E quem não quer ter filhos? Quem por aí? | Page 69 | A Nossa Vida
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Retrato de Konigvs
Seg, 19/12/2011 - 10:38
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011
Sofia1984 wrote:

Aquilo que disseste do "safa-se bem sozinho", enquadra-se perfeitamente... quem é mais desenrascado, decidido e contido nas despesas (entenda-se poupado) perde sempre na cotação de favoritismos...porque os outros..."coitadinhos"...

Confere!! Nos dois casos que dei, os dois preferidos eram os dois estroinas!! Os pais que se fiem depois nos preferidos para cuidar deles quando forem velhos que bem se f*dem!!
Nos dois exemplos que dei, um virou costas aos pais (porque não dava jeito nenhum participar nas despesas) o outro, que tinha menos de trinta anos na altura, já andava a fazer contas ao património dos pais para quando ele ....morrerem. Sem comentários.

Retrato de Bruna1
Seg, 19/12/2011 - 10:48
Bruna1:
Membro desde: 22.08.2008

Isso das preferências, é evidente... e triste, porque é óbvio para os de fora e principamente para o "outro". E os pais negam, e negam, chegando ao cúmulo de dizer que são ciúmes. Pudera!!!!
O que os pais podem e devem fazer, é tentar ocultar a preferência nso actos e no tratamento. E sou mais uma a constatar que o preferido , normalmente, é o mais problemático e que nunca está quando é preciso.

Quanto ao arrependimento, a minha mãe também não esconde que não queria tantos filhos, teve 5. Até entendo a crítica a quem diz que teve e se arrependeu, para que os teve????? Claro que as pessoas criticam não pela escolha, mas porque parece feio dizê-lo, é suposto querermos ter filhos e serem a nossa maior alegria.

Retrato de Nexa
Seg, 19/12/2011 - 11:26
Nexa:
Membro desde: 21.07.2008

Em relação ainda às preferências, o facto de um pai ter uma preferência em relação a um filho não quer dizer que não goste de todos, nem que trate mal o outro filho. É só o filho com quem tem mais afinidade. Quando se começa a diferenciar com consciência do que se está a fazer é que me parece errado e grave.
Aliás a preferência até pode ir mudando conforme a fase da vida. Ou porque nasce um bebé que vai ter mais atenção já que ele assim o exige, ou porque um filho está a atravessar uma fase mais complicada e queremos aligeirar-lhe o fardo, etc.
E concordo em absoluto que um pai tem o dever de ocultar essa preferência assim que tem noção que se sente mais próximo de um do que do outro.

Retrato de Konigvs
Seg, 19/12/2011 - 11:50
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011
Bruna1 wrote:

Isso das preferências, é evidente... e triste, porque é óbvio para os de fora e principamente para o "outro". E os pais negam, e negam, chegando ao cúmulo de dizer que são ciúmes. Pudera!!!!
O que os pais podem e devem fazer, é tentar ocultar a preferência nso actos e no tratamento. E sou mais uma a constatar que o preferido , normalmente, é o mais problemático e que nunca está quando é preciso.

Já se costuma dizer que "mais vale cair em graça que ser engraçado"!! Parece que há uma atração por quem os trata mal, coisa que eu não compreendo de todo. Mas no gostar há coisas inexplicáveis e irracionais.
Quantas e quantas mulheres não preferem sempre os homens "mauzões"? Que são "gandins", mulherengos, arruaceiros etc etc? Experimentam, dão-se mal, mas vão continuar sempre a bater com a cabeça na parede!!

Agora os pais pensam mesmo que ocultam, e que tratam sempre todos os filhos por igual, o problema é que até um cego vê. As próprias mães descriminam os filhos por género. As próprias mães são extremamente machistas. As mulheres queixam-se que os homens não fazem a lida de casa, não sabem cozinhar, que isto ou aquilo, mas depois têm filhos homens e parece que têm vergonha que eles lavem a louça. Continuam a vestir os rapazes de azul e as meninas de cor-de-rosa, a dar bolas aos rapazes e bonecas às meninas, e nem daqui a mil anos os pré conceitos desaparecem.

Retrato de Bruna1
Seg, 19/12/2011 - 12:06
Bruna1:
Membro desde: 22.08.2008
Konigvs wrote:

Agora os pais pensam mesmo que ocultam, e que tratam sempre todos os filhos por igual, o problema é que até um cego vê. As próprias mães descriminam os filhos por género. As próprias mães são extremamente machistas. As mulheres queixam-se que os homens não fazem a lida de casa, não sabem cozinhar, que isto ou aquilo, mas depois têm filhos homens e parece que têm vergonha que eles lavem a louça. Continuam a vestir os rapazes de azul e as meninas de cor-de-rosa, a dar bolas aos rapazes e bonecas às meninas, e nem daqui a mil anos os pré conceitos desaparecem.

Opá, não me lembres da minha infância! Eu adorava carrinhos e piões! Mas a minha mãe não comprava. Não é que não gostasse de bonecas, mas eu era mais do estilo puzzels, jogos de estratégia e então legos era uma perdição! Detesto cor-de-rosa...

Disseste uma coisa muito acertada, o poder de mudar a mentalidade machista está nas mulheres. Mas são elas próprias que incutem nos filhos que a mulher é que tem de fazer tudo, que deve ou não fazer determinadas coisas, que o homem é a cabeça da casa... Eu fui criada nesta mentalidade, apesar de não concordar. As filhas é que fazem a lida da casa, não podiam sair à noite... Os meus irmãos eram uns senhores! Depois a minha mãe ainda se queixava que ninguém a ajudava! Para mudar uma lâmpada era preciso um requerimento aos meninos!!!

Hoje sinto-me vingada!!! Devil Casaram e a moleza acabou! Um deles até ficou envergonhado quando a mulher nos mostrou uma foto dele com o aspirador na mão! Laughing

Não acho que a preferência por um filho mude para outro. Só conheço casos de que, faça bem ou faça mal, aquele filho é o preferido até morrer! E não sei porquê, mas é sempre o mauzinho da fita.

Retrato de Sofia1984
Seg, 19/12/2011 - 22:18
Sofia1984:
Membro desde: 29.05.2010
Nexa wrote:

Aliás a preferência até pode ir mudando conforme a fase da vida. Ou porque nasce um bebé que vai ter mais atenção já que ele assim o exige, ou porque um filho está a atravessar uma fase mais complicada e queremos aligeirar-lhe o fardo, etc.

isto é perfeitamente aceitável numa família que "funciona". Mas um pai e uma mãe têm o dever de informar os outros filhos de que "VAI" ajudar o outro. E não precisa da permissão de ninguém: apenas precisa informar que o vai fazer.
Tipo "a S. precisa de fazer um exame complicado, tá á rasca de finanças e VAMOS dar-lhe/emprestar-lhe (whatever) X"
(Claro que depois vem uma espécie de "mini revolta" por ver como a S. prefere gerir as suas economias, mas pronto...é pa ajudar, é pa ajudar!)

O que a minha mãe faz...é esconder. É:
"Eu vou-te dar X mas não comentes nada, não é preciso ninguém saber".
A última vez que ela me "ajudou" monetariamente foi quando tive um acidente de carro. A última e a única. O que eu fiz foi fazer questão que as minhas irmãs soubessem.
E entretanto isso já tá mais que pago...

Preferências aceito e compreendo.
Diferenciação, não.

Mas faço vista grossa e sou feliz na mesma.

"A meta de uma discussão ou debate não deveria ser a vitória, mas o progresso."
( Joseph Joubert )

Retrato de Nexa
Ter, 20/12/2011 - 00:20
Nexa:
Membro desde: 21.07.2008

Sofia1984 wrote:
O que a minha mãe faz...é esconder. É:
"Eu vou-te dar X mas não comentes nada, não é preciso ninguém saber".
A última vez que ela me "ajudou" monetariamente foi quando tive um acidente de carro. A última e a única. O que eu fiz foi fazer questão que as minhas irmãs soubessem.
E entretanto isso já tá mais que pago...

Preferências aceito e compreendo.
Diferenciação, não.

Mas faço vista grossa e sou feliz na mesma.

É triste os pais fazerem diferenciação descarada dos filhos. Principalmente em assuntos de dinheiro que me parece tão fácil de ser mais justo porque é quantificável.
Por acaso uma coisa que a minha sogra faz e que eu acho bastante inteligente é quando ajuda um filho (p.e. na compra da casa, carro ou algo assim) dá a mesma "ajuda" ao outro ainda que este não precise. Assim as coisas andam sempre ela por ela e não há motivos para ciúmes.

Mas o que eu quis dizer com os exemplos de como a preferência pode ser vivida por fases é exactamente esse, que pode ser uma coisa normal e até saudável na vida de uma família. Ter uma preferência não quer dizer que eu gosto mais da Maria que do Manel. Quanda a preferência já leva a que eu trate melhor um que outro então já há qualquer coisa que não está bem.

Retrato de Bruxinh@
Ter, 20/12/2011 - 14:38
Bruxinh@:
Membro desde: 05.01.2011

é um tema interessante, concordo quando dizem que o que mais problemas arranja é normalmente o preferido.
Quanto ao que a mim diz respeito, também em casa noto preferências, a minha mãe claramente em relação ao meu irmão, e o meu pai a mim, mas não se verifica em termos materiais, pq aí sempre foi igual para ambos, é mesmo no tratamento, a minha mãe protege o meu irmão em tudo, enquanto que eu faça o que fizer, nunca está bem e está sempre a criticar, mas como sempre foi assim acho normal.
No caso do meu marido, é que as preferências, se notam em todos os aspectos, tratamento, bens materiais, mas note-se que ele não é o preferido em nada....mas para falar dele levaria o dia todo, é muita situação.....

Retrato de _Bruno_
Qua, 21/12/2011 - 13:40
_Bruno_:
Membro desde: 22.05.2011

Em relação a ter filhos, sim, quero muito ter filhos. Mesmo com a situação económica difícil, vou tentar tudo para ter filhos! Vamos ver se vai dar...

Retrato de Sofia1984
Qua, 21/12/2011 - 16:13
Sofia1984:
Membro desde: 29.05.2010
Nexa wrote:

Por acaso uma coisa que a minha sogra faz e que eu acho bastante inteligente é quando ajuda um filho (p.e. na compra da casa, carro ou algo assim) dá a mesma "ajuda" ao outro ainda que este não precise. Assim as coisas andam sempre ela por ela e não há motivos para ciúmes.

por acaso não concordo com essa política, também. Somos 4 irmãs, os meus pais estavam desgraçados se cada vez que achassem que uma das filhas tava a precisar tivessem de gastar esse valor em quadruplo...o que eu defendo é que, no mínimo, as coisas sejam feitas às claras.
Eu tive um acidente, faltava-me na altura 5 mensalidades para acabar de pagar o meu carro, e ja precisava de outro. Ela deu-me 500 euros para liquidar o carro mas não queria que as minhas irmãs soubessem, isto para mim não tem lógica nenhuma.Eu disse que achava melhor as coisas serem claras e ela lá acedeu, porque fui eu a pedir. Se fosse uma das "protegidas" ela negaria na mesma -aliás, as minhas irmãs beneficiadas calam-se mesmo e nem sentem necessidade de informar as outras.
Agora imagina, ela tinha-me ajudado quando eu precisei e ia gastar mais 1500€ só porque uma das filhas precisou? Não...! anota num papel o que deu a quem, e pronto.
Nós entre irmãs não nos importamos que ela hoje ajude uma, amanhã outra. O que nós não gostamos, eu e outra minha irmã, é que ela quando dá ás outras duas lhes peça para não comentar nada.
Sei por isso que a minha mãe já se meteu em dívidas para "ajudar" uma das minhas irmãs, esta calou-se, a minha mãe calou-se...era escusado. Mas ela faz estas coisas porque sabe que beneficia descaradamente duas de nós. Já outra minha irmã tinha casado há uns anos e ela disse-lhe à cara podre que não podia dar nada porque não se ia meter em dívidas para casar nenhuma filha.
O peixe morre pela boca...soube há pouco tempo que ela tinha pedido 7500eur de crédito pessoal para comprar coisas para a casa desta minha irmã que casou depois.
Isto não cria revolta com irmãs, mas sim com ela.
Podia dar-me melhor com a minha mãe, mas quando sei destas coisas não consigo...

"A meta de uma discussão ou debate não deveria ser a vitória, mas o progresso."
( Joseph Joubert )

Retrato de Nexa
Qua, 21/12/2011 - 19:42
Nexa:
Membro desde: 21.07.2008

Sofia1984 wrote:
por acaso não concordo com essa política, também. Somos 4 irmãs, os meus pais estavam desgraçados se cada vez que achassem que uma das filhas tava a precisar tivessem de gastar esse valor em quadruplo...o que eu defendo é que, no mínimo, as coisas sejam feitas às claras.

Claro que cada um tem de se adaptar às condições que tem. Ela faz isso porque só tem 2. E estou a falar de ajudas que deu aos filhos em ínicio de vida. Se algum precisasse de dinheiro porque teve um acidente e não tivesse, simplesmente pagava depois à medida que pudesse (sendo que muito provavelmente a divida seria "perdoada" ). Mas sinceramente acho uma boa maneira de evitar ciúmes.
Infelizmente vi pela minha família (não na primeira pessoa porque não tenho irmãos, mas outros) que se dão todos muito bem até meter dinheiro ao barulho, se tivermos uma estratégia para evitar isso melhor e se esta funciona com eles...

Retrato de Sofia1984
Qua, 21/12/2011 - 21:08
Sofia1984:
Membro desde: 29.05.2010
Nexa wrote:
Sofia1984 wrote:

por acaso não concordo com essa política, também. Somos 4 irmãs, os meus pais estavam desgraçados se cada vez que achassem que uma das filhas tava a precisar tivessem de gastar esse valor em quadruplo...o que eu defendo é que, no mínimo, as coisas sejam feitas às claras.

Claro que cada um tem de se adaptar às condições que tem. Ela faz isso porque só tem 2. E estou a falar de ajudas que deu aos filhos em ínicio de vida. Se algum precisasse de dinheiro porque teve um acidente e não tivesse, simplesmente pagava depois à medida que pudesse (sendo que muito provavelmente a divida seria "perdoada" Smile ). Mas sinceramente acho uma boa maneira de evitar ciúmes.
Infelizmente vi pela minha família (não na primeira pessoa porque não tenho irmãos, mas outros) que se dão todos muito bem até meter dinheiro ao barulho, se tivermos uma estratégia para evitar isso melhor e se esta funciona com eles...

Sim, o mais importante é que as pessoas se dêm bem com as regras que impuserem! Smile
Nós as 4 não somos ciumentas, até porque se fossemos já nos dávamos todas mal...não é caso de ter ciúmes, é um profundo sentimento de injustiça.
Acho que "ciúmes" se aplica mais a famílias com muitas posses, em que os miúdos são muito mimados e têm tudo e mais alguma coisa, ao ponto de repararem em qualquer coisinha diferente.
Não foi o nosso caso, sempre ouvimos desculpas como "não há dinheiro, não te posso dar" ou "Vai trabalhar e já podes comprar, pensas que o dinheiro nasce nas árvores...", então o que revolta é que se possa dar a duas e às outras duas quando precisam não se possa dar, ou se faça de conta que essas não precisam.
Acho que a minha mãe me deu aquele dinheiro apenas porque eu à uns tempos tinha-lhe falado sobre isto, e talvez lhe tenha pesado na consciência, não sei.

Não é por isto que queremos estar menos juntos... apenas vai ficar para sempre este sentimento de desigualdade profunda... Não se aplica apenas a dinheiro, é em atitudes também.
A minha mãe tem muita pena de uma das minhas irmãs porque ela trabalha a 20km de casa e sai por vezes ás 23h, mas nunca teve "pena" que eu trabalhasse 12h e alguns turnos era mesmo durante toda a noite. Nunca a vi com preocupação com isso, no entanto esta minha irmã tem um horário que considero normalíssimo (10h-18h ou 15h-23h) e é o "deus me livre", porque "coitada, sai tão tarde..." "coitada, a esta hora ir assim pra casa sozinha..."
Esta minha irmã tem uma filha, e a minha mãe passa a vida preocupada com estas coisas,com a roupa que ela tem pa passar a ferro, etc no entanto em minha casa nunca aparece para dar uma ajudinha. Quando eu preciso de ir a algum sitio que não possa levar o meu, se quiser tenho de o levar lá.Ele tem agora quase 4 meses e o meu namorado trabalha à noite, ou seja passei aqui muitas noites a dormir sozinha com o meu filho, depois durante o dia o F dorme, e novamente eu fico com o miúdo até à hora que ele acordar...não foi por isso que a minha mãe se prestou a dar-me uma "mão", ou para eu poder descansar, ou seja o que fosse.
São cenas destas que me tiram do sério, tenho a certeza que ela tem mais "pena" por umas não descansarem o que deveriam do que outras.

Quem me dera ter uma boa relação com a minha mãe ao ponto de poder dizer como muita gente, que são "unha e carne" com as suas mães. Eu, infelizmente e ao contrário de muitas pessoas, por muito que isto possa chocar muita gente, não lhe "devo muito".

"A meta de uma discussão ou debate não deveria ser a vitória, mas o progresso."
( Joseph Joubert )

Retrato de VeRe
Qui, 22/12/2011 - 00:41
VeRe:
Membro desde: 01.11.2010

Nexa wrote: Em relação ainda às preferências, o facto de um pai ter uma preferência em relação a um filho.... É só o filho com quem tem mais afinidade.

não concordo.....muitas vezes há pais que têm um "queda" pro filho que não mostra afinidade nenhuma, mas só dá dores de cabeça, parece um amor cego, e é sempre o coitadinho, e aquele filho que se esforça e dedica-se e preocupa-se muitas vezes leva de pontapé, e falam como querem.....é muito triste quando é assim.....

já diz o ditado, mais vale cair em graça que ser engraçado....depois na velhice, é que são elas....estes filhos "queridinhos" enfiam os pais nos lares ou então sugam as reformas.....

enfim....

Retrato de VeRe
Qui, 22/12/2011 - 00:44
VeRe:
Membro desde: 01.11.2010

Minha opinião em relação pais/filhos

.....mesmo sendo ás claras, tem que fazer aos filhos por igual....se assim não for cria ciumes e revolta

quando se trata de ajuda ou empréstimos, nem que seja ás prestações têm que pagar....se os pais querem oferecer este valor, então ofereça aos outros filhos, se não pode aos outros, não perdoa a divida.

Sou a favor de oferecer quando há uma desgraça, ai creio que a familia (pais e irmãos) se devem juntar pra ajudar naquela situação dificil que ocorreu, tipo acidentes ou doenças.

tirando ito concordo que mesmo que tenha 10 filhos, tem que fazer igual pra todos.

bjs

Retrato de Konigvs
Dom, 06/05/2012 - 18:19
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011

Artigo muitíssimo interessante para quem não quer ter filhos, e já agora, também para quem quer. Artigo completo no endereço abaixo.

"Egoísta é quem quer um filho e depois não tem tempo para ele", diz Fátima Lopes, criadora de moda, que, à espera de ter tempo, deixou o tempo passar. "Eu precisava de ter tempo para ser mãe. Não é justo ter uma criança e depois entregá-la a uma ama", defende. E acrescenta: "Nunca houve uma decisão de que nunca iria ser mãe, mas, em simultâneo, também nunca foi uma obrigação." Agora "é que já não faz sentido", diz, aos 47 anos.

Segundo Júlio Machado Vaz, psiquiatra, "até há pouco tempo, falar em "maternidade" era o mesmo que falar em "feminilidade", a mulher encarava-a como um imperativo biológico, um instinto - logo, como algo que acontece não por factores culturais".

E hoje? "Já não se sentem destinadas a ter filhos e não se importam com o que dizem os outros. Muitas retardam a gravidez por questões de ascensão profissional. Sem culpa. E ainda bem. Há 30 anos, ninguém me dizia olhos nos olhos que não queria ser mãe. Agora, felizmente, já não temem ser julgadas", prossegue o especialista em Sexologia.

Estará o conceito de "instinto maternal" a priori definitivamente morto? "O instinto maternal foi demolido há muito por Fernando Savater. E mesmo o imperativo doutrinário da Igreja católica que obriga à procriação enfraqueceu. Há muitas católicas que aceitam a maternidade responsável e tomam a pílula alegremente"

A auto-imagem às vezes também pesa, diz o sexólogo, pois "há pessoas que não querem "ficar virgens" dessa experiência [de ser pai ou mãe] e arriscam". A verdade é que alguns "não conseguem adaptar-se ao terramoto que é o aparecimento de uma criança".

http://www.publico.pt/Sociedade/mulheres-que-nao-querem-filhos-assumem-c...

Retrato de Sofia1984
Seg, 07/05/2012 - 14:33
Sofia1984:
Membro desde: 29.05.2010

Mais um tópico ressuscitado

Konigvs wrote:
"Egoísta é quem quer um filho e depois não tem tempo para ele"

Concordo absolutamente.E depois vem isto:

Konigvs wrote: Não é justo ter uma criança e depois entregá-la a uma ama"

Discordo totalmente. Quando éramos pequenos nem todos fomos criados com os pais. Muitos de nós passávamos semanas nos avós.
Hoje em dia os avós trabalham, crescemos em amas, ou infantários, ou whatever, não acho que isso significa literalmente que "não temos tempo para os filhos".
Mau era se as mulheres, por terem filhos, tinham de abdicar da sua vida profissional. Não senhor! Têm sim de reaprender a conciliar tudo.
O que é muito mais complicado hoje em dia.

A meu ver, "não ter tempo para os filhos" não significa eles crescerem rodeados de outras pessoas.
Significa chegarmos todos a casa (família) e não passarmos tempo de qualidade juntos. Isso sim é "abandono" e isto sim deveria ser evitado.
O meu namorado anda a ver se arranja uma playstation usada e já lhe disse que não acho boa ideia. Porque sei que não há "cabeça" para se fazer as coisas com peso e medida.
Quanto mais merda houver em casa para nos distraírmos, menos tempo teremos para falar, e fazer outras coisas com os miúdos que não se fazem com recurso a tecnologias.
Não sou a favor de pc's no quarto, nem tv's na cozinha.

O resto (acima)...o resto "é a vida"!

"A meta de uma discussão ou debate não deveria ser a vitória, mas o progresso."
( Joseph Joubert )

Retrato de CorpseBride
Seg, 07/05/2012 - 16:45
CorpseBride:
Membro desde: 02.10.2008

Gostei do artigo. Sóbrio e claro.

There are no flowers on your grave, there are no chains
There I keep chanting for the forgotten name

Retrato de Carolinaaa
Seg, 21/05/2012 - 00:18
Carolinaaa:
Membro desde: 20.08.2011

eu pertenço ao teu grupo, mjngds!

O mundo é um lugar onde eu não queria pôr a pessoa que mais amasse a viver. Entre outras coisas...

Para se ser feliz e viver a vida em pleno e em cheio não é preciso ter filhos. Um casal não precisa de ter filhos para demonstrar (nem que seja um ao outro) que se ama profundamente.

Este é um daqueles mitos que vai desaparecer aos poucos daqui a uns anos, tal como antigamente (não muito antigamente) era um pecado grande ir-se viver com o namorado antes de casar.

if someone says: "That´s impossible", you should understand is as: "According to my very limited experience and narrow understanding of reality, that´s very unlikely."

Retrato de Pipa13
Sex, 25/05/2012 - 18:55
Pipa13:
Membro desde: 30.12.2010

pertenço ao grupo.
Não gosto muito de crianças e n estou a programar a vida em função de uma...
Mas é uma coisa que penso...será k a mim me passou o instinto maternal ao lado?o k é k se sente kd se quer ter filhos?..

Retrato de thaisa 2011
Sex, 25/05/2012 - 23:00
thaisa 2011:
Membro desde: 16.02.2011

Eu (e o meu marido) não estamos a ponderar ter filhos. Ainda hoje pensei no assunto, porque a minha melhor amiga contou-me que está gravida Smile Fiquei muito contente, feliz por ela, extremamente entusiasmada com a noticia. Contei a varias outras amigas minhas, e surgiu a pergunta se com esta noticia me senti "inspirada". De todo! Gosto muito desta minha amiga, e embora neste momento estamos a distancia, espero poder acompanhar a gravidez dela, mas a noticia não me despertou qualquer desejo de ser mãe ou sequer pensar nisso "melhor". Ela cresceu sem pai, e sempre quis casar e ter filhos e ter em adulta aquilo que nunca teve em criança, partilhar o amor com o marido e ter o "fruto" desse amor e oferecer-lhe a familia que ela nunca teve. Isso foi o que a motivou. Aos outros, nunca coloquei esta questão, acho muito intima e nem todas as pessoas são capazes de responder com abertura total, e muitas se calhar nem pensaram muito no assunto "porque?". Tiveram idade, parceiro, sentimentos e estabilidade financeira, por isso "porque não?"...
Pipa, muitas vezes me coloco a mesma questão, penso frequentemente nisso, até porque estou com amigos que todos tem filhos e a pergunta surge frequentemente. Não sei se não tenho instintos ou ha outra coisa que me falte, mas gosto da minha vida assim como é, nada me faz falta (a nivel afectivo). Já tenho 30 anos, e caso um dia mude de ideias, convem não ser daqui a 10 anos...

Retrato de flowerlune
Dom, 14/07/2013 - 18:58
flowerlune:
Membro desde: 09.02.2009

Gostaria de activar o tema...

Quando um dos membros do casal tem o sonho de ser mãe/pai. O membro que quer muito ter filhos fala semanalmente que quer casar, que quer ter filhos.

Como se poderá sentir o outro membro que não fala recorrentemente? Que o membro que tem esse sonho está com essa pessoa apenas para a concretização de um sonho?

E quando se coloca no assunto a questão da idade da mulher para se gerar um filho, isto porque, existe um sonho? Até que ponto, é real uma relação se de um momento para o outro pode ser quebrada porque não existe a possibilidade de concretização de um sonho de se ter uma criança?

Retrato de Babe1987
Dom, 14/07/2013 - 22:29
Babe1987:
Membro desde: 30.06.2013

Bruna1 wrote: Já referi noutro tópico que não é meu objectivo ter filhos, muito pelo contrário.
O que me irrita mesmo é a atitude das pessoas quando digo isso, ficam escandalizadas como se tivesse dito a maior barbaridade deste mundo!
Infelizmente, é uma imposição social uma mulher ter filhos. Eu sei que se todas as mulheres pensarem como eu, a humanidade extinguia-se... mas eu tenho direito de escolha. Não vou pôr no mundo uma criança que não é desejada, se calhar de engravidar... agarro-me à bronca.
As pessoas acham que uma mulher casando, TEM de ter filhos. Tenho pessoas na família que me perguntaram para que casei se não queria ter filhos! Mas eu sou algua "vaca parideira"????
Não quero dizer com isto que quem tem filhos seja uma vaca parideira, mas às vezes parece que a mulher só serve para isso mesmo. Eu sou muito mais do que mais que isso.
A minha felicidade não passa pela maternidade, não faz parte dos meus objectivos. Mas sei que os filhos são a felicidade de muitos casais, aceito e respeito. Mas também exigo igual respeito para quem não pensa da mesma maneira.

Às vezes, quando estou numa de irritar as pessoas, digo que já tenho um cão, que me adora, que me recebe em casa todos os dias como se não me visse há uma eternidade, contenta-se com uns passeios e uns biscoitos, não pede roupas e jogos caros, não passa pela idade do armário e posso deixá-lo em casa sempre que vou ao café ou ao shopping que não é considerado negligência.

Beijinhos

Ui não me diga nada.
Nunca percebi esse raio de mentalidade. Com as mulheres mais idosas então...
Uma vez tive essa conversa com uma amiga e ela fica chocada com o dizer-se que é uma imposição social, porque "ter filhos é um acto natural e biológico e se temos todos estes orgãos é porque têm de funcionar todos, senão é contra-natura..."
Sim então se uma mulher não lhe apetecer ter filhos tem de ter só porque sim!
As pessoas casam idealmente porque existe amor, e se houver planos disso então têm filhos. Este exemplo não tem muito a ver mas parece aquelas pessoas que quando o parceiro diz que não quer casar perguntam porque raio estão numa relação então.
Isso e achar-se que se é menos mulher se não tiver filhos.
Influências da Igreja Católica,segundo a qual o casamento visa a formação de família...

Retrato de SiMaCa
Seg, 15/07/2013 - 12:15
SiMaCa:
Membro desde: 22.06.2012

Quem casa pela igreja, casa só porque é bonito e tal ou porque respeita e quer seguir os mandamentos e as 'obrigações' do casamento religioso?
O casamento religioso pressupõe filhos, visa a formação da família. Até porque é uma das perguntas que o padre faz quando vão marcar o casamento religioso.
O casamento civil não sei realmente para que serve, se viverem juntos durante não sei quanto tempo passam a outro estado civil que dá os mesmos direitos que o estado civil 'casado' lol.
Ter filhos ou não ter é uma decisão que só ao próprio casal cabe Smile

Retrato de Babe1987
Seg, 15/07/2013 - 21:12
Babe1987:
Membro desde: 30.06.2013
Konigvs wrote:
Bruna1 wrote:

Isso das preferências, é evidente... e triste, porque é óbvio para os de fora e principamente para o "outro". E os pais negam, e negam, chegando ao cúmulo de dizer que são ciúmes. Pudera!!!!
O que os pais podem e devem fazer, é tentar ocultar a preferência nso actos e no tratamento. E sou mais uma a constatar que o preferido , normalmente, é o mais problemático e que nunca está quando é preciso.

Já se costuma dizer que "mais vale cair em graça que ser engraçado"!! Parece que há uma atração por quem os trata mal, coisa que eu não compreendo de todo. Mas no gostar há coisas inexplicáveis e irracionais.
Quantas e quantas mulheres não preferem sempre os homens "mauzões"? Que são "gandins", mulherengos, arruaceiros etc etc? Experimentam, dão-se mal, mas vão continuar sempre a bater com a cabeça na parede!!

Agora os pais pensam mesmo que ocultam, e que tratam sempre todos os filhos por igual, o problema é que até um cego vê. As próprias mães descriminam os filhos por género. As próprias mães são extremamente machistas. As mulheres queixam-se que os homens não fazem a lida de casa, não sabem cozinhar, que isto ou aquilo, mas depois têm filhos homens e parece que têm vergonha que eles lavem a louça. Continuam a vestir os rapazes de azul e as meninas de cor-de-rosa, a dar bolas aos rapazes e bonecas às meninas, e nem daqui a mil anos os pré conceitos desaparecem.

Subscrevo inteiramente.
Tenho uma amiga que tem um irmão, ele sabe fazer de tudo em casa mas a mãe acha que desde que esteja uma mulher em casa que os homens não deviam fazer nada...bah!
Não sei porque só se dão bonecas às meninas...aliás até sei,é por causa daquele conceito social de que as mães é que se devem ocupar dos bebés. Mas um pai afinal pode fazer o mesmo!

Retrato de Catarina25
Qui, 25/07/2013 - 16:10
Catarina25:
Membro desde: 10.01.2012

Ora bem....mal vi o tema do tópico vi logo que ia ser polémico!:)
Confesso que só li a primeira página e deduzo que seja um tópico bem antigo...
Achei piada ler os vossos testemunhos....ler algo tão diferente de mim...:) Nunca tinha pensado na razões pelas quais as meninas explicaram porque não querem ter filhos Smile É legítimo. Respeito. Mas....é estranho :)Porque eu desde que me lembro de ser gente, de ter consciência...sei que vou ser Mãe. Pessoalmente não acredito que neste Mundo, exista bem maior, amor maior, tesouro maior, do que gerar um ser. Acho que é algo tão extraordinário da Natureza, que me fascina por completo.

Não pensem que vos estou a tentar convencer de algo Smile apenas a mostrar-vos o que vai cá dentro. Acredito que a sociedade não está preparada para ouvir as pessoas a dizerem: eu não quero ter filhos, ponto. E acredito que deva ser muito desconfortável ouvir as mesmas perguntas constantemente. Eu respeito quem não quer ter filhos.

Eu já estive grávida. Infelizmente aos 2 meses perdi o meu bébé. Lembro-me que olhava para a minha barriga e perguntava-me: como é possível estar a gerar um bebé? é uma sensação que nos transcende enquanto seres humanos, inexplicável. Quis a vida que corresse mal, no entanto esses 2 meses só vieram reforçar o que eu já sabia...espero não partir deste mundo, sem deixar a minha semente.

Um beijinho a todas.