Reforma
Boa tarde,
Venho postar este tema, pois estou com alguma dificuldade em perceber estas leis que pouca ou nenhuma lógica tem:
A minha mãe tem 65 anos feitos, descontou 17 anos, que na altura descontava pelo mínimo e agora dizem que esses anos apenas correspondem a 7/8 anos de descontos,ou seja, perdeu o direito à reforma por velhice.
Ela sempre foi doméstica, nunca teve um salário, chega a esta idade e não tem qualquer ajuda, quando a própria contribuiu durante anos.
O que fizeram com o dinheiro dela??? Pelo mínimo que fosse?
Alguém me poderá ajudar? Será que existe uma solução para o caso?
Agradeço respostas
Obrigadaaaaaaaaaaaaaaaaa
Olá Lara, não percebo muito dessas leis.
Mas conheço casos como os da tua mãe, a minha mãe vai ser um deles.
17 anos de descontos "não é nada" para se ter direito a reforma, pelo simples facto de que trabalhar uma vida inteira a receber um salário médio-baixo, dá uma miséria, também. Os meus avós trabalharam a vida toda e nem a 300 euros chega a reforma deles. Recebiam escudos, os salários eram muito pequenos, e as contas penso que são feitas pelo que eles recebiam.
O meu avô até esteve em França uns anos, e por ter direito a uma pequena quantia desses anos que lá trabalhou, retiraram-lhe esse valor à reforma portuguesa.
para quem tem mãe que foi doméstica, e trabalhou -mas em casa- (a minha mãe fazia arranjos de costura e casacos em pele para fora, vestidos de noiva, etc...)temos de nos mentalizar que, se os filhos são N, então serão N+1.
Ola
A tua mãe descontava como empregada domestica? é porque as empregada domesticas estão vinculadas a um regime diferente dos restantes trabalhadores.
Quando dizes que descontou pelo mínimo deve ser o valor mínimo que era aceite e que na altura servia apenas para ter acesso ao serviço nacional de saúde e que em quase nada contava para a reforma porque ate 1994 cada grupo de 12 meses com registo de remunerações corresponde a 1 ano civil, mas após 1 de Janeiro de 1994, consideram-se os anos civis os que tenham, pelo menos, 120 dias, seguidos ou interpolados, com registo de remunerações por trabalho prestado e no caso das empregadas domesticas, o que aconteceu é que descontavam como só trabalhassem 4 dias por mês o que no final do ano não chegava aos 120 dias e por isso para fazer os 120 dias tem de juntar vários anos até perfazer esse total (por vezes 3 ou 4 anos até ter 120 dias de trabalho e só conta 1..)
É uma situação muito chata, e não existe volta a dar 
só se o agregado familiar não tiver posses é que pode solicitar a pensão de sobrevivência, ou em alternativa, arranjar alguém que não se importe de assinar como patrão dela para ela poder fazer descontos durante os próximos 7 anos e ai, quando tiver os 15 anos de descontos solicitar a reforma...
Beijocas
Luisa
São situações muito complicadas, mas o dinheiro não nasce do chão.
Se a tua avó realmente descontou o correspondente ao mínimo durante 7 ou 8 anos, se calhar no total nem 5000 euros meteu na Segurança Social. Sem ovos não há omeletes.
Olha eu desconto à volta de 90 euros por mês para a Segurança Social e ao contrário de muita gente não acho um roubo. Basta pensar que se descontar 1 ano a 90 euros são 1260 euros, mas se tiver o azar de estar 2 meses com subsídio de desemprego vou logo buscar tudo e ainda sobra.
E depois reforma, acesso à saúde, doenças profissionais, layoffs... A Segurança Social não pode correr a tudo sem haver pessoas a contribuir para ela...
Olha eu desconto à volta de 90 euros por mês para a Segurança Social e ao contrário de muita gente não acho um roubo. Basta pensar que se descontar 1 ano a 90 euros são 1260 euros, mas se tiver o azar de estar 2 meses com subsídio de desemprego vou logo buscar tudo e ainda sobra.
O roubo não é quando tiram simplesmente o dinheiro do bolso do trabalhador, porque ele tem que sair de algum lado.
O roubo é quando precisas de um médico, por exemplo, e estás 2 meses à espera de uma consulta.
O roubo é para tratares um dente teres de desembolsar 50 eur de consulta, e é se queres.
O roubo é darem pensões milionárias a gajos que acumulam cargos, reformas ainda mais milionárias a outros, e ao comum mortal cobrarem-se de tudo e mais alguma coisa e ainda o privarem de condições dignas, pelo menos, de saúde.
O roubo, é uma pessoa morrer aí numa terriola qualquer, enquanto 2 hospitais discutem para onde é que a paciente deve ser encaminhada.
O roubo é algumas dezenas de crianças terem de nascer em ambulâncias porque o governo fecha os centros de saúde em zonas com poucos habitantes.
O roubo é isso e muito mais. Por isso é que há pessoas que acham que é muito. Porque ele é muito mal empregue. E qualquer cêntimo mal empregue é um cêntimo deitado fora.
E já agora, deixo aqui este exemplo, aplicado aos "jogadores profissionais de futebol":
Decreto-Lei n.º 300/89 de 4 de Setembro
Artigo 4.º
Base de incidência contributiva
A base de incidência a considerar para o cálculo e pagamento das contribuições corresponde a um quinto
do valor das remunerações efectivas a que se refere o artigo anterior, mas não pode ser inferior ao valor
da remuneração mínima mensal garantida à generalidade dos trabalhadores.
Isto sim é um roubo.Sendo que os jogadores mais fraquitos devem andar aí na ordem dos 70 mil...não deixa de ser caricato.
Estás muito longe da verdade.
Se me falares de jogadores de nível mundial ganham milhares de euros, mas esses são uma minoria.
Vais a um Paços de Ferreira, a um Feirense, a um Rio Ave, a um Trofense, a um Gil Vicente e a maioria dos jogadores ganha 1000 ou 1500 euros e aos 35 anos arruma pró lado.
E já nem falo na 2ª B, onde em clubes como o Oriental, Fátima, Torrenense, Louletano, etc, etc os jogadores ganha 700 ou 800 euros e poupam.
E muito menos falo da 3ª divisão onde os jogadores jogam por umas bifanas.
Agora claro que se falares no Cristiano Ronaldo, Messi e afins, muito obrigado, mas a lei quando é feita e´para todos, não são para as lendas do futebol.
Não sei de onde és, na minha zona sou abrangido por uma USF e posso-me dar ao luxo de marcação pela Internet tendo praticamente a garantia de atendimento no prazo de 5 dias, sendo que se for uma situação aguda raramente não atendem no mesmo dia.
As pensões milionários existem porque os salários sobre os quais descontaram também era milionários. Se as regras são estas, todos temos que jogar por elas. Agora mudem-se as regras e crie-se um tecto.
As crianças não nascem em centros de saúde. Até podia ter o centro de saúde a 20 metros que era encaminhada para o hospital por isso é uma falsa questão.
Nem tudo é tão mau como se pinta no Correio da manhã.
Estás muito longe da verdade.
Se me falares de jogadores de nível mundial ganham milhares de euros, mas esses são uma minoria.
Não importa se são ou não uma minoria, porque a lei abrange todos os jogadores, não apenas os de grupos salariais baixos. 1/5 é 1/5, e a injustiça reside aí.
Eu não ando a gerir as contas bancárias dos jogadores mas "consta" que os 25 mais bem pagos (portugueses), ganham acima dos 75 mil. Ou ganhavam, agora até deve ser mais.
Não vi no correio da manhã, juro.
Não sei de onde és, na minha zona sou abrangido por uma USF e posso-me dar ao luxo de marcação pela Internet tendo praticamente a garantia de atendimento no prazo de 5 dias, sendo que se for uma situação aguda raramente não atendem no mesmo dia.
Pois...quanto a isto não digo que EU pessoalmente esteja mal servida. Mas não podemos apenas olhar ao nosso caso particular, e o que é certo é que tem fechado muitos centros, têm cortado nos médicos, nos enfermeiros e até nos horários de funcionamento.
As pensões milionários existem porque os salários sobre os quais descontaram também era milionários. Se as regras são estas, todos temos que jogar por elas. Agora mudem-se as regras e crie-se um tecto.
Nada contra...o problema é quando se desconta sobre valores irreais. Traduzindo para o Zé povinho, que se calhar já entendes melhor o meu ponto de vista, é o mesmo que eu ganhar 1500€ e na minha folha salarial constar apenas 500€ (efeito dramatizado...).
As crianças não nascem em centros de saúde. Até podia ter o centro de saúde a 20 metros que era encaminhada para o hospital por isso é uma falsa questão.
Pelo exemplo que te dei do hospital, podes e sabes facilmente depreender que me refiro inclusivamente ao fecho de hospitais...não é o primeiro que fecham.
Nem tudo é tão mau como se pinta no Correio da manhã.
Por acaso não leio o correio da manhã...diz antes assim simplesmente, "nem tudo é mau". Não,de facto não é. Mas em questões de Segurança Social estamos a anos luz do desejável muito por causa da má gestão e da falta de fiscalidade de que padece o nosso país.
O chico espertismo continua a "reinar", infelizmente.
Temos demasiados chicos-espertos...olha o caso do Vale e Azevedo, por exemplo. É um deles, mas há muito clone dele por aí.
Depois claro, falta num lado e o pequenino é que tem de andar sempre a tapar os buracos.
Infelizmente o nosso país está cheio de corruptos...Dos maiores aos mais pequenos...
A minha mãe chega aos 65 anos e nada de reforma, o que é de lamentar, porque afinal de contas ela descontou, por pouco que seja ele foi para lá, saiu-lhe do bolso...
Outro caso é o do meu pai que com 62 anos ficou desempregado e pior foi que tratamos do desemprego e descobrimos que não tem direito ao desemprego, porque o fdp do patrão dele não enviava os descontos direitos para a SS.
Já foi comunicado ao Tribunal de Trabalho(ACP) e que fizeram???? Nada, Que dizem??? O Sr.º já não é trabalhador da tal entidade, já não vamos intervir.. é por isso que estes corruptos cada vez mais fogem aos impostos, enganam o pobre e continuam na mesma...
Vamos continuar desta maneira????
Que dizem?
Fiquem bem...
Recomendo que todo e qualquer trabalhador se registe na Segurança Social Directa e confirme regularmente que os descontos estão a ser declarados.
Quanto à história de que se já não é trabalhador, nada a fazer, não é bem assim. Se ele tem os recibos, serve de comprovativo.
Membro desde: 26.07.2011