Dizer-lhes que a força está dentro deles e que apenas depende deles (e claro, dos terapeutas que ganham dinheiro com isso) É ERRADO, DESUMANO e LEVIANO.
Já me disseram isto tantas vezes....
E eu senti-me triste e revoltada, por achar que era fraca e incapaz
Bjs
Lili_Sunset wrote:
Catarina Neves wrote:Dizer-lhes que a força está dentro deles e que apenas depende deles (e claro, dos terapeutas que ganham dinheiro com isso) É ERRADO, DESUMANO e LEVIANO.
Já me disseram isto tantas vezes....
E eu senti-me triste e revoltada, por achar que era fraca e incapazBjs
A força de vontade tem de estar presente e ela tem de vir de nós próprios. NO entanto, quem está doente, quase nem força tem para se levantar da cama, quanto mais para fazer exercícios mentais ;(
Eu entendo onde o AngelEspiritual quer chegar MAS é importante balancear o discurso.
Não sabemos quem nos lê e o grau de depressão em que está. É muito desencorajador perceber que os dias passam e nós não melhoramos. O acompanhamento próximo, por parte dos profissionais médicos, é fundamental Depois sim, podem entrar as diversas terapias e, até mesmo, os "medicamentos"/suplementos homeopáticos, bem como livros, cd's, etc
Força ;))
Catarina Neves wrote: ... aqui é que fiquei mesmo à toa:
angel.espiritualidade wrote: Voltando ao assunto original, devo dizer que eu não sou contra o uso de medicamentos. Até posso dar o meu próprio exemplo : eu tomo todas as manhãs 100mg de aspirina, pois creio que reduz o risco de várias doenças..
Tomas aspirinas, mas não sabes muito bem para que efeito? E tomas mediante recomendação médica ou porque andaste a ler umas coisas?
Antes de mais, quero agradecer a sua preocupação com a minha saúde.
Em relação à sua perplexidade, suponho que se deve a um ligeiro mal-entendido linguístico. Eu, quando uso expressões como "creio que" ou "acho que" ou "acredito que" (ou até "parece-me que") quero dizer que "há razões para crer que" ou "há indícios que apontam para". Essas razões ou indícios podem ser de natureza científica, ou de mero bom-senso, conforme o caso. Não tenho certezas absolutas, e por isso uso os verbos "crer", "achar", etc, mas também não tenho opiniões que não tenham um fundamento razoavelmente sólido.
Voltando às aspirinas, há inúmeros estudos na literatura científica sobre os efeitos da administração duma pequena dose diária de ácido acetilsalicílico. Alguns desses estudos são transversais a toda a população, outros referem-se a segmentos específicos da população. Na sua quase totalidade, esses estudos concluem que há benefícios nos mais variados aspectos do funcionamento do organismo humano. Os principais benefícios são relacionados com o sistema cardiovascular, mas a lista das doenças que essa pequena aspirina diária parece prevenir, ou cuja incidência parece diminuir, é imensa.
Outro aspecto interessante desses estudos é que os efeitos secundários dessa pequena dose diária de ácido acetilsalicílico e a sua interacção com outras substâncias são muito fracos e muito bem delimitados. Basicamente, as contra-indicações são : pre-existência de úlcera gástrica ou de sensibilidade gástrica, ou perturbações na coagulação do sangue (por exemplo, os hemofílicos não devem tomá-la).
No meu caso específico, houve três medicos diferentes (um generalista e dois cardiologistas) que me recomendaram tomar 100mg de aspirina todas as manhãs, ao pequeno-almoço. Mas devo salientar que a opinião dos médicos não passa disso mesmo : duma opinião. Os médicos são humanos e como tal podem enganar-se. Nós devemos considerar as recomendações dos médicos como propostas. A escolha final é nossa e só nossa. Qualquer recomendação de qualquer médico deve ser passada pelo filtro da nossa consciência e da nossa análise crítica.
A propósito, existem igualmente estudos científicos sobre o uso excessivo de medicação (os anti-depressivos surgem nos primeiros lugares). Mas os investigadores que trabalham nesses estudos têm muito mais dificuldades em arranjar financiamento, e os resultados desses estudos não costumam ser devidamente divulgados ao público largo, por razões de natureza económica. A indústria farmacêutica (que possui um poder financeiro desmesurado, e que financia grande parte dos estudos científicos sobre medicamentos) não tem interesse nenhum em que o público saiba que há, em muitos casos, alternativas preferíveis à medicação.
Catarina Neves wrote: Por exemplo, os doentes com Alzheimer, tomam um anti-depressivo ESPECÍFICO. Que não colide com uma série de outros factores.
Catarina Neves wrote: As diversas áreas de actuação PODEM e DEVEM trabalhar em conjunto MAS... fomentar o ódio pela medicação e transmitir essa mensagem a uma pessoa que tem uma DISFUNÇÃO ao nível dos neurotransmissores, pode provocar-lhes a morte!
Não me parece que a Sibilla sofra de Alzheimer, ou que tenha alguma disfunção ao nível dos neurotransmissores. Claro que a opinião do médico dela vale mais que a minha, mas a mim parece-me que a Sibilla tem problemas do foro psicológico. Ela diz que tem um complexo de culpa muito grande e medo de voltar a sofrer, em consequência duma situação traumática que viveu.
Ah, é verdade, já me esquecia : não compreendo como alguém pode considerar que eu "fomento o ódio pela medicação" quando, na mesma mensagem, advogo o uso da aspirina para prevenir doenças ... O que eu recomendo é muito discernimento, muita prudência.
Gostava de começar a minha mensagem com algumas palavras de encorajamento. Pelo que li nas suas mensagens, tenho a impressão cada vez mais forte que está no bom caminho, que irá encontrar o seu equilíbirio.
Diz na sua mensagem que "começou por uma dose insignificante". Parece-me bem. Espero que não seja necessário aumentá-la. Aliás, espero que encontre o equilíbrio necessário para, no futuro, eliminar mesmo essa dose insignificante.
sibilla wrote: é uma questão de força de vontade MAS NÃO SÓ.
Quando eu digo que "a única pessoa que consegue resolver o seu problema é você própria", não me refiro à força de vontade. Aliás, o que eu considero necessário em casos como o seu é, paradoxalmente, o oposto da "força de vontade". É a aceitação, a fragilização.
sibilla wrote: o trabalho de não olhar para o passado, viver para a frente e libertar-me de dores antigas é meu
Eu acho que, pelo contrário, uma pessoa na sua situação deveria olhar para o passado. O passado dói ? Então reserve uma hora por dia para rever esse passado e para chorar. É muito importante chorarmos as nossas dores, chorarmos até à última gota, é a única maneira de nos libertarmos da dor. Devemos aprender a perdoar o passado, a perdoar quem nos fez sofrer, a perdoar a nós próprios se sentimos culpa.
Acho que alguns dos comentários da Marta vão um pouco no mesmo sentido.
Rir também faz bem, sem dúvida. Mas ter de "ouvir lady gaga, ou outra coisa parva qualquer" de manhã, para poder aguentar o resto do dia ... Não me parece um estilo de vida que alguém possa desejar para si próprio.
Rir também faz bem, sem dúvida. Mas ter de "ouvir lady gaga, ou outra coisa parva qualquer" de manhã, para poder aguentar o resto do dia ... Não me parece um estilo de vida que alguém possa desejar para si próprio.
Todos temos dias menos bons e dias menos maus. Que mal tem se ouvir lady gaga me anima de manhã? E se tenho mesmo que sair da cama, ou isso ou drogas, parece-me melhor isso. Mas já estou a ver que pronto, é tudo uma questão de equilíbrio do espírito e coisas zen por aí fora. Eu não vou muito por aí, lamento.
No meu caso específico, houve três medicos diferentes (um generalista e dois cardiologistas) que me recomendaram tomar 100mg de aspirina todas as manhãs, ao pequeno-almoço. Mas devo salientar que a opinião dos médicos não passa disso mesmo : duma opinião. Os médicos são humanos e como tal podem enganar-se. Nós devemos considerar as recomendações dos médicos como propostas. A escolha final é nossa e só nossa. Qualquer recomendação de qualquer médico deve ser passada pelo filtro da nossa consciência e da nossa análise crítica.
Bem... eu nunca duvidei que os médicos fossem humanos. Daí a achar que têm uma mera opinião sobre um assunto que conhecerão com mais profundidade do que nós, vai uma grande distância. Mal de nós se não confiarmos nas estruturas, nas pessoas, etc. Já imaginaste o drama que seria??? Eu, como terapeuta, não contribúo para tal. Acho que tudo é necessário e tudo pode ajudar
A indústria farmacêutica (que possui um poder financeiro desmesurado, e que financia grande parte dos estudos científicos sobre medicamentos) não tem interesse nenhum em que o público saiba que há, em muitos casos, alternativas preferíveis à medicação..
Quais são essas alternativas?
Por exemplo, os doentes com Alzheimer, tomam um anti-depressivo ESPECÍFICO. Que não colide com uma série de outros factores.
As diversas áreas de actuação PODEM e DEVEM trabalhar em conjunto MAS... fomentar o ódio pela medicação e transmitir essa mensagem a uma pessoa que tem uma DISFUNÇÃO ao nível dos neurotransmissores, pode provocar-lhes a morte!
Não me parece que a Sibilla sofra de Alzheimer, ou que tenha alguma disfunção ao nível dos neurotransmissores. Claro que a opinião do médico dela vale mais que a minha, mas a mim parece-me que a Sibilla tem problemas do foro psicológico. Ela diz que tem um complexo de culpa muito grande e medo de voltar a sofrer, em consequência duma situação traumática que viveu.
Eu não disse que a Sibilla sofria de Alzheimer Eu disse que, por exemplo, os doentes de Alzheimer tomam anti-depressivos com outras características.
E não percebo como consegues dizer que, e cito, "não me parece que (a Sibilla) tenha alguma disfunção ao nível dos neurotransmissores". Não temos acesso ao diagnóstico;)
E volto a insistir nesta questão (à qual não respondeste):
Este argumento dos diabéticos parece muito convincente, realmente. Até chego a perguntar-me : se não houvesse diabéticos neste mundo, o que seria de nós ?
Não percebi ;( Importas-te de explicar, se fizeres favor? ;)
Rir também faz bem, sem dúvida. Mas ter de "ouvir lady gaga, ou outra coisa parva qualquer" de manhã, para poder aguentar o resto do dia ... Não me parece um estilo de vida que alguém possa desejar para si próprio.
Todos temos dias menos bons e dias menos maus. Que mal tem se ouvir lady gaga me anima de manhã? E se tenho mesmo que sair da cama, ou isso ou drogas, parece-me melhor isso. Mas já estou a ver que pronto, é tudo uma questão de equilíbrio do espírito e coisas zen por aí fora. Eu não vou muito por aí, lamento.
TUDO o que possa servir para nos ajudar a sair da cama, de sorriso na cara, vale a pena
Rir também faz bem, sem dúvida. Mas ter de "ouvir lady gaga, ou outra coisa parva qualquer" de manhã, para poder aguentar o resto do dia ... Não me parece um estilo de vida que alguém possa desejar para si próprio.
Todos temos dias menos bons e dias menos maus. Que mal tem se ouvir lady gaga me anima de manhã? E se tenho mesmo que sair da cama, ou isso ou drogas, parece-me melhor isso. Mas já estou a ver que pronto, é tudo uma questão de equilíbrio do espírito e coisas zen por aí fora. Eu não vou muito por aí, lamento.
TUDO o que possa servir para nos ajudar a sair da cama, de sorriso na cara, vale a pena ;)
O "diagnóstico" ou seja o que for não vou nem quero expôr aqui, não acho relevante e nem tudo se deve deixar na net. Tenho um historial de ansiedade e depressão que, de facto, pode ter um fundamento neurológico forte já que desde que tive meningite, aos 4 anos, nunca mais fui a criança calma que era mas sim ansiosa e facilmente irritável. Adiante.
O tópico não é para vir aqui chorar, é para partilhar formas de luta contra este mal. Decidi não ignorar os meus maus pensamentos mas confrontá-los com calma. Mas para isso preciso *mesmo* da medicação, senão não aguento. FISICAMENTE não aguento.
E é isto. E lady gaga pode ser foleiro mas é bem fixola. Vou para o café ler.**
Venho aqui para dar mta forca a todas as meninas k vivem em constante depressao e dar a minha opiniao: a depressao e,sim,uma questao complicada!A minha mae a sensivelmente 5anos,entrou em depressao e so eu e o meu pai vimos o k ela sofreu.Acaba por sofrer o doente e os k lhe sao proximos!E horrivel e espero,espero mm n voltar nc mais a passar por uma situacao identica!!!Um beijinho a todas e mta forca para ultrapassar essa fase!!
Qualquer recomendação de qualquer médico deve ser passada pelo filtro da nossa consciência e da nossa análise crítica.
Há um exercício interessante que recomendo a qualquer um. Se conhecerem um médico (seja na família ou no círculo de amigos ou conhecidos) observem a sua atitude relativametne à medicação quando se trata dele próprio. Eu tenho observado que, em geral, os médicos tomam muito poucos médicamentos. Não estou a dizer que os médicos não se medicam quando estão doentes, mas observei que eles olham para a medicação como a um último recurso. Podem recomendar muitos medicamentos para os pacientes deles, mas quando é para eles próprios têm muitas reservas.
Surge naturalmente a pergunta : porque receitam então tantos medicamentos ? Por um lado, existe uma certa pressão por parte da industria farmacêutica. Por outro lado, os próprios pacientes às vezes pressionam o médico a receitar o maior número de medicamentos possível. Tenho vizinhos no meu prédio que, quando voltam do centro de saúde, comentam às vezes : Este médico não é grande coisa, veja, só me receitou duas coisas ! Muitas pessoas pensam que ser bom médico significa receitar muitos medicamentos.
Nós devemos considerar as recomendações dos médicos como propostas. A escolha final é nossa e só nossa. Qualquer recomendação de qualquer médico deve ser passada pelo filtro da nossa consciência e da nossa análise crítica.
Sei que muitas pessoas têm dificuldade em assumir a responsabilidade da escolha final no que diz respeito à medicação. Preferem deixar a responsabilidade final ao médico. De modo geral, é sempre mais fácil, mais cómodo, deixar toda a responsabilidade a cargo doutras pessoas (sejam eles médicos, políticos, padres ou quiromantes). Fazer escolhas, escolhas responsáveis, é difícil e incómodo.
No caso particular dos medicamentos, muitas pessoas tendem a absolutizar a opinião dum médico devido a um complexo de inferioridade, por pensarem que o médico sabe muito mais que elas.
É claro que um médico sabe mais que uma pessoa normal, pois estudou para esse efeito. Mas eu gostava de salientar que não é assim tão difícil compreendermos minimamente o funcionamento do nosso organismo e, com base nesta compreensão, estudarmos com atenção o folheto informativo de cada medicamento que nos foi recomendado e percebermos a influência que esse irá ter no nosso corpo e as possíveis interacções com outras substâncias. Os conhecimentos de medicina não estão vedados, não são um privilégio exclusivo da classe médica.
Os médicos americanos M. Roizen e M. Oz escreveram uma série de livros sobre o funcionamento do nosso organismo. Quem costuma ver o espectáculo da Oprah lembra-se com certeza do doutor Oz. Não sei exactamente quantos livros são, eu li quatro deles; o nome da série é "YOU - user manual". Esses livros foram traduzidos para português e publicados pela Editora ASA sob o nome "YOU - manual de instruções". Há um vermelho (generalista), um azul (sobre dietas), um roxo (sobre beleza), um branco (sobre gravidez e bebés), e por aí fora. Os livros estão escritos numa linguagem acessível, possuem rigor científico, e beneficiaram duma tradução de boa qualidade. Creio que qualquer pessoa, mesmo que não tenha altos estudos, consegue ler e perceber as noções e os conselhos contidos nesses livros.
Leiam pelo menos um deles (convém começar pelo vermelho, o generalista) e apliquem o filtro da vossa análise crítica em qualquer acto médico.
Os médicos americanos M. Roizen e M. Oz escreveram uma série de livros sobre o funcionamento do nosso organismo.
Nesses livros aparece, mais de uma vez, o seguinte conselho : "A meditação e o yoga contribuem para a diminuição do stress e para a prevenção da depressão nervosa".
O facto de debitares teoria e não responder a questões específicas, tem alguma explicação?
Quanto a isto:
Há um exercício interessante que recomendo a qualquer um. Se conhecerem um médico (seja na família ou no círculo de amigos ou conhecidos) observem a sua atitude relativametne à medicação quando se trata dele próprio. Eu tenho observado que, em geral, os médicos tomam muito poucos médicamentos.
Tenho médicos na família, tenho médicos como amigos próximos, tenho médicos que apenas são "meus médicos" No caso dos últimos, não sei como fazem mas, nos outros dois segmentos, posso assegurar-te de que tomam tantos medicamentos, consoante as necessidades específicas. Nesse núcleo, já houve quem passasse por cancro, depressões, etc.
A isto:
Surge naturalmente a pergunta : porque receitam então tantos medicamentos ? Por um lado, existe uma certa pressão por parte da industria farmacêutica. Por outro lado, os próprios pacientes às vezes pressionam o médico a receitar o maior número de medicamentos possível. Tenho vizinhos no meu prédio que, quando voltam do centro de saúde, comentam às vezes : Este médico não é grande coisa, veja, só me receitou duas coisas ! Muitas pessoas pensam que ser bom médico significa receitar muitos medicamentos.
... costumo chamar: teoria da consipiração Ou seja, quem nunca consegue aceitar que os medicamentos são necessários, serve-se da desculpa das indústrias farmacêuticas, etc. Na Figueira, há uns anos, foram julgados alguns médicos, a este propósito. Ficou provado que a maioria tinha recebido contra-partidas, por receitarem este e aquele medicamento. CONHEÇO-OS a TODOS e posso dizer-te que toda a gente desconfiava do procedimento. Quando nos deparamos com isto, é preciso ser selectivo, em vez de amorfo.
Por outro lado, a minha "avodrasta" só queria que lhe receitassem medicamentos e exames. Porquê? Porque era a forma que ela tinha de sentir que mais gente andava à volta dela AQUI, os médicos têm de saber agir
A título informativo:
Os médicos americanos M. Roizen e M. Oz escreveram uma série de livros sobre o funcionamento do nosso organismo. Quem costuma ver o espectáculo da Oprah lembra-se com certeza do doutor Oz.
O DR. OZ tem, há algum tempo, um programa próprio, transmitido na SIC MUlher (e que sigo quase religiosamente). NUNCA o vi a desprezar medicação. NUNCA o vi a dizer que a depressão era coisa "da nossa cabeça" e de pessoas fracas
Nós devemos considerar as recomendações dos médicos como propostas. A escolha final é nossa e só nossa. Qualquer recomendação de qualquer médico deve ser passada pelo filtro da nossa consciência e da nossa análise crítica.
Sei que muitas pessoas têm dificuldade em assumir a responsabilidade da escolha final no que diz respeito à medicação. Preferem deixar a responsabilidade final ao médico. De modo geral, é sempre mais fácil, mais cómodo, deixar toda a responsabilidade a cargo doutras pessoas (sejam eles médicos, políticos, padres ou quiromantes). Fazer escolhas, escolhas responsáveis, é difícil e incómodo.
No caso particular dos medicamentos, muitas pessoas tendem a absolutizar a opinião dum médico devido a um complexo de inferioridade, por pensarem que o médico sabe muito mais que elas.
É claro que um médico sabe mais que uma pessoa normal, pois estudou para esse efeito. Mas eu gostava de salientar que não é assim tão difícil compreendermos minimamente o funcionamento do nosso organismo e, com base nesta compreensão, estudarmos com atenção o folheto informativo de cada medicamento que nos foi recomendado e percebermos a influência que esse irá ter no nosso corpo e as possíveis interacções com outras substâncias. Os conhecimentos de medicina não estão vedados, não são um privilégio exclusivo da classe médica.
Angel.espiritualidade, não concordo de todo. Nem toda a gente tem a bagagem de conhecimentos necessária para fazer essa análise crítica. Nem acho que tenha de haver filtro nenhum. Pelo contrário, a informação deve ser bem absorvida e gerida pelo paciente. A procura do melhor tratamento é um trabalho feito em conjunto pelo médico e pelo paciente que deve fornecer toda a informação que puder e souber. E a minha profunda convicção é a de que os médicos prescrevem a medicação que for estrictamente necessária. Uma boa escolha, para ser responsável, tem de ser consciente, e um leigo na matéria nunca pode tomar um decisão dessas em consciência. A atitude responsável neste caso é expor o problema ao médico, fazer as perguntas que se entender como necessárias, inteirar-se das possibilidades terapèuticas à disposição e deixá-lo fazer o seu trabalho assente numa ética de determinação custo-benefício da medicação para o paciente. Claro que os conhecimentos de medicina não estão vedados à classe médica, eu própria pesquiso e procuro inteirar-me das minhas doenças mas isso não me habilita por si só a fazer escolhas responsáveis. Apenas e só fico mais informada.
A minha mãe sofre há muitos anos de depressão e ansiedade. E mesmo hoje, ás vezes, é-me difícil lidar com certas situações. A meu ver, uma pessoa com uma crise aguda depressiva nem tem o discernimento necessário sequer para tomar decisões dessas, principalmente porque é uma doença incompreendida e o doente acaba por sofrer uma grande pressão social para deixar as ditas "drogas" numa fase em que muitas vezes tem uma percepção distorcida da realidade. Quantas vezes a minha mãe já não ouviu "deixa isso que só te faz mal" ou "o que os médicos querem é pôr-nos a dormir" ou "eu também tomava e deixei tudo, parecia um zombie". É recorrente. As pessoas que não passam por isso simplesmente não entendem o alcance de distúrbios depressivos e de ansiedade. Escusado será dizer que na única vez há muitos anos em que a minha mãe lhes deu ouvidos e tomou essa dita decisão de largar a droga teve um ataque extremo de ansiedade. Acho que não estou a exagerar se disser que a minha mãe precisa das ditas drogas para viver e ter qualidade de vida. Quem passa por isso acho que percebe aquilo que quero dizer. Isto não invalida que haja outras terapias associadas e que a pessoa cuide da sua mente e de si própria ao consciencializar-se, em grande parte das vezes, que tem que mudar aspectos da sua vida ou a forma como encara a própria vida. Isso consegue ser a parte mais difícil na maior parte dos casos. A medicação não é, nem de perto nem de longe, a cura absoluta, mas não deixa de ser essencial.
A Sibilla tem algum bicho de estimação ? O amor incondicional dum animal de estimação costuma ter efeitos benéficos sobre o equilíbrio emocional do dono ou da dona.
Venho aqui para dar mta forca a todas as meninas k vivem em constante depressao e dar a minha opiniao: a depressao e,sim,uma questao complicada!A minha mae a sensivelmente 5anos,entrou em depressao e so eu e o meu pai vimos o k ela sofreu.Acaba por sofrer o doente e os k lhe sao proximos!E horrivel e espero,espero mm n voltar nc mais a passar por uma situacao identica!!!Um beijinho a todas e mta forca para ultrapassar essa fase!!
É difícil, sim, há dias de ondas, mas é lutar contra o lado negro e deixar entrar o sol
ps. angel, tenho dois gatos muito lindos e muito tolos. São fixes, mas não são médicos.
Pois... eu também tenho dois gatos há quase 10 anos, gosto muito deles, mas acho que não é por aí...
sibilla wrote: Mas já estou a ver que pronto, é tudo uma questão de equilíbrio do espírito e coisas zen por aí fora.
Perdoar aos outros e perdoar a nós próprios não me parece que seja específico da filosofia zen. Mas no geral, sim, tem razão, os meus conselhos são inspirados na filosofia zen, e noutras correntes de pensamento como o movimento New Age ou os ensinamentos de Alexandra Solnado.
sibilla wrote: Eu não vou muito por aí, lamento.
Compreendo as suas reticências.
Desejo-lhe tudo de bom.
O DR. OZ tem, há algum tempo, um programa próprio, transmitido na SIC MUlher (e que sigo quase religiosamente). NUNCA o vi a desprezar medicação.
Ninguém aqui desprezou a medicação. Fazer uso de discernimento e de prudência não significa menosprezar a medicação, mas sim dar-lhe o devido valor.
Já que estamos entre fãs do Dr. Oz, convém recordar que ele ficou mundialmente conhecido por promover conceitos de medicina alternativa. É irónico que a palavra "alternativa", mencionada numa das minhas mensagens anteriores, tenha provocado tamanha irritação ...
Houve até críticas (duma parte da comunidade médica) à atitude do Dr. Oz de defender práticas médicas alternativas como : práticas energéticas, acupunctura e homeopatia.
Veja-se a página http://en.wikipedia.org/wiki/Mehmet_Oz
(secção "Controversy"), e a página
http://en.wikipedia.org/wiki/Energy_medicine
NUNCA o vi a dizer que a depressão era coisa "da nossa cabeça" e de pessoas fracas ;)
A depressão é uma disfunção que acontece no nosso cérebro, portanto na nossa cabeça, quer gostemos ou não. Não é coisa de pessoas fracas, não sei como é que chegou a essa ideia. Se eu recomendo chorar para limpar a dor, isso nada tem a ver com fraqueza. Antes pelo contrário, se conseguirmos chorar sem raiva e sem vitimização, encontraremos dentro de nós, depois de enxugadas as lágrimas, uma força tremenda : a força da essência da nossa alma, livre de pesos emocionais pertencentes ao passado. É nessa altura que descobriremos quão maravilhosa pode ser a vida, descobriremos finalmente o sabor da felicidade, e seremos livres, em paz com nós próprios.
Confesso que não sei se é por teimosia, por falta de conhecimento ou porque, pura e simplesmente, não estás "praí virado".
Custa assim tanto perceber que a depressão nem sempre é emocional MAS SIM FÍSICA? ENDÓGENA? GENÉTICA?
Quanto ao Dr Oz...
angel.espiritualidade wrote: Já que estamos entre fãs do Dr. Oz, convém recordar que ele ficou mundialmente conhecido por promover conceitos de medicina alternativa. É irónico que a palavra "alternativa", mencionada numa das minhas mensagens anteriores, tenha provocado tamanha irritação ...
Houve até críticas (duma parte da comunidade médica) à atitude do Dr. Oz de defender práticas médicas alternativas como : práticas energéticas, acupunctura e homeopatia.
Veja-se a página http://en.wikipedia.org/wiki/Mehmet_Oz
(secção "Controversy"), e a página
http://en.wikipedia.org/wiki/Energy_medicine;)
Irónico é traduzir "integrative" como alternativa. O que lá está escrito é que o Dr OZ é "apoiante" das terapias "alternativas" COMBINADAS COM tratamentos médicos convencionais.
Mais... quando se recomendam links, é preciso perceber o que está lá escrito. Por exemplo (in http://en.wikipedia.org/wiki/Mehmet_Oz) :
wikipedia wrote: Oz is a spokesman and advisor for the website RealAge.com, which The New York Times has criticized for its pharmaceutical marketing practices. The site solicits medical information from visitors to determine a visitor’s biological age and then uses the visitor's medical profile for pharmaceutical marketing purposes. As The Times reporter explained the significance of this fact: "While few people would fill out a detailed questionnaire about their health and hand it over to a drug company looking for suggestions for new medications, that is essentially what RealAge is doing."[37]
Ou seja, isto não abona lá muito a favor do "meu querido" Dr OZ, no que diz respeito à não recomendação de medicação
A terminar e porque te podes ter esquecido disto, volto a insistir:
Catarina Neves wrote:
angel.espiritualidade wrote: Este argumento dos diabéticos parece muito convincente, realmente. Até chego a perguntar-me : se não houvesse diabéticos neste mundo, o que seria de nós ?Não percebi ;( Importas-te de explicar, se fizeres favor?
Mas... já que há pessoas que não querem, de todo, entender a importância dos anti-depressivos... olhem, parece que agora há um natural!!
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=508921
(Sem ofensa, gente, ok??)
Mas... já que há pessoas que não querem, de todo, entender a importância dos anti-depressivos... olhem, parece que agora há um natural!!
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=508921
(Sem ofensa, gente, ok??)
TANTO se poderia dizer em relação a isto, mas... cala-te boca (ou melhor, dedos paraditos)
Mas... já que há pessoas que não querem, de todo, entender a importância dos anti-depressivos... olhem, parece que agora há um natural!!
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=508921
(Sem ofensa, gente, ok??)
TANTO se poderia dizer em relação a isto, mas... cala-te boca (ou melhor, dedos paraditos) ;)
Oh, oh!! Mesmo!
Mas... já que há pessoas que não querem, de todo, entender a importância dos anti-depressivos... olhem, parece que agora há um natural!!
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=508921
(Sem ofensa, gente, ok??)
TANTO se poderia dizer em relação a isto, mas... cala-te boca (ou melhor, dedos paraditos) ;)
Oh, oh!! Mesmo! ;)
Parecendo que não, um bom orgasmo deixa-nos sempre mais bem dispostos não sei é se é alternativo ou não
TANTO se poderia dizer em relação a isto, mas... cala-te boca (ou melhor, dedos paraditos) ;)
Oh, oh!! Mesmo! ;)
Parecendo que não, um bom orgasmo deixa-nos sempre mais bem dispostos não sei é se é alternativo ou não ;)
Ainda bem que este tópico acaba com tantas caras risonhas, em forte contraste com o início sombrio do tópico (e com a seriedade do assunto em si). Pelos vistos a discussão foi útil para dissipar algumas nuvens negras ...
Da minha parte, só me resta agradecer a vossa participação, e a espontaneidade das vossas respostas. Foi bastante instrutivo para mim, pois ao longo desta conversa aprendi mais umas coisas sobre o comportamendo da pessoa com depressão, principalmente sobre as reacções psicológicas de quem está a receber medicação anti-depressão.
TANTO se poderia dizer em relação a isto, mas... cala-te boca (ou melhor, dedos paraditos) ;)
Oh, oh!! Mesmo! ;)
Parecendo que não, um bom orgasmo deixa-nos sempre mais bem dispostos não sei é se é alternativo ou não ;)
Ainda bem que este tópico acaba com tantas caras risonhas, em forte contraste com o início sombrio do tópico (e com a seriedade do assunto em si). Pelos vistos a discussão foi útil para dissipar algumas nuvens negras ...
Da minha parte, só me resta agradecer a vossa participação, e a espontaneidade das vossas respostas. Foi bastante instrutivo para mim, pois ao longo desta conversa aprendi mais umas coisas sobre o comportamendo da pessoa com depressão, principalmente sobre as reacções psicológicas de quem está a receber medicação anti-depressão.
1. O tópico não acabou.
2. O tópico não é sombrio. A doença pode ser, o tópico não necessariamente. Se sofrêssemos de outra doença qualquer também não era o objectivo virmos para aqui choramingar mas sim apoiarmo-nos.
3. Ainda bem que dissipaste alguns preconceitos. Acho interessante como consegues fazer avaliações psicológicas tão bem à distância e só através de sorrisos. Deve ser alguma capacidade mediúmnica que desconhecemos.
4. Espero que percebas que a medicação, em alguns casos, tem que ser para a vida. Noutros, nem por isso. E que uma doença destas não é tristeza nem incapacidade de resolver problemas espirituais e outros. Eu vou à missa todas as semanas, se fosse de ter a alma doente, já estava tratada (lol). Nem tudo é coisas do além nem de força de vontade. Somos seres vivos, temos reacções químicas e uma doença mental é isso mesmo, uma doença. Como a epilepsia é uma doença, e não uma possessão de demónios.
Fica bem.
TANTO se poderia dizer em relação a isto, mas... cala-te boca (ou melhor, dedos paraditos) ;)
Oh, oh!! Mesmo! ;)
Parecendo que não, um bom orgasmo deixa-nos sempre mais bem dispostos não sei é se é alternativo ou não ;)
Ainda bem que este tópico acaba com tantas caras risonhas, em forte contraste com o início sombrio do tópico (e com a seriedade do assunto em si). Pelos vistos a discussão foi útil para dissipar algumas nuvens negras ...
Da minha parte, só me resta agradecer a vossa participação, e a espontaneidade das vossas respostas. Foi bastante instrutivo para mim, pois ao longo desta conversa aprendi mais umas coisas sobre o comportamendo da pessoa com depressão, principalmente sobre as reacções psicológicas de quem está a receber medicação anti-depressão.
1. O tópico não acabou.
2. O tópico não é sombrio. A doença pode ser, o tópico não necessariamente. Se sofrêssemos de outra doença qualquer também não era o objectivo virmos para aqui choramingar mas sim apoiarmo-nos.
3. Ainda bem que dissipaste alguns preconceitos. Acho interessante como consegues fazer avaliações psicológicas tão bem à distância e só através de sorrisos. Deve ser alguma capacidade mediúmnica que desconhecemos.
4. Espero que percebas que a medicação, em alguns casos, tem que ser para a vida. Noutros, nem por isso. E que uma doença destas não é tristeza nem incapacidade de resolver problemas espirituais e outros. Eu vou à missa todas as semanas, se fosse de ter a alma doente, já estava tratada (lol). Nem tudo é coisas do além nem de força de vontade. Somos seres vivos, temos reacções químicas e uma doença mental é isso mesmo, uma doença. Como a epilepsia é uma doença, e não uma possessão de demónios.
Fica bem.
E claro que o tópico não terminou
Até porque... ficaram algumas perguntas sem respostas
E esta frase é tão estranha, que tive de confirmar quem era o autor do tópico:
Da minha parte, só me resta agradecer a vossa participação, e a espontaneidade das vossas respostas.
Por acaso é uma coisa que me intriga...
A pessoa com depressão tem de andar sempre triste, cabisbaixa, chorona?! Ou também pode ter momentos de alegria, sorrisos, apesar do seu estado permanentemente depressivo? :/
Médicos, enfermeiros, auxiliares, médicos do INEM, bombeiros, etc, lembram-se de mim, precisamente porque eu estava sempre bem disposta Sem força, é certo, mas de sorriso na cara (mesmo com uma sonda enfiada pelo nariz)
Membro desde: 31.08.2008