuidar do meu marido do k do meu namorado é diferente.....
Queiramos ou não a sociedade está assim estruturada!é por isso k se dão nomes às coisas...
Amante é aquele k ama sim...mas não tem os direitos e deveres de marido (que dás a quem amas..)

Por aqui, não sinto que a vontade se prenda com nada que esteja relacionado com direitos nem deveres de parte a parte.
Mas claro, o "marido" tem e há-de ter durante bastante tempo, um peso maior do que o "namorado". Creio que é por aí. Com ou sem direitos e deveres.
Acho que é-me preciso ter esse tal peso presente, associando-o automaticamente a uma maior segurança.

Pode até nem ser por aí; aliás, não tem nem precisa de ser por aí que a segurança é cultivada e alimentada. Passa por outras coisas bem mais simples. Mas, neste momento, estupidez ou não (e claramente que o é) parece que o avançar para o casamento me daria - e muito - a dita, fazendo ou não sentido.

E aliar-se-ia todos os restantes motivos mencionados anteriormente. A junção dos amigos de ambos que estiveram connosco na fase mais conturbada e a celebração de um dia que fosse meu e dele, consequentemente.

Retrato de Konigvs
Qua, 20/06/2012 - 22:28
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011
Sofia FCosta wrote:

Ele diz que somos marido e mulher, mesmo sem casar. Por outro lado, quando pergunto o que acha da ideia de casarmos, caso venhamos a ter disponibilidade financeira para tal, diz que não quer por não acreditar nos valores do casamento.

Se eu sou complicada, ele não me fica atrás...

Ele tem a visão dele com a qual eu concordo totalmente. Vocês vivem em união de facto são marido e mulher, como outro qualquer casal que case no altar!! Qual é o drama?

Sofia FCosta wrote:

E em termos psicológicos e sociais, o casamento, tem realmente, um peso maior do que o namoro ou a união de facto. Faz sentido. Por isso é que são três relações diferentes.

Eu não acho que faça qualquer sentido se queres que te diga. Para mim há o amor, e depois há formas civis de o viver ou assumir perante a sociedade. E tanta gente que se divorcia por benefícios fiscais, como a gaija da praça da alegria? Ela apresenta o gaijo dela como? Este é o meu amor, pais dos meus filhos e ex marido?

Acho que as pessoas se prendem com o supérfluo e com aquilo que os outros pensam e não com aquilo que verdadeiramente interessa para elas mesmas.

Retrato de Pipa13
Qua, 20/06/2012 - 22:28
Pipa13:
Membro desde: 30.12.2010

desculpa..n sei que te diga..dei-te os meus argumentos logicos e sentimentais p decidir casar...foi uma decisao ponderada..n foi por sentimentalismo...estou completamente apaixonada mas n era só por isso que me ia casar...
mas as vezes as coisas sao assim..sao sem logica ou ate contra a nossa logica...sao pk sentimos k queremos e n há problema nenhum sentires k queres casar mm n tendo argumentos c logica..

eu ando a decidir se heide ter filhos ou não...ja ando a pensar ha meses...toda a minha logica me diz k nao...mas de vez em kd vem o instinto...olha vou deixando andar...:P

Retrato de Sofia FCosta
Qua, 20/06/2012 - 23:04
Sofia FCosta:
Membro desde: 16.09.2009

Konigvs , não é drama nenhum. Nunca foi. Não falei em casar no altar.
Não consigo explanar de outra forma, sem ser o que já disse anteriormente em relação aos meus motivos e sensações. Tudo o que diga, há-de ser andar à volta do mesmo. Mas não é, de longe nem de perto, drama nenhum estarmos assim. Não disse algo que fosse ao encontro dessa ideia, creio eu. Se o fiz, a intenção não é essa.

Embora possa não fazer sentido a questão da distinção das relações, é assim que está enraizado na nossa sociedade e parece-me que demoraria um bom tempo até que existisse uma mudança valente. Acaba por ser quase uma hierarquia relacional: namoro - união de facto - casamento.

Não sei nem te posso responder como trata pessoa X a pessoa com quem está. Só posso dizê-lo em relação a mim, tal como fiz e a ele, como igualmente fiz.

Era-me desconhecida a possibilidade de divórcio para benefícios fiscais. Os divórcios a que assisti, em nada tiveram a ver com essa questão. Só me havia sido apresentada a opção inversa.

****

Pipa, aplicamos, assim aquela frase "há razões que a própria razão desconhece?"

No entanto, o que é lógico para mim, poderá não ser para ti e vice-versa, independentemente daquilo a que estejamos a referir-nos.

Deixo-te um exemplo prático. O céu é azul, mas para quem é daltónico, o céu pode não ser azul. Quem vê o céu azul tem razão, por conseguir distinguir as cores e ter sido ensinado que aquela cor se chama azul, mas o daltónico também tem razão, porque não consegue distinguir as cores e por esse motivo, diz a cor que vê no céu, seja ela azul ou roxa ou cor de burro quando foge.

Gostava de te ajudar na questão dos filhos; tenho três. Mas por aqui, tivemos os filhos e só depois é que houve a tal coisa do relógio biológico.

Do que sei, pelas pessoas que planearam os seus filhos atempadamente, quase todas estavam à espera que chegasse o momento certo para avançar com a decisão de engravidar. Umas conseguiram encontrar o tal momento, outras ainda se mantêm à espera.

O que tiver que ser, será Em tudo.

Retrato de simplesmentemaria
Qua, 20/06/2012 - 23:13
simplesmentemaria:
Membro desde: 31.01.2012
Sofia FCosta wrote:

Desde que me conheço que a única pessoa com quem me queria casar era o meu pai. Valha-me o bom gosto.

Nem sequer me imaginava vestida de noiva ou de princesa, como acontece com muitas meninas. Não gosto de saltos altos, brilhos, penteados... Gosto é de andar de sandálias de couro, o cabelo o mais despenteado possível e com roupa em que me sinta bem e consiga respirar dentro dela. Só me visto "melhor" para ir a entrevistas de trabalho.

Casar com outra pessoa com que eu formasse um casal nunca fez parte dos meus planos. Vários motivos há.

Sou filha de pais separados, o exemplo de casamento-modelo, passou-nos ao lado. Dizia que não me queria casar para não ter que me divorciar.

Com o passar do tempo fui descobrindo mais e mais e mais e mais razões para não me casar, sempre somando à primeira.

Paga-se o casamento, mesmo que seja só fazer o registo do mesmo.

Se existir festa e convidados, encarece ainda mais. Bem mais!

Ele é vestidos, ele é fatos, ele é roupa para para a menina das alianças, ele é a própria da aliança para cada um dos noivos, ele é a comida para todos os convidados - mesmo que sejam só a família, fica um balúrdio que a minha família é grande. O próprio dinheiro é caro.

Passei por uma situação de roptura total na minha relação e isso ainda fez com que esta minha convicção se mantivesse.

Acontece que tenho visto as coisas de outra forma.

Não é porque o casamento dos meus pais falhou o meu também terá que ir pelo mesmo caminho.

Tenho tantas pessoas a engrandecer-me pelo que faço, pelo que digo, pela força, por tudo o que vão enumerando e pelo caminho dei um trambolhão tão grande que me esqueci de mim.

Fiz K.O. a mim mesma e anulei-me. Aconteceram tantas coisas tão repentinas em simultâneo. Como seria possível que eu piscasse os olhos, quanto mais lembrar-me de mim?

Com a relação terminada, lembrei-me que afinal existo. Eu, Sofia, mantenho-me aqui, mesmo depois das vicissitudes pelas que passei. É bom saber disso.

Pouco tempo depois da reconquista de mim mesma, apareceu ele. De braços e peito abertos para me ter de volta.

Veio de mansinho, porque afinal de contas, ele queria voltar, mas nada lhe dizia que era correspondido.

Aos poucos, fomo-nos reconstruindo. E estamos bem. Agora estamos.

Aparece assim, ao tempo, esta vontade estúpida e quase exacerbada de me querer casar com ele.

Para, afinal, ter um vestido em que não consiga respirar convenientemente. Para ter uma festa em minha honra, daquilo que fui semeando e agora colho. Para reunir aqueles que estiveram comigo nas alturas mais difíceis, mostrar-lhes que estou e estamos bem, agradecendo o apoio que me deram. Para viver aquele dia que nunca quis - o do casamento.

É! Quero casar-me. Ele não.

Estranhas as voltas que a vida dá.

Sofia,

Tenho acompanhado os teus tópicos e acho a coisa mais natural do Mundo quereres casar-te.

É só um papel? Talvez, mas para mim é mais a expressão do amor que s ntem um pelo outro, dos votos a que se comprometem (apesar de já o fazerem) seja ele feito na praia, na conservatória ou na Igreja.

Porque não poderás ter direito a um vestido e a uma festa?

Quais são valores do casamento em que o "pai dos teus filhos" não acredita? Fiquei curiosa Thinking

Compreendo-te perfeitamente quando queres "mostrar" aos teus amigos e família que superaram as vossas dificuldades e que o vosso amor prevaleceu.

Além de que, sendo casada, caso aconteça alguma fatalidade os teus direitos são outros.

E estupidamente ou não, chamar marido à pessoa que está contigo dá-te mais segurança emocional (não sei bem explicar).

Sei que casei pela Igreja há 17 anos e que faço tenções de lá ir renovar os meus votos daqui a 8 anos.

E quanto ao dinheiro, aderes aos casamentos modernos em que em vez de te darem um presente ou dinheiro os convidados pagam o seu próprio almoço ou jantar.

E os meninos das alianças podem ser os vossos pimpolhos Smile

Maria

Retrato de Konigvs
Qui, 21/06/2012 - 10:36
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011
Sofia FCosta wrote:

Era-me desconhecida a possibilidade de divórcio para benefícios fiscais. Os divórcios a que assisti, em nada tiveram a ver com essa questão. Só me havia sido apresentada a opção inversa

Creio que expliquei mal. As pessoas divorciam-se para defender parte do seu património, ou como no caso que referi do salário da senhora. Porque estás casada, o teu gaijo tem uma empresa com dívidas ao estado, logo vai ver penhorado, e como estás casada com ele, o teu salário também vai ser penhorado, então antevendo essa situação os casais divorciam-se.

Retrato de Sofia FCosta
Qui, 21/06/2012 - 14:40
Sofia FCosta:
Membro desde: 16.09.2009

Simplesmentemaria, não estou maluquinha de todo, então?

Fazendo sentido ou não o que escrevi e estando associado a alguma estupidez, é - efectivamente - aquilo que sinto. Estranho.

Ontem, falámos, outra vez sobre isto, porque percebi mais coisas, aquelas que aqui explanei e isto tem o seu quê da minha razão. Ele percebeu as coisas todas que lhe ia dizendo e explicando, fazendo sentido para ele, também.

Mas mantem a sua posição. Eu aceito-a. Não acaba o mundo nem me caem os parentes na lama. Aliás, até há pouco tempo, também não queria casar.

Gostava de te saber responder quais são os valores em que ele não acredita, porque me faz alguma confusão ele dizer que estamos "casados" e por outro lado não acreditar nos valores. Isto porque tenho para mim que união de facto e casamento, no que toca a valores são a mesma coisa. Um não está oficializado civilmente e o outro está. Mas a base, não é a mesma?

simplesmentemaria wrote:

Compreendo-te perfeitamente quando queres "mostrar" aos teus amigos e família que superaram as vossas dificuldades e que o vosso amor prevaleceu.

É tão isto que escreveste... Daí a festa e o tal dia de princesa com um vestido em que mal se respira.

É-nos merecido, creio eu, um dia assim. Aconteça o mesmo ou não.

****

Konigvs, o que descreves não me havia sido ainda dito por ninguém, quanto a questões de divórcio. Mas não deixa de ser curioso. E engenhoso. Como diria a minha avó, "é de mestre", partindo do princípio que as pessoas, mesmo divorciadas se mantêm em união.

Retrato de simplesmentemaria
Qui, 21/06/2012 - 15:49
simplesmentemaria:
Membro desde: 31.01.2012

Konigvs wrote:

Sofia FCosta wrote: Era-me desconhecida a possibilidade de divórcio para benefícios fiscais. Os divórcios a que assisti, em nada tiveram a ver com essa questão. Só me havia sido apresentada a opção inversa

Creio que expliquei mal. As pessoas divorciam-se para defender parte do seu património, ou como no caso que referi do salário da senhora. Porque estás casada, o teu gaijo tem uma empresa com dívidas ao estado, logo vai ver penhorado, e como estás casada com ele, o teu salário também vai ser penhorado, então antevendo essa situação os casais divorciam-se.

Konigvs,

E se tiveres um convenção ante-nupcial de separação de bens? Podem-te penhorar o teu ordenado quando é o teu parceiro(a) que deve dinheiro?

Penso que sim, uma vez que entregam IRS em conjunto mas fico na dúvida...

Maria

Retrato de simplesmentemaria
Qui, 21/06/2012 - 16:05
simplesmentemaria:
Membro desde: 31.01.2012
Sofia FCosta wrote:

Simplesmentemaria, não estou maluquinha de todo, então?

Mas é curioso saber que o "pai dos teus" filhos não quer casar porque não acredita nos valores do casamento quando na realidade vocês têm uma relação marital (apenas não oficializada).

Seria interessante saberes que valores são esses.

Será o facto de sentir que fica com mais responsabilidade, que está mais preso a ti e se lhe apetecer sair porta fora é mais fácil?

Ás vezes as pessoas (não vou dizer só homens) têm pensamentos um bocado dispersos e estranhos Thinking

Maria

Retrato de _Marta_
Qui, 21/06/2012 - 16:13
_Marta_:
Membro desde: 08.12.2008
simplesmentemaria wrote:

Mas é curioso saber que o "pai dos teus" filhos não quer casar porque não acredita nos valores do casamento quando na realidade vocês têm uma relação marital (apenas não oficializada).

Eu compreendo, em parte.
Tenho uma relação marital, não oficializada, que não pretendo oficializar. Também não acredito no casamento. Não preciso de ter um contrato com ninguém para continuar a ter a relação que tenho. Não acredito no "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida" assim, em contrato. Acredito que quero estar com esta pessoa enquanto assim quisermos, ambos. Não acredito que o casamento traga algo, mude algo para melhor. Contratos? Não, obrigada.

Retrato de Sofia FCosta
Qui, 21/06/2012 - 16:15
Sofia FCosta:
Membro desde: 16.09.2009
simplesmentemaria wrote:
Sofia FCosta wrote:

Simplesmentemaria, não estou maluquinha de todo, então?

Mas é curioso saber que o "pai dos teus" filhos não quer casar porque não acredita nos valores do casamento quando na realidade vocês têm uma relação marital (apenas não oficializada).

Seria interessante saberes que valores são esses.

Será o facto de sentir que fica com mais responsabilidade, que está mais preso a ti e se lhe apetecer sair porta fora é mais fácil?

Ás vezes as pessoas (não vou dizer só homens) têm pensamentos um bocado dispersos e estranhos :?

Lê-mos a tua resposta em conjunto. Afinal, não são os valores do casamento com que ele não concorda.

É sim O valor do dito. Sendo dinheiro mal gasto. Tem razão. Concordo com ele, sempre tive essa posição. Diz ainda que o que temos é um casamento, sem ser reconhecido civilmente, e que a parte civil não passa de um papel contratual assinado e de uma troca de alianças. Também tem razão.

A opinião dele sempre foi comum à minha, até existir este volte-face na minha cabeça.

Agora estamos em polos opostos. Tenho esperança de voltar à posição que tinha, antes dele se lembrar da celebração do "nós". Smile

Retrato de simplesmentemaria
Qui, 21/06/2012 - 16:33
simplesmentemaria:
Membro desde: 31.01.2012

Sofia FCosta wrote:
Lê-mos a tua resposta em conjunto. Afinal, não são os valores do casamento com que ele não concorda.

É sim O valor do dito. Sendo dinheiro mal gasto. Tem razão. Concordo com ele, sempre tive essa posição. Diz ainda que o que temos é um casamento, sem ser reconhecido civilmente, e que a parte civil não passa de um papel contratual assinado e de uma troca de alianças. Também tem razão.

A opinião dele sempre foi comum à minha, até existir este volte-face na minha cabeça.

Agora estamos em polos opostos. Tenho esperança de voltar à posição que tinha, antes dele se lembrar da celebração do "nós".

Acho interessante lerem a resposta em conjunto

E sim, em termos de festa é uma grande despesa mas é tão bonito ter uma festa de celebração do amor 8>! (Sou uma eterna romântica que acredita em casamentos eternos e fins felizes! )

E ser o centro das atenções por um dia!

Mas podem fazer apenas um almoço ou jantar simples em que a prenda dos convidados seria pagarem a sua própria refeição.

E como te expliquei se acontecer alguma fatalidade é sempre melhor ter um documento "oficial" do que ter que andar a provar que se vivia em união de facto.

Pensem nisso!

PS - Sou grande casamenteira, já se realizaram pelo menos 3 casamentos à minha conta! E ainda hoje estão juntos

Maria

Retrato de Konigvs
Qui, 21/06/2012 - 16:43
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011
simplesmentemaria wrote:

Konigvs,

E se tiveres um convenção ante-nupcial de separação de bens? Podem-te penhorar o teu ordenado quando é o teu parceiro(a) que deve dinheiro?

Penso que sim, uma vez que entregam IRS em conjunto mas fico na dúvida...

Bom eu não sou nenhum expert em direito e ainda por cima nunca casei e sempre fiz o IRS sozinho, mas diz-me o senso comum que quando se casa não se pensa nessas coisas que irão acontecer no futuro, e como tal o normal será, ou casa-se em comunhão de bens ou em comunhão de aquiridos.

Sofia FCosta wrote:

Konigvs, o que descreves não me havia sido ainda dito por ninguém, quanto a questões de divórcio. Mas não deixa de ser curioso. E engenhoso. Como diria a minha avó, "é de mestre", partindo do princípio que as pessoas, mesmo divorciadas se mantêm em união

Se calhar até tens na tua própria família gente que o fez e não sabes, porque ninguém anda a contar aos sete ventos os seus podres. Já há uns dez anos sabia que uns tios de uma ex estavam divorciados precisamente por causa de dívidas a credores.
Públicos são os casos da Sónia Araújo, mas mais grave do Oliveira e Costa o maior ladrão do BPN e amiguinho íntimo do Cavaco, o tal que lhe vendeu um lote onde construiu uma casa na Quinta da Coelha no Algarve.

Retrato de _Marta_
Qui, 21/06/2012 - 16:47
_Marta_:
Membro desde: 08.12.2008
simplesmentemaria wrote:

E ser o centro das atenções por um dia!

Esta é uma das inúmeras razões pelas quais não quero casar, seja lá de que maneira for! Smile

Se me casasse (se algum dia chegasse à conclusão que, por algum motivo, era melhor casar), era eu, o noivo e a pessoa da conservatória, num dia de semana, a uma hora qualquer e a irmos fazer as nossas vidas normais a seguir. Tongue

Retrato de simplesmentemaria
Qui, 21/06/2012 - 16:47
simplesmentemaria:
Membro desde: 31.01.2012
Konigvs wrote:
simplesmentemaria wrote:

Konigvs,

E se tiveres um convenção ante-nupcial de separação de bens? Podem-te penhorar o teu ordenado quando é o teu parceiro(a) que deve dinheiro?

Penso que sim, uma vez que entregam IRS em conjunto mas fico na dúvida...

Bom eu não sou nenhum expert em direito e ainda por cima nunca casei e sempre fiz o IRS sozinho, mas diz-me o senso comum que quando se casa não se pensa nessas coisas que irão acontecer no futuro, e como tal o normal será, ou casa-se em comunhão de bens ou em comunhão de aquiridos.

Sofia FCosta wrote:

Konigvs, o que descreves não me havia sido ainda dito por ninguém, quanto a questões de divórcio. Mas não deixa de ser curioso. E engenhoso. Como diria a minha avó, "é de mestre", partindo do princípio que as pessoas, mesmo divorciadas se mantêm em união

Se calhar até tens na tua própria família gente que o fez e não sabes, porque ninguém anda a contar aos sete ventos os seus podres. Já há uns dez anos sabia que uns tios de uma ex estavam divorciados precisamente por causa de dívidas a credores.
Públicos são os casos da Sónia Araújo, mas mais grave do Oliveira e Costa o maior ladrão do BPN e amiguinho íntimo do Cavaco, o tal que lhe vendeu um lote onde construiu uma casa na Quinta da Coelha no Algarve.

Ele já tinha dívidas às finanças e casaram com separação de bens mas fazem IRS em conjunto.

O que é certo é que a ela nunca lhe penhoraram os vencimentos... (a ele também não mas ele também não trabalha) e sempre receberam os reembolsos de IRS.

Daí a minha curiosidade.

Maria

Retrato de Konigvs
Qui, 21/06/2012 - 16:50
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011

simplesmentemaria wrote: Mas é curioso saber que o "pai dos teus" filhos não quer casar porque não acredita nos valores do casamento quando na realidade vocês têm uma relação marital (apenas não oficializada).
?

Permitam-me corrigir, uma união de facto é uma união oficializada, simplesmente é um contrato sem termo, em que a qualquer momento pode ser interrompido, ao contrário do casamento em que tem que se oficializar uma separação.

Porque se me dizem que o casamento tem um "peso" maior (no fundo o que o pessoal quer é peso!!) que a união de facto, no momento da separação também o tem. Dizer sou "divorciada" tem um "peso" incomensuravelmente maior que continuar solteiro tendo tido uma relação em união de facto.

Retrato de simplesmentemaria
Qui, 21/06/2012 - 17:09
simplesmentemaria:
Membro desde: 31.01.2012

Konigvs wrote: Dizer sou "divorciada" tem um "peso" incomensuravelmente maior que continuar solteiro tendo tido uma relação em união de facto.

mas sim, acho que tens razão!

Acho que hoje o conceito de casamento está muito banalizado.

Chamem-me quota ou antiquada mas acho que hoje em dia as pessoas juntam-se por ser mais fácil (ou por razões monetárias) mas também porque é mais fácil separarem-se e muitas vezes nem sequer lutam pelo amor ou relação que têm.

Não digo que viver em união de facto seja diferente do casamento mas em termos culturais (que estão mudar) a união de facto ainda é um bocado vista de lado.

Eu não sinto que devo mais ou menos ao meu marido porque pronunciei os meus votos para o bem e para o mal, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença e amar-te e respeitar-te por todos os dias da nossa vida mas acho muito bonito esta celebração do amor (seja como já disse, feita na praia, na conservatória, na igreja ou na mesquita).

Além de que no meu tempo seria impensável (nem as nossas familias o veriam com bons olhos) vivermos juntos sem nos casarmos. Namorei 8 anos antes de me casar e passar a viver com o meu marido e tive casa 3 anos antes de casar!

Por acaso na nossa família (minha e do meu marido) todos somos casados ninguém vive em união de facto mas não condeno quem o faça.

Maria

Retrato de Konigvs
Qui, 21/06/2012 - 17:38
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011
simplesmentemaria wrote:

Acho que hoje o conceito de casamento está muito banalizado.

Banalizado em que sentido? Antes casavam aos 14 anos!! Antes TODA a gente casava pela igreja. Aos poucos muita gente começou a casar só pelo civil, e hoje em dia muita gente não sequer pensa em casar! Tenho uma amiga de 25 anos que está sempre a dizer que não quer casar nunca!!
Acho que é mais o contrário, hoje em dia as pessoas apercebem-se que a instituição-casamento inventada pela igreja faliu completamente, e então fazem o que acham mais coerente para si mesmas, ou até o que lhes dá mais jeito a nível de impostos.

simplesmentemaria wrote:

Não digo que viver em união de facto seja diferente do casamento mas em termos culturais (que estão mudar) a união de facto ainda é um bocado vista de lado.

Eu não tenho números mas "cheira-me" que as uniões de facto estão a disparar. E para que as coisas mudem, é preciso que nós pensemos pela nossa cabeça e não façamos tudo o que os outros fazem só para não sermos diferentes, e esse ainda é um argumento muito forte. Como por outro lado, há muita gente que ainda se mantém casada simplesmente para não serem falados, o que diga-se não faz qualquer sentido. E eu tenho tenho um caso aqui nos vizinhos ao lado, em que eles estão casados, vive cada um na casa dos pais e vai cada um no seu carro ao café. Talvez seja por isso que o norte seja a zona geográfica com menos divórcios, não porque as pessoas sejam mais felizes, mas porque o norte é muito mais conservador as pessoas têm quase vergonha de se divorciar.

Retrato de Sofia FCosta
Qui, 21/06/2012 - 18:02
Sofia FCosta:
Membro desde: 16.09.2009

Konigvs, não tenho muitos divórcios na família. Que me lembre, só mesmo o dos meus pais.

Tenho é amigos que se divorciaram. A avaliar pelo desenrolar das coisas, não me pareceu que algum dos casos tivesse a questão que apresentas como motivo. Mas pode ter sido e daí terem saído outras situações menos agradáveis.

Não sei.

Em relação ao contrato sem termo, embora compreenda o que disseste, tenho para mim que um contrato pressupõe a assinatura de duas pessoas, uma pessoa e uma empresa, uma pessoa e um banco, existindo regras que apenas e só fica validado o contrato quando ambas as partes assinam. Nada disto há na união de facto.

****

_marta_ essa opção, foi equacionada e sugerida pelo Tiago, sem que eu falasse ou dissesse algo sobre casarmos, quando falou na parte da celebração desta nova fase.
É possível que tenha sido a partir daí surgiu esta vontade da minha parte.

****

simplesmentemaria, eu estou contigo e acredito na história de um amor e uma cabana. Vá... Numa versão melhorada, porque viver numa cabana não deve ser fácil.

Ontem, li duas frases que me chamaram a atenção. Não sei se estará correcta, mas a verdade é que creio que há muito de sensatez.

"Não há pessoas certas, no amor. Há pessoas que fazem o amor dar certo". Será assim?

Retrato de Konigvs
Qui, 21/06/2012 - 18:16
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011
Sofia FCosta wrote:

Em relação ao contrato sem termo, embora compreenda o que disseste, tenho para mim que um contrato pressupõe a assinatura de duas pessoas, uma pessoa e uma empresa, uma pessoa e um banco, existindo regras que apenas e só fica validado o contrato quando ambas as partes assinam. Nada disto há na união de facto.

Os contratos sem termo, mesmo nas empresas não precisam de nenhumas assinaturas!! São verbais!!

Agora coloca-se tudo no papel porque aquilo que havia há uns anos - a palavra de honra - essa está em vias de extinção.
Hoje em dia a palavra de honra mesmo quando assinada num papel, tem o mesmo valor que um bocado de papel higiénico que serve para limpar o cu.

Retrato de simplesmentemaria
Qui, 21/06/2012 - 18:17
simplesmentemaria:
Membro desde: 31.01.2012
Sofia FCosta wrote:

"Não há pessoas certas, no amor. Há pessoas que fazem o amor dar certo". Será assim?

O casamento não é nenhum conto de fadas. Tu bem o sabes apesar de não "seres" casada. É como um jardim que precisa de ser regado todos os dias para se manter. E para isso é preciso fazermos cedências e concessões.

Quando falei do casamento estar banalizado foi precisammente no sentido em que não lhe dão importância nenhuma.

Nem querem casar porque é mais fácil juntar e separar os trapinhos.

Hoje em dia, à minima chatice, os jovens separam.se nem pensam em discutir (no sentido de conversar) o assunto nem de fazer concessões.

Vejo tantos tópicos de miúdas (digo miúdas porque tenho idade para ser mãe de algumas) que dizem que se sentem abandonadas pelos maridos e namoridos (penso que seja o termo que usam para se referirem aos companheiros com quem vivem), que eles só pensam neles, etc.

E é verdade. O casamento é a 2 (ou às vezes a 5, como é o teu caso Smile ) Tem de se pensar no bem estar de ambos. Não só no nosso, não só do dele, não só o dos filhos mas o de todos.

É este desinteresse que me assusta hoje em dia. A facilidade com que se começam e terminam relações é impressionante. Dizem que nada é eterno. Pois não, mas nada há sem trabalho e num casamento também há trabalho.

Claro que para amares e seres amada não é preciso nenhum papel passado mas eu assumo isso com um compromisso de ambas as partes e como tu dizes isso não existe numa relação de facto.

E a prova disso é que para seres considerada como estando em união de facto tens de ter a mesma morada fiscal há mais de 2 anos e blá, blá, blá.

Maria