Emigrar e deixar dívidas | A Nossa Vida

Emigrar e deixar dívidas

Retrato de bcc
08.12.2012 | 19:28
bcc:
Membro desde: 31.10.2012

Eu e a minha namorada vamos emigrar no inicio do ano para França. Tenho lá família e emprego garantido para os dois. Cá tornou-se quase impossível viver...

Acontece que a minha namorada devido à sua situação com ordenados em atraso e consequente desemprego, entrou em incumprimento com um crédito pessoal, a conta bancária associada ao emprego era uma conta ordenado que com os ordenados em atraso ficou bem negativa... Eu também fiquei desempregado, ajudei-a naquilo que pude mas infelizmente não foi possível chegar a nenhum acordo de pagamentos e o caso do credito pessoal já se arrasta desde 2010 qualquer dia sai uma decisão qualquer de penhora (ainda que ela nada tenha em seu nome).

A questão é, pode ela vir comigo, deixando cá as dívidas? O que poderá acontecer quando voltarmos cá de férias? Poderá ser presa ou ter problemas com a justiça? Ser considerada fugida à justiça por estar em parte incerta? Penhorarem o ordenado dela noutro país?

Sei que muita gente vai julgar o caso precipitadamente, mas somos pessoas com valores e a única solução neste momento é mesmo emigrar. De modo algum me agrada a situação e claro que se pudesse íamos sem estes fantasmas das dívidas. Agradeço por isso que quem ler isto que respeite e responda às perguntas. Não pretendo conselhos nem julgamentos, mas sim informações concretas que poderão ser úteis a todos que estão na mesma situação difícil.

Obrigado.


Retrato de ana.loira
Sáb, 08/12/2012 - 20:00
ana.loira:
Membro desde: 24.05.2011

Na minha opinião,e se fosse comigo faria assim,avisava o banco,contava-lhe a história toda,e concerteza que vão lhe fazer as contas e dividir por mensalidades,todos os meses enviam esse dinheiro para o banco de maneira a baixar a divida e por fim eliminá-la.
Porque deixar como está,nunca poderiam ter cá nada em vosso nome ou abrir uma conta bancária,e um casal novo ficar assim com as "pernas cortadas",não é nada bom,até mesmo para o bom nome da pessoa.

Retrato de bcc
Sáb, 08/12/2012 - 20:10
bcc:
Membro desde: 31.10.2012

ana.loira wrote: Na minha opinião,e se fosse comigo faria assim,avisava o banco,contava-lhe a história toda,e concerteza que vão lhe fazer as contas e dividir por mensalidades,todos os meses enviam esse dinheiro para o banco de maneira a baixar a divida e por fim eliminá-la.
Porque deixar como está,nunca poderiam ter cá nada em vosso nome ou abrir uma conta bancária,e um casal novo ficar assim com as "pernas cortadas",não é nada bom,até mesmo para o bom nome da pessoa.

Ela já foi ao banco e na altura a dívida foi dividida mensalmente... Mas ela não teve direito a subsídio de desemprego e não conseguiu pagar todas as mensalidades e a divida foi vencida. O banco recusa-se a negociar novamente. E o problema não é só o que ela fica a dever ao banco mas tb o crédito pessoal a uma financeira.
Claro que me preocupa o futuro, porque se casar também eu fico com as dividas dela e não poderei ter nada em meu nome cá em Portugal caso um dia pense voltar... Mas a verdade é que não nos resta alternativa em emigrar neste momento.

Retrato de Láu9
Sáb, 08/12/2012 - 20:16
Láu9:
Membro desde: 26.11.2012

Olá.
No teu caso eu ia ao banco explicar as coisas. Já vi que não chegaram a acordo relativamente aos pagamentos mas agora podem explicar que ela vai trabalhar e assim pode amortizar a dívida. Penso que o banco não deve levantar problemas uma vez que o interesse deles é que a pessoa pague a dívida, esteja aqui ou fora daqui. Eu digo isto porque conheço duas situações semelhantes: uma delas já está resolvida e a pessoa em questão emigrou porque pediu um empréstimo e depois quando foi começar a pagar viu-se sem trabalho e então foi ao banco renegociar o pagamento e explicou que ia emigrar e eles não levantaram problemas. A outra pessoa foi um bocadinho diferente e se não conseguirem renegociar a dívida e não for permitido à tua namorada deixar o país, podem também optar por fazer isto: a pessoa em questão tinha empréstimos para pagar mas já era casada e estava em nome dele e da esposa. A esposa ficou cá com a filha e o senhor foi para a Suíça com o filho trabalharem para pagar as dívidas. Eu não sei qual é o valor do crédito da tua namorada mas em último caso, vais tu primeiro e podes ajudá-la até ela ter tudo pago e depois ela vai ter contigo. E não sei mais que te diga...
Desejo-te muito boa sorte, com o crédito e espero que a "aventura" corra bem e sejam ambos bem sucedidos. Vai dando notícias e algo que precises, diz! Smile

Retrato de bcc
Sáb, 08/12/2012 - 20:29
bcc:
Membro desde: 31.10.2012

Obrigado Láu9.
Ela tb já tem o emprego à espera dela... é aquela situação do "agora ou nunca". Além de que ela cá não tem como viver sozinha sem emprego. Os pais dela infelizmente não podem ajudar pois recebem reformas miseráveis.
O meu medo mesmo é que ela tenha problemas com a polícia numa visita cá ao país. Já sei que ng vai pagar a dividas por ela, e que ir embora não faz com que deixem de existir. Mas tb o facto de ela cá ficar não vai resolver o assunto se não tem emprego nem ordenado. Já me disseram que ninguém vai preso por não conseguir pagar empréstimos e créditos se não tiver dinheiro nem bens. Mas no caso de emigrar tenho medo que seja considerado "fuga" e que isso lhe traga problemas com a justiça.

Retrato de miss.jinks
Sáb, 08/12/2012 - 21:22
miss.jinks:
Membro desde: 01.02.2012

So vai ser considerado fuga se estiver 1 processo em tribunal a correr contra ela ou tiver algum mandato, se tal nao é o caso tem liverdade para sair do pais sem problema. Mas... no caso de ter que renovar documentos, BI ou passaporte, tal pode-lhe ser negado, ja aconteceu a outras pessoas.

Era preferivel falar com o banco e explicar a situacao, até porque chegando a França pode começar a pagar no balcao do banco la, ir depositando todos os meses algum dinheiro para abater a divida.

Relativamente ao casamento, Separação total de bens - não há compartilhamento de bens passados e futuros, sendo cada um dos nubentes titular único dos bens colocados em seu nome.

Logo nao tens que pagar pelas dividas, mas atenção, nao podes ter conta no banco com ela.
Caso contrario o banco bloqueia a conta e nao te deixa aceder ao dinheiro.

Boa sorte

"Girls Just Want To Have Fun"

Retrato de Cantinho da Corvaxv
Sáb, 08/12/2012 - 21:23
Cantinho da Corvaxv:
Membro desde: 04.06.2010
bcc wrote:

porque se casar também eu fico com as dividas dela

Não ficas. As dividas ou heranças adquiridas antes do casamento são individuais e não agregadas a ti.
Só dividas posteriores ao casamento é que são dos dois, mesmo que feitas em nome individual.

Retrato de bcc
Sáb, 08/12/2012 - 21:45
bcc:
Membro desde: 31.10.2012

Obrigado miss.jinks e cantinho da corvaxv. Fico mais esclarecido quanto ao casamento, ainda que na prática o que a afecta a ela também me afecta a mim. Mas ao menos já sei que eu não tenho qualquer problema em ter cá qualquer coisa em meu nome em caso de casamento.

Quanto à parte dos documentos é um grande problema... Mas isso só se aplica pq ela vai sair do país? E se mantiver a morada dela cá em casa dos pais dela?

Retrato de danieladom
Sáb, 08/12/2012 - 21:53
danieladom:
Membro desde: 09.07.2008

Concordo com a miss.jinks... a partir do momento que n haja processos a decorrer em tribunal são livres de sair, mas assim que a coisa fique "seria" o consulado faz questão de os avisar e realmete em ultima instancia não conseguem ter acesso a renovação de documentos. Conheço varios casos de portugueses que emigraram para ca (belgica) com situações semelhantes e como tem trabalho vão mandando dinheiro pagando as contas... por outro lado há alguns que devem a todo o mundo, e andam aqui há anos felizes da vida (pelo menos ate agora). SE ambos tem trabalho garantido não vejo problemas, ela pega em parte do ordenado que vai receber mensalmente em frança, envia para a conta em portugal (ou faz transferencia directa, n sei como funciona o sistema de pagamentos) e vai pagando o que deve, ja que esse é o principal interesse do banco. Ninguem os vai prender assim que voltem a portugal sem mais nem menos, mas é importante que vão pagando uma parte todos os meses para que o banco veja que estão a cumprir senão pode tomar medidas. Quanto ao casamento ou te casas em separação total de bens ou comunhão de adquiridos. Assim não és resonsavel pelas dividas dela, mesmo apesar de estares casado.

Retrato de bcc
Sáb, 08/12/2012 - 22:04
bcc:
Membro desde: 31.10.2012

Danieladom,
Sim é minha/nossa intenção depositar cá algum dinheiro nessa conta mensalmente, e o banco que resolva como quiser e que o vá levantando, já que dizem que não podem renegociar porque a divida está vencida e que vão tratar do assunto judicialmente.

Mas quanto ao credito pessoal de uma agência financeira é mais complicado porque já foi entregue a um agente de execução no fim de 2010.

Retrato de ana.loira
Sáb, 08/12/2012 - 22:29
ana.loira:
Membro desde: 24.05.2011

Mas até mesmo a esse agente de execução,podem explicar,mais vale do que não dizer nada,senão parece que não querem saber e combinar uma forma de pagar,de outra forma logo que ela deposite cá algum dinheiro vão buscá-lo,e sim a correspondencia,deve continuar a ir para a casa dos pais e devem abrir,porque haver alguma coisa até do tribunal,e se for para trás pior será.

Retrato de Mr.V
Dom, 09/12/2012 - 00:25
Mr.V:
Membro desde: 05.09.2008

Vamos lá a ver no que é que posso ajudar...

1.º Ponto: Dívidas cíveis não te dão a hipótese de prisão, nem de cumprires pena, nem de seres presa, nem sequer da policia andar à tua procura...

2.º Ponto: Dívidas cíveis dão-te penhoras, de vencimentos, subsídios, irs, créditos, quotas em sociedades, penhoras de bens móveis, veículos, imóveis, etc, e apenas em Portugal.

3.º Ponto: Não resolves a situação e emigras, tudo bem. Um dia que voltes para Portugal, podes ter o problema à vossa espera, existem prazos de prescrição mas são compridos...

4.º e último ponto: Agora não podem pagar, emigrem, mas resolvam o quanto antes...

Qualquer dúvida dispõe...

Retrato de bcc
Dom, 09/12/2012 - 01:53
bcc:
Membro desde: 31.10.2012

Muito obrigado pelas informações. Estou bem mais esclarecido e descansado!
Por agora não temos alternativa. Mas claro que tendo a situação estável lá, faço intenções de quando vier cá me informar do ponto de situação e tentar resolver este problema de modo a não se arrastar muito mais tempo e não termos sempre esta nuvem negra a pairar sobre as nossas cabeças.

Retrato de Mr.V
Dom, 09/12/2012 - 12:04
Mr.V:
Membro desde: 05.09.2008

O Lobo esclareceu as minhas respostas de forma clara. Só não tenho a certeza da suspensão dos prazos de prescrição, com a entrada de acções judiciais, por exemplo...

Editei só para acrescentar que, quando me referi a dívidas cíveis queria fazer a distinção quanto a um crime de abuso de confiança fiscal, não pagar ao fisco é crime e ai sim, já pode ser condenado a prisão, era esta a diferença que queria fazer...

Retrato de Cantinho da Corvaxv
Dom, 09/12/2012 - 16:32
Cantinho da Corvaxv:
Membro desde: 04.06.2010

Apenas um á parte, quem tem fome rouba outras coisas que nao chocolate ou artigos de luxo

Retrato de Tequilha
Dom, 26/05/2013 - 09:18
Tequilha:
Membro desde: 26.05.2013

Não sei porquê tanta preocupação com o assunto, pois nunca nenhum juiz irá emitir um mandado de detenção por dividas de créditos, nem a nível Nacional e muito menos a nível Internacional, nem sequer nem colocar-vos com termo de identidade e residência (que é isso que os impediria de sair do pais, logo podes sempre sair do pais independentemente de o processo tiver ou não no tribunal pois tratar-se-á sempre de um processo cível.

Quanto ao regressar ao pais, também pelos pontos acima referidos ninguém vos vai colocar qualquer questão ou sequer chatear no caso de virem de avião, pois de carro como todos sabemos não existem fronteiras na Europa.

No que toca à prescrição das dívidas tenho a dizer que só se for mesmo por um valor muito elevado (quando me refiro a muito elevado falo em valores para cima de 50.000€), ai é que o banco ou financeira, poderão tentar prolongar o prazo dessa mesma prescrição por mais do que os normais 5 anos.

Para terminar sei que quem sai não quer deixar dividas etc, mas a situação em que o nosso pais se encontra leva a que muita gente neste momento esteja a abandonar o pais e tudo o que cá tem, inclusive as dividas sem sequer informar os bancos ou financeiras, é criticável? Sim é, mas só sabe dos problemas quem está neles ou passa por eles.

Como experiência pessoal ao nível deste assunto, enquanto elemento das Forças de Segurança, e cabendo-nos a nós tentar notificar os infractores dos processos executivos por dividas, temos nos deparado com muitas situações em que apuramos que as pessoas efectivamente já não se encontram em Portugal, e ao transmitirmos essa informação aos bancos e financeiras, o que está a acontecer é que estes últimos dão os créditos/dividas como incobravéis, pois a jurisdição quanto a esse assunto restringe-se só e apenas ao território Nacional.

Espero ter esclarecido.

Retrato de businesscoutinho
Dom, 26/05/2013 - 17:09
businesscoutinho:
Membro desde: 17.05.2012

Conheço o caso de uma pessoa amiga que esteve no estrangeiro (ainda por cima, num país da UE!) e por lá comeu o pão que o diabo amassou, com as mais diversas situações difíceis. Essa pessoa não é uma ladra nem uma pessoa sem escrúpulos; queria pagar o que devia (INCLUINDO A CASA) mas não só deixou de poder fazê-lo, como ainda andou em consultas de psicologia, neurologia e ATÉ psiquiatria por causa desse problema! surgiu a oportunidade de a pessoa voltar ao seu país Natal (tb UE) e foi o que essa pessoa fez. Segundo creio, tinha o crédito da casa, cartão de crédito e crédito pessoal para pagar. Tanto quanto sei, a pessoa já voltou ao seu país de origem há cerca de 8 anos e nunca ninguém a incomodou. O banco deve ter ficado com a casa (e com o que já estava pago, claro!), e também teve de «chupar» os créditos contraídos e não pagos. É bonito? Não. Deve fazer-se? Não. Porém, não esqueçamos também que os bancos são os verdadeiros chulos da sociedade, jogam e ganham juros com dinheiro que não é deles; exigem às pessoas que paguem juros sobre o dinheiro que NÃO É DO BANCO mas de quem o lá deposita - e são juros exorbitantes, por comparação com a merda que pagam para a gente lá ter o NOSSO dinheiro; se estão descapitalizados, mais uma vez é o desgraçado do mexilhão que lhes mete aos 4 mil milhões no CU (que é mesmo assim!), depois de estes serem roubados pelos capangas do governo através dos impostos e da Seg. Social. Além disso, meu querido casal de amigos, quando o «banquinho» nos empresta alguma coisa (do dinheiro que NÃO É DELES, REPITO!), não é pelos nossos bonitos olhos, mas porque têm a GULA apontada para os juros que vão cobrar por emprestarem DINHEIRO QUE NÃO É DELES. Trata-se, portanto, de AGIOTAGEM permitida pela lei.

Portanto, se me permitem, o meu conselho é o seguinte: façam as coisas da melhor maneira que acharem possível para a vossa situação pessoal.

Porém, em última análise, se a opção for entre a vossa vida e encher o cu aos bancos, aconselho-vos a que escolham a vossa vida, mandando os bancos todos para o crlh e SEM PROBLEMAS DE CONSCIÊNCIA, porque os maiores PULHAS que existem ao cimo da terra são esses animais que todos os dias nos sugam o sangue! Incutiram-nos a quase todos (exceptuando os banqueiros) que devemos ser honrados e pagar o que devemos, mas nunca ninguém nos preparou para o que temos hoje, para a pulhice e ladroagem que imperam na promiscuidade entre a política e a alta finança. Também não nos disseram que entre encher o cu a estes pulhas e a sobrevivência, primeiro está a sobrevivência, pois essa é a tendência natural! E, repito, em última análise: PUTA QUE PARIU OS BANCOS! QUE SE AFUNDEM TODOS NA SITUAÇÃO QUE ELES PRÓPRIOS CRIARAM POR CAUSA DA SUA GULA E DA SUA AGIOTAGEM! ELES NÃO VOS EMPRESTARAM O DINHEIRO POR TEREM PENA DE VOCÊS - POIS NÃO TÊM PIEDADE DE NINGUÉM NEM HONRA E A SUA ÚNICA PÁTRIA É O DINHEIRO -, MAS PARA VOS EXPLORAREM ATÉ AO TUTANO!

Por isso, amigos, façam o que a vossa situação pessoal exigir. Ainda bem que têm trabalho à espera, desejo-vos toda a sorte do mundo, boa viagem e sejam felizes, SEM PROBLEMAS DE CONSCIÊNCIA, porque quem vos inferniza a vida tb não tem nenhuns e dorme perfeitamente nas suas vivendas de 3 andares em Cascais e andam de Mercedes topo de gama, enquanto vcs e a maioria dos mortais andam na merda.

Abraço amistoso e desculpem a linguagem.

Luís

Retrato de NUNO 32
Dom, 16/06/2013 - 12:19
NUNO 32:
Membro desde: 16.06.2013

Boas, eu estou a 2 anos no estrangeiro, tinha um emprestimo automovevel de 15000 e estava a pagar ate ficar desempregado. fui para Inglaterra e ainda paguei durante 4 meses mas nao consegui mais e liguei para a financiadora GEOMONEY, e tentei fixar uma prestacao mais baixa mas nao aceitaram e ainda aumentaram, ja vai um ano e meio que nao pago, a viatura entretanto avariou e esta aqui na Inglaterra, se eu for a Portugal posso ser Preso no aeroporto? tenho tambem uma divida de 50 euros as financas e 100 a PT? o Meu medo e ser preso no aeroporto? E talvez va de novo para Portugal

Retrato de NUNO 32
Dom, 16/06/2013 - 12:23
NUNO 32:
Membro desde: 16.06.2013

e no meu caso? alguem me disse que tinha sido parado no aeroporto porque tinha dividas a PT. tenho credito automovel que nao pago a mais de 1,5 anos e 100 a PT e 50 as financas de IRS. Posso ser impedido de viajar ou ser preso? obrigado

Retrato de Tequilha
Ter, 18/06/2013 - 13:09
Tequilha:
Membro desde: 26.05.2013

Boas, não ninguém o vai prender nem pode por dividas, quer sejam a instituições de credito quer sejam fiscais, pois trata-se de processos cíveis.

Retrato de Joanninha82
Ter, 23/06/2015 - 12:42
Joanninha82:
Membro desde: 23.06.2015

Bom dia,
Tenho seguido os seus comentários sobre este assunto e tem-me parecido bastante fiável. Daí ter optado por lhe colocar esta questão. Quando emigrei, em 2009, tinha o crédito à habitação ainda por pagar. Nos primeiros meses fiz transferências regulares para o banco. Depois tentei alugar a casa mas nunca me chegaram a pagar. Escrevi uma carta ao banco a por a casa à disposição. Durante uns tempos não me incomodaram. Tiraram o que havia na minha conta PPR e na conta a prazo. Só depois começaram as ameaças. Estava numa altura má da minha vida por isso encerrei a conta de email, "fechei os olhos" e esperei que a tempestade amainasse. Afinal, já estava na fase da amortização. Já estava a pagar a casa há 10 anos e não tinha fiadores.
No ano passado aproveitei uma promoção e fui visitar os meus pais por 300 euros. Só as suas intervenções me deram coragem para tal. Apesar de tudo, até passar o controle de fronteira estava cheia de medo de ser detida. Este ano, gostaria de levar as minhas filhas para os avós as verem. Claro que ainda tenho mais medo. Imagine as meninas a verem a mãe ser detida ...por não ter cancelado um cartão de crédito que estava pago, foram sendo emitidos novos cartões e agora tenho a dívida das mensalidades acumuladas. Já verifiquei, estou na lista negra do BP. Entretanto, tenho todas as dívidas ao fisco pagas. Pago religiosamente o IMI da casa que entreguei ao banco todos os anos...
É seguro deslocar-me a Portugal com as minhas filhas? Ou corro o risco, por mínimo que seja, de ser detida? E quando tiver possibilidades de pagar, como devo fazer? Dirigir-me ao banco?

Muito Obrigada,

Joana

Retrato de Mr.V
Ter, 23/06/2015 - 21:29
Mr.V:
Membro desde: 05.09.2008

Joana, na lei portuguesa existem muitos grupos de direito, mas os dois maiores são o Civil e o Penal...

O Civil engloba todos os é o principal ramo do direito privado. Trata-se do conjunto de normas jurídicas (regras e princípios) que regulam as relações jurídicas entre as pessoas, sejam estas naturais ou jurídicas, que comumente se encontram numa situação de equilíbrio de condições. O direito civil é o direito do dia a dia das pessoas, em suas relações privadas quotidianas.

O Direito penal é o ramo do direito público dedicado às normas emanadas pelo Poder Legislativo para reprimir os delitos combinando penas com a finalidade de preservar a sociedade e de proporcionar o seu desenvolvimento.

Definições tiradas da wikipédia...

Agora, mais prático, em regra, ninguém vai preso por dívidas. Por mais dívidas que tenha ninguém é detido pela polícia.

A exceção é quando essas dívidas são crime, por exemplo, fraude fiscal, abuso contra a segurança social, burla, etc... Mas para isso é preciso ser-se julgado, condenado e transitada a pena em julgado...

O que eu te quero dizer é que NÃO vais presa ou detida por teres o nome no banco de portugal, teres dívidas ao banco ou a dezenas de financeiras, não teres pago o crédito automóvel, o cartão da fnac, etc... Por aqui, a via para te "penalizarem" é penhorarem tudo o que tiveres em Portugal passível de ser penhorado...

Retrato de Mamã Patchwork
Qui, 25/06/2015 - 23:58
Mamã Patchwork:
Membro desde: 28.12.2010

O ideal passará sempre por propor um acordo.
Dizem quanto podem pagar e o banco ajusta ás vossas possibilidades.
Boa sorte.

Retrato de Miliui
Seg, 29/06/2015 - 11:13
Miliui:
Membro desde: 08.01.2013

Bom dia

Em primeiro gostava de saber o que é "bem negativa"???

5000 ou 10000 Euros?
Peço desculpa a minha honestidade mas deixe-se desse tipo de "paranóia" e siga a sua vida que ninguém é preso por situações desse género.
Faça de conta que não sabe de nada porque ninguém vai atrás de si por esses valores nem por nenhuns.
O processo será entregue a um solicitador que ao notificá-lo irá perceber que não existem bens em seu nome e o processo passará a fase de "arquivado".
Só convém é não ter nada em nome da sua namorada aqui em Portugal nos próximos anos.
Não se preocupe que isso não é nada comparado com casos que conheço e acompanho no meu escritório.

Retrato de magdsa
Sex, 04/12/2015 - 20:58
magdsa:
Membro desde: 04.12.2015

E com dividas ao banco pode-se abrir conta noutro banco?Já sei que cheques e cartoes crédito não se pode ter

Retrato de lrc
Qua, 03/02/2016 - 15:03
lrc:
Membro desde: 03.02.2016

Boa tarde, lendo este post identifiquei-me em parte, tive algumas dificuldades para efectuar um crédito pois já teria solicitado um de crédito habitação uns anos atrás, e necessitava de uma verba em dinheiro para pagar a transmissão de uma herança de um familiar não directo que me teria sido passada em virtude de não haver mais herdeiros, mas para a obter teria que pagar um imposto de selo nas finanças no valor de 15000 euros pois se não o fizesse deixava de ter direito à mesma. Não podendo recorrer a um crédito pois a minha taxa de esforço não comportava, um colega meu sabendo da minha situação, propôs-se a ajudar-me solicitando um crédito em nome dele, ficando eu encarregue de pagar as suas prestações ao banco, pagando todos os meses a prestação e amortizando no final do ano sempre que podia uma verba extra para a conta dele. Ficarei para sempre agradecido a ele, e faltando dois anos para pagar o crédito estou pensar no final do mesmo dar-lhe um género de compensação financeira um valor de 500 euros pelo trabalho que teve e pela confiança depositada em mim. Estou a fazer algo de errado?

Retrato de Zeitics
Qua, 20/04/2016 - 12:17
Zeitics:
Membro desde: 02.08.2012

Olá bom dia, como está?

Gostaria que me esclarecessem do seguinte:

Ha um ano e tal uma "senhora" pontapeou o meu cão sem razão e estava com trela extensiva e eu no calor da discussão risquei-lhe o carro. Agora estamos em tribunal e serei condenada pois não tenho testemunhas. Portanto terei as despesas do tribunal, advogado, multa e despesas do carro para pagar. Mas tenho trabalho marcado para começar no estrangeiro. Como posso fazer neste caso?

Retrato de filsfu
Sáb, 05/11/2016 - 20:50
filsfu:
Membro desde: 11.02.2011

Boa noite!

Estou a viver e a trabalhar em França e desde 2006 que tenho um apartamento em Portugal que na altura foi comprado como investimento, mas foi sim uma grande asneira e já me arrependi 1000 vezes de o ter comprado! A situação é a seguinte: o apartamento estava alugado,mas a pessoa que está lá vai embora.... Até agora sempre cumpri, pois ia mandando dinheiro para cobrir a prestação, mas se não conseguirem alugá-lo ( tenho-o numa agência )vou estar em maus lençóis, pois a prestação ronda os 400€, montante que é me impossível pagar!!! Tenho a minha vida organizada, comprei casa e estou a pagar o empréstimo aqui em França. Não tenho intenções de voltar para Portugal, agora não vou ficar "com a corda ao pescoço" por causa do apartamento que nem é meu, mas do banco, foi pena o dinheiro que meti lá, mas estou disposto a dá-lo ao banco que fiquem com ele... O meu único receio é o pouco que tenho de herança se mais tarde me vão buscar alguma coisa, ou aos meus sogros, mas como não tenho nada em meu nome,não sei! Mais cedo ou mais tarde, vou ter problemas, esses xulos do banco fizeram o empréstimo em 40 anos, é uma vida!!! Também não quero estar neste impasse, incerteza, acabo de vez com o assunto e nem penso mais nisso, faz de conta que nem comprei apartamento!!!
Gostaria de saber a vossa opinião.
Obrigado.

Retrato de Mandokinhas
Seg, 02/01/2017 - 09:37
Mandokinhas:
Membro desde: 21.06.2016

Olá

Primeiro ninguem é preso por ficar a dever, portanto podes entrar no país e sair as vezes que quiseres.
A única coisa que te pode acontecer é, se houver bens em nome dela estes serão automaticamente executados, de resto não tens que te preocupar.

Retrato de Mandokinhas
Seg, 02/01/2017 - 09:40
Mandokinhas:
Membro desde: 21.06.2016

Olá

Primeiro
Quanto tempo e valor te falta pra completar os 40 anos?
Segundo
Não te cmpesará mais renegociar o empréstimo e ficares com a casa?
É que corres o risco de "entregar a casa ao banco" e ficares na mesma com uma dívida absurda

Retrato de mouravitch
Ter, 10/01/2017 - 07:09
mouravitch:
Membro desde: 09.01.2017

Bom dia
Estou emigrado desde 2014 e até agora tenho pago as dívidas em Portugal mas a partir deste mês só vou conseguir pagar o cartão de crédito nem o crédito pessoal que poderá acontecer?
Podem penhorar no país onde estou

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