Declaração do Cardeal - | A Nossa Vida

Declaração do Cardeal -

Retrato de ninacio
01.03.2012 | 18:02
ninacio:
Membro desde: 10.05.2010

http://www.publico.pt/Sociedade/novo-cardeal-portugues-defende-que-funca...

O novo cardeal português declarou assim em geral que “o maior problema de Portugal” é o “pouco apoio que o Estado dá à família”. “A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos”, sustenta.

Atenção as palavras deve de poder (claro que no meu mundo o homem tb deve de poder) ficar em casa ou ter um horário reduzido sem que isso prejudique-lhes em termos financeiros...

Se pensarem bem a Mulher do século 21 tem um papel de escrava quase... os direitos da mulheres evoluíram e muito e acho bem, sim e acho que se a mulher quer ter uma carreira que o possa ter... Só que a realidade não são mulheres com grandes carreiras é a grande maioria trabalhar por necessidade e não pode se quiser ficar em casa ou ter um horário de trabalho reduzido para poder acompanhar os filhos...

O que vejo na grande maioria das mulheres é acordarem com as galinhas, tratarem dos lanches e mochilas, vestirem os filhos e dar o pequeno almoço, com mais ou menos ajuda dos pais... irem trabalhar em empregos mal pagos e em que desvalorizam as mulheres muitas vezes, sair a correr do trabalho a correr, ir buscar os filhos chegar a casa perto das 7, dá banho, faz jantar, o marido mete-os na cama e depois vem as tarefas em casa e ou trabalho que leva para casa... O tempo que os filhos passam com ou outro pai durante a semana é mínimo 2 horas / 3 horas por dia...

Por isso acho que sim, acho que deveria de se a mulher e ou o Homem se quisessem ter a possibilidade de trabalhar menos ou poder ficar em casa para lhes cuidar e acompanhar.

Este debate está na Sic... e o padre Borges está a referir uma coisa muito importante, muitos pais não conhecem os filhos pois estão entregues as escolas e paróquias nos tempos livres... e o que o padre repara é a falta de mimo e atenção que as crianças tem... crianças que se apegam a funcionárias e auxiliares a pedir esse mimo e esse afecto.... e será que não é verdade se as crianças estão tão pouco tempo com os pais será que não lhes falta o mimo, a compreensão e a educação presente de um dos pais?!

Para pensar, debater, mas tudo no respeito...

Eu por mim se pode-se ficar em casa até os filhos ter 3 anos e depois ter um horário mais reduzido para acompanhar os meus futuros filhos lol (ainda não os tenho).


Retrato de cpc
Qui, 01/03/2012 - 18:13
cpc:
Membro desde: 21.04.2008

Eu já me dava feliz se tivesse os fins-de-semana em casa. Passear, fazer um pic-nic, uma ida á praia a 3 é uma coisa muito rara cá em casa.
E ninguém imagina o que isso me corrói. Hoje ainda posso ficar com ela nas folgas mas daqui a uns anos ela não vai poder faltar ás aulas para ficar em casa com a mãe.

Retrato de TitaLopes
Qui, 01/03/2012 - 18:13
TitaLopes:
Membro desde: 17.10.2007
ninacio wrote:

http://www.publico.pt/Sociedade/novo-cardeal-portugues-defende-que-funca...

O novo cardeal português declarou assim em geral que “o maior problema de Portugal” é o “pouco apoio que o Estado dá à família”. “A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos”, sustenta.

Atenção as palavras deve de poder (claro que no meu mundo o homem tb deve de poder) ficar em casa ou ter um horário reduzido sem que isso prejudique-lhes em termos financeiros...

Se pensarem bem a Mulher do século 21 tem um papel de escrava quase... os direitos da mulheres evoluíram e muito e acho bem, sim e acho que se a mulher quer ter uma carreira que o possa ter... Só que a realidade não são mulheres com grandes carreiras é a grande maioria trabalhar por necessidade e não pode se quiser ficar em casa ou ter um horário de trabalho reduzido para poder acompanhar os filhos...

O que vejo na grande maioria das mulheres é acordarem com as galinhas, tratarem dos lanches e mochilas, vestirem os filhos e dar o pequeno almoço, com mais ou menos ajuda dos pais... irem trabalhar em empregos mal pagos e em que desvalorizam as mulheres muitas vezes, sair a correr do trabalho a correr, ir buscar os filhos chegar a casa perto das 7, dá banho, faz jantar, o marido mete-os na cama e depois vem as tarefas em casa e ou trabalho que leva para casa... O tempo que os filhos passam com ou outro pai durante a semana é mínimo 2 horas / 3 horas por dia...

Por isso acho que sim, acho que deveria de se a mulher e ou o Homem se quisessem ter a possibilidade de trabalhar menos ou poder ficar em casa para lhes cuidar e acompanhar.

Este debate está na Sic... e o padre Borges está a referir uma coisa muito importante, muitos pais não conhecem os filhos pois estão entregues as escolas e paróquias nos tempos livres... e o que o padre repara é a falta de mimo e atenção que as crianças tem... crianças que se apegam a funcionárias e auxiliares a pedir esse mimo e esse afecto.... e será que não é verdade se as crianças estão tão pouco tempo com os pais será que não lhes falta o mimo, a compreensão e a educação presente de um dos pais?!

Para pensar, debater, mas tudo no respeito...

Eu por mim se pode-se ficar em casa até os filhos ter 3 anos e depois ter um horário mais reduzido para acompanhar os meus futuros filhos lol (ainda não os tenho).

Subscrevo em tudo o que disses-te, até porque tenho uma filhota com um ano e passamos tão pouco tempo juntas

Minha filha linda és a razão do nosso viver...

Retrato de NANCE
Qui, 01/03/2012 - 18:15
NANCE:
Membro desde: 16.03.2011

As coisas poderiam ser bem diferentes se a maior parte dos homens não se limitasse apenas a fazer filhos.

Por isso é que as mulheres vivem como escravas apesar de estarmos no seculo XXI esta sociedade machista onde estamos inseridas é uma sociedade cruel para as mulheres.

Já existem homens que fazem tanto quanto as mulheres mas são muito raros, o pior é que vejo que nas gerações mais novas o panorama é igual. Culpa também das maes que prepetuam esta educação.

Retrato de TitaLopes
Qui, 01/03/2012 - 18:18
TitaLopes:
Membro desde: 17.10.2007
NANCE wrote:

As coisas poderiam ser bem diferentes se a maior parte dos homens não se limitasse apenas a fazer filhos.

Por isso é que as mulheres vivem como escravas apesar de estarmos no seculo XXI esta sociedade machista onde estamos inseridas é uma sociedade cruel para as mulheres.

Já existem homens que fazem tanto quanto as mulheres mas são muito raros, o pior é que vejo que nas gerações mais novas o panorama é igual. Culpa também das maes que prepetuam esta educação.

Também concordo com o que disses-te, e se fazem alguma coisa as senhoras suas mães ainda perguntam e és tu que vais fazer isso, com aquele olhar que voçês sabem....

Minha filha linda és a razão do nosso viver...

Retrato de ninacio
Qui, 01/03/2012 - 18:27
ninacio:
Membro desde: 10.05.2010

Pois o meu rapaz ajuda muito e temos as tarefas mais ou menos divididas, mas eu noto que para os dois é cansativo chegar a casa e ainda tratar das coisas, quanto mais se tiver um filho envolvido...

E o problema nem é esse é o tempo que se esta com os filhos, a minha cunhada tb trabalha sábados e o que resulta é ao domingo fazerem a menina todas as vontades mesmo, porque coitada durante a semana chego a casa dou-lhe banho e o jantar e cama... nunca tenho tempo para brincar e mimar a não ser ao domingo.... e noto que ela quando tens os pais ao pé, só chama a atenção e fala muito a bebe, quando comigo já não pede tanto mimo e atenção... fico mesmo com pena que ela não possa ter ou o pai ou a mãe mais tempo com ela...

Porque não como noutros países que a mãe ou pai pode ficar em casa até aos 3 anos? E depois o horário de trabalho na Semana é das 9 as 15? O mesmo que é praticado nas escolas...

Retrato de ZetaJones
Qui, 01/03/2012 - 18:28
ZetaJones:
Membro desde: 06.10.2011

fui criada exclusivamente pela minha mãe que nunca trabalhou e sempre cuidou dos filhos, nunca frequentei a pre-escola, entrei a primeira vez na escola com 6 anos para a primeira classe e tinha um horario da 8h as 13h passava a tarde toda com a minha mãe e fui muito mas muito feliz, e sei que não vou poder facultar aos meus filhos esta felicidade porque trabalho como quase todas as mães ...

mas isto é a evolução da sociedade, a mulher tornou-se independente e estabeleceu prioridades e em 90% dos casos os filhos ficam em 2º plano, porque os pais lhe querem dar tudo, mas o tudo não é bens materiais mas a sociedade esqueceu-se disso ...

Retrato de TitaLopes
Qui, 01/03/2012 - 18:29
TitaLopes:
Membro desde: 17.10.2007
ninacio wrote:

Pois o meu rapaz ajuda muito e temos as tarefas mais ou menos divididas, mas eu noto que para os dois é cansativo chegar a casa e ainda tratar das coisas, quanto mais se tiver um filho envolvido...

E o problema nem é esse é o tempo que se esta com os filhos, a minha cunhada tb trabalha sábados e o que resulta é ao domingo fazerem a menina todas as vontades mesmo, porque coitada durante a semana chego a casa dou-lhe banho e o jantar e cama... nunca tenho tempo para brincar e mimar a não ser ao domingo.... e noto que ela quando tens os pais ao pé, só chama a atenção e fala muito a bebe, quando comigo já não pede tanto mimo e atenção... fico mesmo com pena que ela não possa ter ou o pai ou a mãe mais tempo com ela...

Porque não como noutros países que a mãe ou pai pode ficar em casa até aos 3 anos? E depois o horário de trabalho na Semana é das 9 as 15? O mesmo que é praticado nas escolas...

è este o país que temos mas, acho que cada vez pior...

Minha filha linda és a razão do nosso viver...

Retrato de Pipa13
Qui, 01/03/2012 - 18:36
Pipa13:
Membro desde: 30.12.2010

Estamos numa democracia felizmente e todos sao livres de expressarem a sua opiniao, pelo que respeito todas as que foram aqui deixadas e a que o Cardeal deixou ao Publico.esta é a minha..
Eu... senti-me "insultada" com várias coisas que foram ditas em relação à mulher como "aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, a educação dos filhos”, "A mulher perdeu muito do valor que tinha", “Mas se a mãe tem de trabalhar pela manhã e pela noite e depois chega a casa e o marido quer falar com ela e não tem com quem falar…" ...entre outros comentarios que achei machistas, despropositados e inadequados a este seculo.
Se as coisas tivessem sido ditas no plural ou seja para o homem e mulher, de modo a sensibilizar o estado para promover/incentivar/facilitar a quantidade e qualidade de vida que os pais passam com os filhos ai estaria a aplaudir...agora assim...

Retrato de ninacio
Qui, 01/03/2012 - 18:39
ninacio:
Membro desde: 10.05.2010

E ainda dizem que o papel da mulher evolui...sim é capaz em termos de direitos no trabalho e de voto... Mas em casa piorou, pois para além da lida da casa, tem o trabalho também... Eu sou de uma geração que teve a mãe em casa, que por sua vez a mãe da minha mãe também ficou em casa pois as amas eram muito caras... depois quando os filhos começaram a estudar ela abriu uma pensão e dava para acompanhar os filhos (que viviam na pensão com ela).

Eu por enquanto tenho um horário privilegiado pois trabalho 36 horas semanais, mas com tanta mudança nos falsos funcionários públicos, sim eu não sou funcionária pública, trabalho numa EPE e tudo o que é cortes levo, benefícios só o horário. Calculo quando tiver um filho serei mais uma a lutar e a tentar conciliar emprego, casa, papel de mãe e mulher...antes a mulher,era mãe, dona de casa, e mulher.... Nós sociedade criamos outro o trabalho...

E se ainda o trabalho fosse para dar alguma independência a mulher caso ela fica-se sem marido, mas nem ai eu tenho 100% a certeza que a maioria das mulheres que trabalhem consigam sozinhas sustentar-se a si, a uma casa, e aos filhos...

No programa da Boa Tarde todos os telefonemas foram a favor excepto de uma mulher que sempre ficou em casa com a filha, mas que é infeliz no casamento e não se divorcia pois não tem emprego...e disse mulheres não percam nunca o emprego...

Tá bem mas é com 500 euros se for que uma mulher consegue manter uma casa e os filhos caso se queira divorciar? Claro que não... nem mesmo com uma pensão... por isso digam-me que disserem, existem casamentos infelizes sempre... e não existem mais porque ou o homem ou a mulher tem receio da vida separado porque implica sobreviver diariamente sem um ordenado...

Se antes era uma família de 4 (imaginem) e um ordenado chegava para 4 pessoas.... Hoje em dia é um família de 4 e dois ordenados mal chegam para sustentar a casa, quanto mais se existir uma separação e tiverem que sustentar 2 casas?!

Retrato de ninacio
Qui, 01/03/2012 - 18:41
ninacio:
Membro desde: 10.05.2010

Pipa 13 sim a primeira vista podemos realmente ficar um pouco insultadas, mas convenhamos que se dessem a hipótese ao homem muitos poucos eram os que queriam cuidar dos filhos e da casa...

Retrato de Konigvs
Qui, 01/03/2012 - 19:19
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011

NANCE wrote: As coisas poderiam ser bem diferentes se a maior parte dos homens não se limitasse apenas a fazer filhos.

Observação: são as mulheres que, maioritariamente educam os filhos. Mais machistas que os homens são as mulheres que educam os filhos a serem machistas com as suas futuras mulheres.

(vou continuar a ler)

Editado: devia ter lido os parágrafos a seguir!!

Retrato de Pipa13
Qui, 01/03/2012 - 19:20
Pipa13:
Membro desde: 30.12.2010
ninacio wrote:

Pipa 13 sim a primeira vista podemos realmente ficar um pouco insultadas, mas convenhamos que se dessem a hipótese ao homem muitos poucos eram os que queriam cuidar dos filhos e da casa...

acho que os pais (homens ) cada vez se interessam mais pela educação dos filhos...e têm muito para lhes dar e ensinar. E apesar de ainda não ser mae..a satisfação de ver um filho crescer e transmitir-lhe os nossos valores deve ser um sentimento de gratificação e realização indescritivel que não deve ser negado (ou desvalorizado) ao pai...
acho sim que o estado devia realmente incentivar financeiramente as pessoas a constituirem familia...ha casais k têm k ter dois empregos tanto a mulher como o homem...pk?pk as fraldas sao caras..os livros sao caros..a creche é cara...etc..
Há casais que abdicariam de uma percentagem do ordenado para passar mais tempo em casa , a mulher e /ou homem..sem ter que abdicar da carreira...mas Portugal ainda está muito atrasado...
Conforme disso aplaudia se ele tivesse falado no plural..incentivar o estado a dar importancia ao conceito familia..em que a mae e o pai sao os pilares...

Retrato de Konigvs
Qui, 01/03/2012 - 19:36
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011

O tema até é interessante, a questão de como o conceito de família mudou ao longo do último século, mas achar que um qualquer Cardeal pode trazer algum argumento positivo à discussão é estar a ser muito ingénuo.
A Igreja Católica Romana, sempre foi machista e acha que o papel da mulher é ser recatada, obedecer e ser fiel ao seu marido, emprenhar e cuidar dos deveres da casa.

Retrato de ninacio
Qui, 01/03/2012 - 20:46
ninacio:
Membro desde: 10.05.2010

Konigvs mais anti católica do que eu não existe lol (gozo) mas sou mesmo. E digo-te eu olhei para o lado Homem e não Igreja....da mesma forma que algum político viesse dizer a comunicação social que deveria-se criar condições sociais (não falo de necessariamente de subsídios)para dar alternativas as famílias que não querem deixar um bebe com 5 meses num qualquer infantário e ama... e convenhamos que só ai no infantário vai um grande parcela do ordenado da mulher ou homem... para poder ir trabalhar, ou seja de um ordenado bruto tem de ser retirado logo um valor para o infantário... e muitas vezes senão a maioria tem de recorrer aos privados pois as vagas nos públicos não são suficientes... E aqui entra-se noutro problema será que a educação em portugal é livre e gratuita?!

Eu noto e muito que em algumas zonas menos povoadas mas que tem cresce e escolas e centros de saúde a qualidade de vida é bem melhor do que quem vive em Lisboa com o mesmo rendimento... Ou seja uma família em determinadas zonas menos povoadas para além de ter os familiares presentes tipo avós que podem cuidar das crianças até aos 3 anos e após essa idade tem vaga na pré-escola gratuitamente apenas pagando a alimentação... o mesmo não se passa em Lisboa, pois mesmo a pessoa tendo apoio de algum familiar, se quiser que o filho vá para a pré-escola não consegue uma vaga e muitas vezes senão a maioria tem de ir recorrer a cresces ou infantários privados... e isto em situações de pessoas com o mesmo rendimento mas vivendo em zonas diferentes...

É certo que em Lisboa ou outros centros urbanos é mais fácil arranjar emprego, mas este não significa que seja mais bem pago...

Enfim existe tanta desigualdade no nosso país a níveis sociais e de educação...

Retrato de Konigvs
Qui, 01/03/2012 - 22:28
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011

Pronto não vamos medir o nosso "anti-catolicismo"!! O meu é muito grande, talvez por ter crescido no meio deles, e conhecer muito bem as mentiras da igreja, a hipocrisia, etc etc.

O país é muito pequeno mas de facto as diferenças, ou assimetrias (como dizem os políticos) são imensas. Em Lisboa ganhas bem mais que no resto do país, e tens muito mais oferta de emprego. Por outro lado o custo de vida deve ser mais caro. Tens coisas boas e outras nem por isso, há que viver com isso.
Tens por exemplo uma oferta cultural que não tens no resto do país. Ainda vão havendo umas casas das artes por aqui e por ali, estou-me a lembrar de Famalicão ou Arcos de Valdevez onde já estive, mas sais dos grandes centros e nem cinema ou teatro tens. O único evento anual que tens é a festinha da terra com cantores pimba a fazer uma espécie de "play-back" e que enchem os bolsos à custa do zé povinho.

Eu confesso que não estou muito por dentro desses problemas das crianças, afinal não tenho filhos! mas acho que é isso. Aos três anos os miúdos aqui na aldeia vão para a creche, e eu costumo passar por lá e acho que são poucos e que não devem haver problemas com as vagas.

A questão dos avós é um pouco sensível. Vejo muitos casais empandeirarem os filhos para os avós, e se são casos pontuais tudo bem, agora fazerem dos avós a creche também não concordo de todo. Os casais devem refletir muito bem sobre o que implica ter um filho. Ter um filho muda radicalmente as coisas, há outras responsabilidades, e não dá para fazer como com os animais de estimação que se abandonam quando chateiam.

Mas nesta sociedade em que vivemos cada vez mais sufocante, mais sem tempo para nada, em que quase nos limitamos a sobreviver, cada vez mais acho que este não é o tempo de se ter filhos. Pelo menos não neste país.

Retrato de ninacio
Qui, 01/03/2012 - 22:56
ninacio:
Membro desde: 10.05.2010

Exacto chegamos ao cerne da questão o incentivo a natalidade, não que algumas minorias étnicas o necessitem lol porque tem até sem ele parecem as vezes coelhos lol...

Quanto a questão dos avós ficarem com os netos durante o dia enquanto os pais trabalham é algo que os avós gostam de fazer e em muitos casos é a companhia e distracção, claro que existem casos e casos que são os avós que pagam tudo aos filhos e netos...

A decisão de ter filhos tem de ser ponderada mas o fato é que realmente em Portugal os pais tem pouco tempo para a família...

Retrato de Fjord
Sex, 02/03/2012 - 00:03
Fjord:
Membro desde: 06.10.2011

Estou com a Pipa 13, achei as palavras do Cardeal um pouco retrógradas. Atira toda a responsabilidade de educar um filho para cima da mulher, quando hoje em dia o pai tem um papel equivalente ao da mãe na educação da prole. Concordo, sim, que devia haver mais incentivos à natalidade, mas por amor da santa, daqui a pouco vem dizer que nós, mulheres, somos as culpadas da crise, porque tiramos emprego aos homens.

Quanto ao assunto dos avós ficarem a tomar conta dos netos, parece-me muito redutor dizer que é bom porque servem de "companhia e distracção". Os avós de hoje são diferentes dos avós de antigamente, veio um artigo muito interessante sobre esse assunto na sábado da semana passada. Os meus pais (ambos reformados), por exemplo, adoram o neto, mas não ficam com ele durante o dia. Têm a sua própria vida, vão ao ginásio, viajam, etc.

Por curiosidade, deixo aqui as conclusões da psicóloga Ana Silva, referentes aos avós de Lisboa e Santarém:
- 87% dos avós não ficam com os netos nas férias escolares, porque querem descansar.
- Só 40% dos entrevistados de Lx vêem os netos aos sábados e domingos. Mas não ficam com eles, os miúdos estão com os pais.
- 90% não colabora nos cuidados aos netos, porque já cuidaram dos filhos e agora é a vez destes cuidarem dos seus próprios filhos.
- 90% das avós de Lx, em especial mulheres entre os 50 e 60 anos, não cuidam dos netos.

Foram entrevistadas 400 avós.

Retrato de rosa_choke
Sex, 02/03/2012 - 00:15
rosa_choke:
Membro desde: 21.02.2011

Este tema na minha opinião tem muito que se lhe diga.Eu tenho 4 irmãos,a minha mãe nunca trabalhou sempre ficou em casa a cuidar da casa e dos filhos,não frequentamos creches,nem infantários entramos directamente na primária,não tivemos playstation,nem computadores,nem roupas ou ténis de marca,brincavamos ao ar livre e certamente eramos mais felizes que a maioria dos meninos de hoje em dia,que tÊm isso tudo.Há mães que trabalham porque não tÊm outra opção, mas há muitas outras que mesmo podendo optar,ficar em casa para elas nunca seria opção.Pessoas diferentes mentalidades diferentes.

Retrato de Konigvs
Sex, 02/03/2012 - 00:19
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011
Fjord wrote:

Os avós de hoje são diferentes dos avós de antigamente

Já há muiiiiiitos anos que a minha mãe me dizia "Não te ponhas a fazer fazer filhos e penses que eu vou ficar a olhar por eles. Eles são muito lindos mas é estar com eles um bocado!"

Cada caso é um caso, mas sem dúvida que há situações em que há muita desresponsabilização dos pais e sobrecarregarem os avós com trabalho.

Depois quando estão velhos e já foram bem usados, metem-se nos lares para morrer bem longe. E quem tem este tipo de atitudes pode estar certo que um dia chegará a sua vez.

Retrato de Sofia1984
Sex, 02/03/2012 - 00:19
Sofia1984:
Membro desde: 29.05.2010
Konigvs wrote:

A questão dos avós é um pouco sensível. Vejo muitos casais empandeirarem os filhos para os avós, e se são casos pontuais tudo bem, agora fazerem dos avós a creche também não concordo de todo.

Não entendi muito bem o que quiseste dizer com esta afirmação, se te referes àqueles pais que gostam de andar constantemente no bem bom sem os filhos...isso aí também não concordo. É como dizes, uma ocasião ou outra é porreiro, fazermos de vez em quando um programa a 2...ou se te referes a serem os avós a ficarem com os netos em vez de irem pa creche.
Por acaso até pretendo fazer da casa da avó uma creche, e não vemos mal nenhum nisso, bem pelo contrário... Lembro-me de estar constantemente em casa da minha avó porque moravamos a 50m uns dos outros e pedia à minha mãe, tinha eu 3/4 anos e hoje em dia dou muito valor a isso.
Lembro-me de muitas coisas dessa idade, travessuras, brincadeiras com os primos, brincadeiras na terra, com os animais que ela criava...e se calhar arrisco mesmo dizer que foi o melhor da minha infância!
Acho que os miúdos se puderem ir para casa dos avós é uma grande sorte para eles, pois nas pré-escolas não temos controle nenhum sobre o que lhes entra na cabeça...porque há lá muita miudagem sem educação nenhuma. Brincadeiras estúpidas, birrices sem motivo que os levam a pegarem-se...depois são aos montes e as educadoras não abundam.Sei que eles mais tarde ou mais cedo vão ter que se fazer à vidinha e lidar com muitos outros miúdos, mas preferia que fosse mesmo quando tivesse de ser, na primária. Já se explica, já o percebo e já se pode queixar se algo não estiver bem.
Por isso, se os avós me derem esta oportunidade, se eu for trabalhar é para lá que faço gosto que o meu filho vá.Confio muito mais neles do que em pessoas que não conheço, obviamente... Pelo menos acredito que assim vai saber desde cedo de onde é que vêm os ovos que ele vê no supermercado dentro de caixinhas de cartão já prontinhos a põr no carrinho das compras Smile Smile

"A meta de uma discussão ou debate não deveria ser a vitória, mas o progresso."
( Joseph Joubert )

Retrato de Sofia1984
Sex, 02/03/2012 - 00:28
Sofia1984:
Membro desde: 29.05.2010

Ainda a respeito do que escrevi, não será por acaso que somos 4 irmãs, eu era a única que pedia á minha mãe para ir a casa da avó e ainda hoje em dia 20 e muitos anos depois, sou presença assídua na casa dos meus avós, levo a minha avó às compras, limpo-lhe a casa, e moro a 40km dela...das minhas 3 irmãs só uma mora mais longe que eu, as outras duas moram a menos de 10km e nenhuma destas duas mete lá os pés.
Os meus avós têm 3 filhos e 7 netos a morar na mesma rua que eles e eu sou a neta que os visita mais vezes...e não é por eles serem ricos, garantidamente! Tenho-lhes muita estima, acho que tem a ver com o facto de ter passado muito tempo com eles enquanto era pequena.

"A meta de uma discussão ou debate não deveria ser a vitória, mas o progresso."
( Joseph Joubert )

Retrato de Fjord
Sex, 02/03/2012 - 01:00
Fjord:
Membro desde: 06.10.2011

Pois, ninguém duvida que as crianças ficam bem em casa dos avós, não é isso que está em causa, mas será que os avós querem esse encargo? Pelo que li no artigo referido acima e noutros (é um tema muito em voga e que tem sido discutido por vários psicólogos), muitos avós sentem-se culpados ao não aceitarem ficar com os netos e, por essa razão, não recusam.

E vou dar o exemplo contrário, até ir para a primária ficava em casa com a minha irmã e a empregada, porque os meus pais trabalhavam. E os meus avós viviam perto, eu via-os todos os dias, simplesmente não ficavam a tomar conta de mim. E podes ter a certeza que era extremamente cúmplice dos dois (infelizmente já morreram), tal como sou dos meus pais, nunca me faltou nada em termos de afectos. E foram os meus pais que me criaram, não foi a empregada, pois apesar de estarem 8 horas por dia fora, o resto do tempo que passavam comigo era de qualidade.

Edito para concluir que não estou a dizer que os avós não devem cuidar dos netos ou que as mães não devem ficar com os filhos, acho que cada um faz como achar e adequar melhor à sua vida, só queria mostrar outro ponto de vista

Retrato de ninacio
Sex, 02/03/2012 - 08:53
ninacio:
Membro desde: 10.05.2010

Se olharmos para um reformado com algumas posses que vá viajar e passear e afins um neto é quase um estorvo, mas no caso dos meus pais ou minha sogra que tem poucas posses e ficam maioritariamente em casa (a minha sogra trabalha, mas ao fim de semana fica em casa, os meu pai é pensionista e a minha mãe desempregada) um neto era uma grande companhia mesmo... claro que dão trabalho e afins...

O estudo de que falas vê o ponto de vista de avós em Lisboa e ainda por cima Avós 40 e 50 anos que ainda devem de trabalhar...

Acho que é uma questão de mentalidades pois no interior os avós gostam de estar presentes na vida dos netos e se isso facilitar a vida dos filhos em não pagar um infantário e deixar o neto bebé a cuidado de estranhos iam adorar... agora quando chegam perto dos 3 anos vão para a pré-escola e a avó só vai buscar e dar o lanche e os pais vão buscar a casa da avó, porque de manhã são eles a ir coloca-los na escola...

Se olharem pelo prisma Lx e afins notam logo n diferenças de mentalidades... Em que muitas vezes aqui em Lx mesmo tendo família próximo pouco se visitam, já no interior do país é muito frequente os almoços de domingo, e jantares semanais com os pais .... conheço pessoas que almoçam todos os dias com os pais pois trabalham e ao almoço vão lá.... se perguntares aos pais se não se sentem explorados a mulher responde logo então se tenho de fazer almoço para o marido faço tb para o filho ou filha e assim come comida caseira...

Lá esta a mulher está em casa e o marido ainda trabalha, os filhos são casados e mesmo assim continuam a visitar os pais muitas vezes durante a semana e fim de semana...

Em Lisboa não vejo isso a acontecer tantas vezes.

Retrato de Claudiatomas
Sex, 02/03/2012 - 09:55
Claudiatomas:
Membro desde: 11.12.2011

Eu no meu seio de amigos e namorado todos os homens é que cozinham porque elas não sabem.
O meu namorado arruma a casa faz comer tudo tudo e ainda tem um trabalho mais duro que o meu!
Ele é que faz os pequenos arranjos na casa..
O problema é que as mães queixam-se que tomam conta das crianças PFF muitas querem que os homens façam tudo??
Nos como os animais somos fêmeas e machos e é verdade nos temos mais aptencias que os homens para cuidar dos filhos não digo que os homens nao tenham mas nos temos mais!
Por vezes vezes pessoas dizer que vivemos numa sociedade machista e depois não sabem cozinhar, não sabem fazer os pequenos arranjos que eles fazem, tem trabalhos muito menos duros fisicamente! POUPEM ME
ou eu tenho gente á minha volta que os homens ajudam em tudo ou a nossa sociedade já não é assim tao machista! TENHO pena é da mminha geração em 10 mulheres 1 sabe cozinhar!

Retrato de Konigvs
Sex, 02/03/2012 - 10:21
Konigvs:
Membro desde: 21.10.2011

Cada caso é um caso, há situações muito diferentes, quer económicas, a própria idade, e nem quero estar a entrar em questões de avós nas aldeias ou nas cidades.

Um casal quer casar, quer a sua independência, muitas vezes até querem alguma distância dos pais e vão para as suas casas.
Programam a sua vida e decidem ter ou não ter filhos, um ou mais, e acho que devem refletir muito bem, se neste tipo de sociedade em que agora vivemos que com dois salários muitas vezes dá para viver muito pior que há quarenta anos só com um. A verdade é que à quarenta anos também não tínhamos as mordomias de agora: tv cabo/net, telemóvel, carro era coisa rara, etc etc, mas no meu entender não devem desde logo pensar, "os meus pais não trabalham podem muito bem ficar com os netinhos queridos".

As pessoas mais velhas trabalharam uma vida inteira de sacrifício pelos filhos, e também merecem o seu descanso ou até fazerem coisas que não tiveram oportunidade de fazer durante a vida de trabalho. Há casos e casos e como referi não podemos generalizar. Até porque há também os avós que se sentiriam quase ofendidos senão os deixassem cuidar dos netos.

Mas tenho visto muito maus exemplos de perto. Quer-se ir aqui ou ali, ou passear, e os avós são uma espécie de pronto socorro para todas as emergências como se não tivessem vida própria. E depois vejo as pessoas mais velhas serem muito maltratadas. Muitos abandonados sozinhos em lares, em hospitais como eu já vi, totalmente abandonados sozinhos em suas casas. Conheço casos na própria família dos meus pais e esses casos estão por todo o lado.
E para quem não sabe isso não acontece só nas cidades. Ainda há umas semanas foi encontrada uma pessoa morta em casa aqui na aldeia.
Vejo os pais muito interessados em servirem-se dos avós para ficarem com as crias, depois quando os avós chegam a uma certa idade, que dão trabalho, precisam de muitos cuidados de saúde, aí já todos se afastam. E isso além de me chocar, revolta-me.

Retrato de CCarmoS
Sex, 02/03/2012 - 10:42
CCarmoS:
Membro desde: 07.07.2010

Não li tudo o que já foi escrito mas assim por alto e à primeira vista concordo com a maior parte do que foi referido.

É verdade que o papel da mulher mudou, causa e consequência da evolução da própria sociedade. Reduzir o papel da mulher ao de procriadora e educadora é no mínimo insultoso mas mesmo que nos centremos na maternidade já pensaram no número de mulheres que deviam nascer sem ovários?

Falando no papel da Igreja ao apoio da família e dos mais desfavorecidos posso dizer que conheço de perto a realidade de algumas IPSS dirigidas por padres e freiras e no que toca ao apoio de crianças e também idosos é terrível...
Os lares são um negócio para a Igreja e um depósito de velhos para algumas famílias. Quanto às crianças coitadas, em alguns casos melhor seria que continuassem entregues à própria família, exceptuando quando há casos de maus-tratos físicos e sexuais (que em algumas instituições também acontecem), nos casos de pobreza devia era apoiar-se a família e não a institucionalização pois muitas instituições mais não são do que viveiros de pequenos marginais.

Posto isto não sei se o que acabei de escrever faz muito sentido ou se acrescenta algum interesse à discussão mas pronto enquanto houver liberdade de expressão cada um escreve o que lhe apetece!

Retrato de Nandisa
Sex, 02/03/2012 - 10:44
Nandisa:
Membro desde: 30.10.2006

Ora bem, relativamente a isto tudo, eu posso falar por experiencia própria. Eles falam e bem, mas esquecem-se de tantas coisas que estão mal. Eu tenho um filho, e trabalho 9:30h às 18:30h, estando a 25km de casa a trabalhar. Eu e o meu marido trabalhamos. Os avos são novos e também trabalham. Solução???? escolas públicas com horários 9h ás 15h. Quem vai buscar o miúdo??? Solução = Privado. Pois com prolongamento iria ter escola até as 17h o que não resolve. Assim tenho o miúdo a 23km de casa num colegio e eu a trabalhar a 48km do colégio. Ou seja, somos "obrigados" a deixa-lo ir no autocarro do colégio desde o 2 anos.
Tempo para estar com ele da 19h ás 22h hora em que vai tomar banho e dormir. Sim aproveito muito o tempo com a ajuda da minha mãe que me faz o jantar porque chega um pouco mais cedo que eu. Que temos a tendencia a tentar compensar a falta de tempo com ele, claro que tentamos, mas nada o substitui. Que queremos dar aos nossos filho o que nunca tivemos queremos.
Agora em relação, às mães/pais terem direitos a ficar em casa até os três anos de idade da criança e posteriormente horário reduzido, só iria fazer com que fossemos mais descriminados do que já somos. Porque infelizmente, e falo por experiencia própria, tive de vir trabalhar a meio tempo quando o miudo tinha um mês para puder manter o meu posto de trabalho e não ser despedida.
Infelizmente é a realidade que temos, ideias todos temos, mas não tou a ver um patão e colegas de trabalho, aceitarem tipo tens um filho trabalhas 5 ou 6 horas e recebes o mesmo que eu que estou aqui o dia todo.
Enfim, é o pais que temos.

Retrato de ninacio
Sex, 02/03/2012 - 10:52
ninacio:
Membro desde: 10.05.2010

Sim o abandono de idosos tb é uma triste realidade nos dias de hoje...

Eu não compreendo quem deixe de os visitar de todo.... mas compreendo os que não os podem ir buscar ao hospital por estarem acamados e não terem condições psicológicas e financeiras de cuidar de uma pessoa acamada em casa, ou que necessite de cuidados no dia a dia...

Eu não sei como será o futuro mas uma coisa que me faz muita confusão é dar banho a um dos meus pais.... sei que se tiver de o fazer provavelmente o irei fazer, mas sei que nem todos conseguem fazer....

Sim hoje em dia existe muitas mulheres que não sabem cozinhar.... eu é coisa que adoro fazer e faço questão de o fazer... Já o meu rapaz não tem grande paciência é mais de cozinhar ao domingo à noite...

Limpezas ele limpa a casa de banho porque eu não gosto... e partilha o resto das limpezas comigo, enquanto um limpa uma coisa o outro limpa outra.... Mas ele tem paciência para isto no fim de semana, porque durante a semana se passamos o fim de semana em casa de um dos pais (vivemos muito longe dos pais) eu já tenho de pedir a pés junto limpa a casa de banho, ou vamos limpar isto... porque ele chega a casa e se pode-se era dormir, comer qualquer coisa e já está.....

Ou seja ele é um óptimo dono de casa no fim de semana pois esta descansado da vida.... durante a semana tenho de ser eu a puxar por ele para conseguir alguma ajuda...

Por isso eu sei perfeitamente que entre mim e ele se um de nós tive a possibilidade de ficar em casa os filhos ficariam bem e a casa também... contudo noto que tenho mais vocação para cuidar de uma criança, dar-lhe de comer, vestir... trocas fraldas e afins.... ele com a afilhada gosta de brincar, porque de resto diz ah os pais que a cuidem... por isso ainda não sei como vai ser quando for pai....
:P.

Beijos

Retrato de Pipa13
Sex, 02/03/2012 - 11:28
Pipa13:
Membro desde: 30.12.2010
Nandisa wrote:

Ora bem, relativamente a isto tudo, eu posso falar por experiencia própria. Eles falam e bem, mas esquecem-se de tantas coisas que estão mal. Eu tenho um filho, e trabalho 9:30h às 18:30h, estando a 25km de casa a trabalhar. Eu e o meu marido trabalhamos. Os avos são novos e também trabalham. Solução???? escolas públicas com horários 9h ás 15h. Quem vai buscar o miúdo??? Solução = Privado. Pois com prolongamento iria ter escola até as 17h o que não resolve. Assim tenho o miúdo a 23km de casa num colegio e eu a trabalhar a 48km do colégio. Ou seja, somos "obrigados" a deixa-lo ir no autocarro do colégio desde o 2 anos.
Tempo para estar com ele da 19h ás 22h hora em que vai tomar banho e dormir. Sim aproveito muito o tempo com a ajuda da minha mãe que me faz o jantar porque chega um pouco mais cedo que eu. Que temos a tendencia a tentar compensar a falta de tempo com ele, claro que tentamos, mas nada o substitui. Que queremos dar aos nossos filho o que nunca tivemos queremos.
Agora em relação, às mães/pais terem direitos a ficar em casa até os três anos de idade da criança e posteriormente horário reduzido, só iria fazer com que fossemos mais descriminados do que já somos. Porque infelizmente, e falo por experiencia própria, tive de vir trabalhar a meio tempo quando o miudo tinha um mês para puder manter o meu posto de trabalho e não ser despedida.
Infelizmente é a realidade que temos, ideias todos temos, mas não tou a ver um patão e colegas de trabalho, aceitarem tipo tens um filho trabalhas 5 ou 6 horas e recebes o mesmo que eu que estou aqui o dia todo.
Enfim, é o pais que temos.

Sitei a situação que descreveste pk apontaste exactamente algumas falhas que se falaram:
1ºtiveste que pôr os filhos no privado (mais dispendioso, logo tens que trabalhar mais para compensar), se pudesses ter uma redução de horario com redução proporcional de salario tu/ou o pai não teriam esse gasto extra c o privado,logo a redução do salario se calhar ate compensava pk os filhotes iriam p um publico e alem de manterem a carreira estariam em casa na altura de eles chegarem (parece um ciclo vicioso...)
2ºmentalidade dos teus colegas de trabalho /patrao...tem que mudar..por isso defendi que as "figuras publicas" quando viessem dar entrevistas dessem importancia e sensibilizassem o estado a ajudar as pessoas enquanto parte integrante de uma familia.

Em relação ao avós opinando sobre outros comentarios que li...posso dar o meu exemplo...vou fazer 30 este ano, os meus sogros e pais têm cinquentas e muito, eu ja poderia ter filhos mas garanto-vos que não podia deixar os meus filhos com eles..os meus pais trabalham...os meus sogros estao na pre-reforma e felizmente tem uma vida ocupadissima a cuidar deles mesmo e um do outro, entra passeios, viagens, ginasios etc eu sei que seria uam sobrecarga p eles...por isso o que podia fazer?obviamente escolas e creches privadas...Eu e o meu irmão fomos criados pelos meus avós paternos, adoro-os, e sei k foi uma facilidade p os meus pais! mas se n forem os nossos pais a oferecerem-se será justo pedir p ficarem c eles??os meus sogros têm tempo..mas ja cuidaram do filho deles...n lhes vou pedir p ficarem em casa a cuidar do meu...(atenção que não estou a criticar quem deixa os filhos nos avós...cada um sabe de si e das circunstancias que os rodeia que sao diferentes para todos)...dei o meu exemplo, que certamente sera parecido com o de muitas outras pessoas.

Só deixei aqui o meu "desabafo" pk ultimamente ando mais atenta e a conversar com o meu (a 38 dias de ser..)marido..sobre ter ou não filhos...e claro que esta situação (criar os filhos) esta a ser discutida...

Retrato de Fjord
Sex, 02/03/2012 - 11:40
Fjord:
Membro desde: 06.10.2011
ninacio wrote:

Se olharmos para um reformado com algumas posses que vá viajar e passear e afins um neto é quase um estorvo, mas no caso dos meus pais ou minha sogra que tem poucas posses e ficam maioritariamente em casa (a minha sogra trabalha, mas ao fim de semana fica em casa, os meu pai é pensionista e a minha mãe desempregada) um neto era uma grande companhia mesmo... claro que dão trabalho e afins...

O estudo de que falas vê o ponto de vista de avós em Lisboa e ainda por cima Avós 40 e 50 anos que ainda devem de trabalhar...

Acho que é uma questão de mentalidades pois no interior os avós gostam de estar presentes na vida dos netos e se isso facilitar a vida dos filhos em não pagar um infantário e deixar o neto bebé a cuidado de estranhos iam adorar... agora quando chegam perto dos 3 anos vão para a pré-escola e a avó só vai buscar e dar o lanche e os pais vão buscar a casa da avó, porque de manhã são eles a ir coloca-los na escola...

Se olharem pelo prisma Lx e afins notam logo n diferenças de mentalidades... Em que muitas vezes aqui em Lx mesmo tendo família próximo pouco se visitam, já no interior do país é muito frequente os almoços de domingo, e jantares semanais com os pais .... conheço pessoas que almoçam todos os dias com os pais pois trabalham e ao almoço vão lá.... se perguntares aos pais se não se sentem explorados a mulher responde logo então se tenho de fazer almoço para o marido faço tb para o filho ou filha e assim come comida caseira...

Lá esta a mulher está em casa e o marido ainda trabalha, os filhos são casados e mesmo assim continuam a visitar os pais muitas vezes durante a semana e fim de semana...

Em Lisboa não vejo isso a acontecer tantas vezes.

Penso que o estudo se refere a avós que têm disponibilidade para tomar conta dos netos, mas não o fazem, pois é aí que reside o âmago da questão. Quanto ao resto, acho que, mais uma vez, estás a generalizar Wink

Eu sou de uma cidade, os meus pais não tomam conta do neto, apesar de a minha mãe passar muito tempo em casa e poder fazê-lo e, pasmem-se, almoçamos juntos todos os dias da semana, em casa dos meus pais (os meus avós incluídos, quando eram vivos)! Não percebo a relação de não toma conta do neto então não acompanha o crescimento... Volto a dizer, nós somos muitos unidos, mas quer eu quer a minha irmã nunca ficamos a cargo dos nossos avós, nem o meu sobrinho fica. Isso não implica que não nos vejamos todos os dias ou que sejamos uma família disfuncional, que não quer saber uns dos outros.

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