Amor Traição e Facebook | A Nossa Vida

Amor Traição e Facebook

Retrato de Borboletinha12
21.11.2017 | 19:23
Borboletinha12:
Membro desde: 21.11.2017

Olá a todas/os, abri este tópico pois preciso de desabafar e da vossa opinião.

Fui casada alguns anos com um homem que em tudo parecia o homem da minha vida, até que com o passar dos anos foi-se transformando e ficando cada vez mais violento. Chegámos a um ponto da nossa vida em que sair de casa era para ir ao supermercado ou ao shopping. Deixou de me fazer surpresas, eu dizia-lhe "amo-te" e ele nem um "eu também" conseguia dizer. Ele vivia para o trabalho, tinha vários e era muito, muito poupado. Não me lembro de ter um bolo de aniversario feito numa pastelaria
Com o tempo eu fui ficando cada vez mais distante e deixamos até de ter relações. Chegaram a passar 3 meses sem que nada acontecesse. Eu não tinha vontade. Ele tinha, dizia-me que tinha necessidades enquanto homem, mas durante o dia não me mimava para que eu tivesse vontade de algo ao final do dia...
Eu fiquei mais chata com o tempo, ele mais violento, insultava.me, batia nos móveis e dizia que era para não me bater a mim, berrava com o nosso filho para descarregar.
Eu sentia-me num casamento de alguém nos seus 60'as. Pedi ao meu marido para fazermos algo, para fazermos terapia de casal ao que ele respondeu em tom muito agressivo que não ia fazer nada "dessas coisas".
Até que mudei de emprego, e conheci um homem que me deu muita atenção, que era muito cavalheiro, também estava divorciado e também tinha um filho e apaixonei-me por ele!
Nunca nada aconteceu entre nós, apenas conversa e vontade que acontecesse e eu logo contei ao meu marido o que eu andava a fazer. Não me sentia bem comigo mesma, afinal eu estava a trair (?).
O meu marido ficou muito abalado, disse que ia mudar, disse que ia fazer tudo para voltarmos a ser felizes. Mas eu não acreditei. Ele já tinha tido essa conversa muitas vezes e nunca mudou.
Saí de casa, pedi o divorcio e fiquei com o homem que parecia ser o meu príncipe. Engravidei passado um mês, foi descuido mas o bebé era muito bem vindo.
Foram meses muito felizes, ele insistiu que eu ficasse em casa para ter uma gravidez calma e mesmo agora que o bebe ja nasceu, continua a providenciar tudo para que eu fique em casa, a cuidar do bebé.
Até que descobri, que ele fala com mulheres pelo facebook e pelo watsaap. Não sei se ele já me traiu pois ele está fora o dia todo.
Ele continua a ser muito bom para mim, trata.me como uma rainha, diz que me ama TODOS OS DIAS, leva-me a passear, quando me visto para sair, nem que seja para ir ao centro de saúde, diz me sempre que estou linda.
Eu vejo realmente amor nos olhos dele e por isso não entendo porque faz isto.
Na sua relação anterior, ele já foi casado, e já teve namoradas, disse-me que acabaram porque foi traído. Na altura eu pensei "caramba, foste traído por TODAS as tuas namoradas?" Agora penso se não teria sido ele a trair e fico confusa.
Será que o devo confrontar? Devo dizer que sei o que ele faz?
Obrigada por puder partilhar convosco.


Retrato de teixeira802
Sex, 24/11/2017 - 14:18
teixeira802:
Membro desde: 12.08.2014

acho que no teu testamento já respondeste as tuas próprias duvidas. o teu marido teve culpas mas tu também as tiveste. optaste pelo "amante" e engravidaste(acho uma loucura) e agora o mesmo obviamente anda a trair-te (pois como deves perceber não é normal uma pessoa comprometida andar a falar com outras pessoas). resumindo saíste de um problema e meteste-te noutro.

Retrato de Tony Chopper
Seg, 27/11/2017 - 01:34
Tony Chopper:
Membro desde: 28.08.2017

Tens que ponderar se queres continuar com o teu namorado ou não, porque se decidires não continuar e terminares, já tens "muita bagagem" (dois filhos de dois homens diferentes) e duvido que haja homens no futuro (e as famílias deles) que consigam aceitar o facto de já teres dois filhos de duas relações anteriores...

Sou-te sincero, se uma mulher me dissesse que tinha dois filhos de dois homens eu perdia logo o interesse e não dava mais conversa...

Retrato de Tony Chopper
Ter, 28/11/2017 - 02:29
Tony Chopper:
Membro desde: 28.08.2017

Totalmente de acordo elementar Grim! És dos meus!

Tem mais desvantagens do que vantagens: ter que sustentar os genes de outro homem sob pena de desenvolver amor pelo filho de alguém que possivelmente mais tarde nunca se atreverá a chamar-lhe "pai" ou a reconhecer o que se fez por ele; o filho surge sempre em primeiro lugar, bem como as suas prioridades; não dá para disfrutar do princípio da relação a dois nem da relação antes dos filhos como viajar à vontade, ir ao cinema, passear, jantar, ir a concertos e fazer coisas com mais liberdade porque as saídas vão ser sempre a três; a ilusão de que aquela mãe solteira parece a mulher perfeita na verdade é mentira porque ela quer arranjar um pai para o filho então simula-se como sendo uma excelente mulher, romântica, dedicada, carinhosa, "hard-working" que não se consegue entender porque é que outro homem a deixou fugir, com o tempo revela-se finalmente; normalmente desenvolvem um amor obssessivo pelo filho desamparado do pai e por isso o filho vem sempre em primeiro lugar "no matter what"; vai haver sempre outro "macho" ao barulho, o pai... que vai buscar filho, levar o filho, mais a família dele que envenena o filho contra a mãe e contra o padrasto - como pode viver um homem sossegado se tem de competer contra o pai biológico pelo amor e atenção dum filho que não é dele?; se se decidir a ter um filho com ela vai ser uma luta biológica entre os dois meios-irmãos e o pai instintivamente vai sempre ter mais amor pelo filho do seu sangue o que criará problemas entre os meios-irmãos; sai mais caro do que ter uma relação com uma mulher sem filhos e acaba por se gastar muito mais dinheiro...

Isto é um cenário de uma mulher com filho ou filhos de outro homem; uma mulher com filhos de homens diferentes já é algo "pretty messed up"! Foge, ter que levar com os dois pais dos putos mais as famílias deles... Dass...

Retrato de Psst
Sex, 13/04/2018 - 11:19
Psst:
Membro desde: 28.04.2017

Tony, acho que fizeste uma salada de de russa e misturaste todos os cenários possíveis num só.
No caso de filhos de pais separados acho que existem dois casos: ou o pai se está a cagar para o filho ou o pai quer estar presente.
No caso do pai querer estar presente obviamente que o filho vai estar também tempo com o pai o que faz com que a mãe tenha disponibilidade para planos a dois como concertos, cinema, passear, jantares fora, escapadinhas, etc…
Nestes casos o namorado irá gramar com o pai biológico esporadicamente, o melhor será ver como eles se dão, se forem corteses é fantástico, se existirem muitos atritos é tentar compreender o porquê e ver se as embirrações não são por existirem coisas por resolver…
No caso de o pai não querer saber do filho os planos a dois são muito mais escassos mas sempre há a possibilidade de se criar um núcleo familiar que no caso acima nunca irá acontecer, neste caso o namorado não tem de gramar com o pai, nem competir pelo amor do filho porque o pai biológico anda na vidinha dele e à distância.
Algo que é mito: uma mãe solteira nunca está à procura de um pai para o filho.
Uma mãe ou um pai o que menos querem é um outro elemento a meter-se na educação dos filhos e recentemente já vi a relação de um amigo terminar porque este começou a achar que podia dar educação ao filho da namorada quando estavam a namorar há uns mesitos.
Isto pode parecer cliché mas é algo que só sente quando se tem filhos: O filho é meu eu é que sei o que é melhor para ele. Por isso nenhuma mãe quer um "pai" à pressão para o filho.
No máximo o que podem encontrar é uma mãe a passar necessidades e que precisa de alguém para partilhar contas, mas isso é algo que dá para perceber.
Uma mãe com a vida orientada e minimamente organizada dificilmente deixa entrar um homem porque simplesmente já sabe que consegue muito bem viver sozinha, é independente e organiza a vida dela à sua maneira, não precisa de mais ninguém por isso acaba por ser muito mais selectiva, não vai virar a vida de pés para o ar por causa de um qualquer.
E sim, os filhos são prioridade mas todos têm as suas, geralmente a família vem primeiro e neste caso a família é o filho.
Há alguns estereótipos que já estão um pouco ultrapassados.
Mas isto é só a minha opinião.