As 7 coisas que deve saber sobre dinheiro | A Nossa Vida

As 7 coisas que deve saber sobre dinheiro

Na actual conjuntura económica, o nosso dinheiro não parece estar seguro em lado nenhum, nem mesmo numa caixa debaixo da cama! Quer esteja desempregada ou financeiramente independente, existem 7 coisas que deve saber sobre dinheiro para assegurar a sua estabilidade financeira, todos os dias, todos os anos.

1. Quanto gastar? Embora as nossas despesas variam muito, ou seja, conforme o nosso vencimento, a cidade onde vivemos, se ainda estamos na casa dos pais ou já temos casa própria, existem alguns princípios orientadores no que toca à elaboração de um orçamento mensal eficiente. Para começar analise estes números:

  • Renda/Prestação da casa: % do rendimento mensal líquido: 35-45% 
  • Automóvel/Transporte: % do rendimento mensal líquido: 15-25%
  • Alimentação: % do rendimento mensal líquido: 10-20%
  • Despesas mensais fixas (cartão de crédito, empréstimos…): % do rendimento mensal líquido: 10-20%
  • Contas domésticas (água, luz, gás…): % do rendimento mensal líquido: 8-15%
  • Saúde (seguros, consultas, farmácia…): % do rendimento mensal líquido: 8-15%
  • Pessoal (saídas, comer fora, cabeleireira, esteticista, SPA…): % do rendimento mensal líquido: 5-10%
  • Poupança/Investimentos: % do rendimento mensal líquido: 5-10%
  • Vestuário: % do rendimento mensal líquido: 3-5%

2. Por conta própria. Mesmo que decida abrir uma conta conjunta, assegure-se que tenha uma conta exclusivamente sua, aonde coloca pelo menos 10% do seu vencimento anual. Em contas conjuntas, qualquer pessoa pode “limpá-las” de um momento para o outro e, embora não queiramos ser pessimistas, é fundamental ter uma conta pessoal, até porque assim tem assegurada a sua independência financeira, as suas despesas privadas e pode criar um pé-de-meia para o caso de surgir alguma emergência.

3. Cartão de crédito: sim ou não? Embora todos conhecemos os perigos e tentações associadas aos cartões de crédito, é importante ter pelo menos um. Porquê? Por dois simples motivos: primeiro, é um cartão de independência, aceite em qualquer parte do mundo, em qualquer emergência; segundo, é a ferramenta ideal para ajudá-la a estabelecer um histórico financeiro credível e impecável o que, por sua vez, é imprescindível na hora de pedir empréstimos, por exemplo. No que toca aos perigos e tentações, somos adultos o suficiente para saber o que andamos a fazer com o nosso dinheiro, não somos?

4. Abra uma conta poupança reforma. Sim, mesmo que seja apenas um jovem de 20 ou 30 anos. Nestas coisas, quanto mais cedo melhor. Passamos a explicar: os planos poupança reforma permitem-lhe assegurar a reforma que quer ter e não aquela que lhe será atribuída. Embora os peritos digam que o ideal é pôr de lado 10% do seu vencimento para a conta poupança reforma, estes planos são flexíveis e mesmo que aplique o mínimo (1 ou 2% do seu vencimento), a longo prazo vai fazer-se notar, precisamente porque começou cedo. Para além disso, a maior parte destes planos podem ser utilizados para pagar os estudos dos seus filhos, ou seja, um investimento duplo.

5. Prepare-se para o pior. Como alguém um dia disse, a vida é uma lotaria e o que é certo hoje pode não sê-lo amanhã. Por isso mesmo, se ainda não tem, é fundamental explorar as diferentes hipóteses relativamente a seguros de vida, de saúde, de casa e de recheio da casa, para que possa realmente proteger cada aspecto da sua vida. Será dinheiro muito bem aplicado.

6. Organize-se. E se é extremamente importante preparar-se para o pior, se e quando essa altura chegar, é crucial estar 100% organizada. O que significa que precisa de ter todos os seus documentos num único sítio, ou seja, uma vez por ano, junte a sua informação financeira num local seguro – lista de contas bancárias, cartões de crédito, acções, empréstimos, apólices, PPRs, PINs – e informe alguém próximo (mãe, amiga, namorado) dessa localização. Assim, num momento de angústia ou de confusão, ninguém tem de perder tempo a adivinhar passwords e à procura de papéis decisivos.

7. Estabeleça relações financeiras sólidas. Se ainda hoje é o seu pai quem lhe trata de todas as burocracias bancárias, está na hora de mudar de estratégia. É importante conhecer e ser conhecido na sua instituição financeira, estabelecendo uma relação sólida com o seu gestor de conta ou o gerente do seu balcão, principalmente se tem lá conta desde que nasceu! Ao ter alguém que a possa ajudar com todas as suas dúvidas monetárias, é o seu dinheiro e estabilidade financeira que saem a ganhar. No entanto, não confunda confiança com ingenuidade – nunca assine um documento sem o perceber na íntegra. Talvez também esteja na altura de contratar um advogado, uma segurança extra para o que der e vier.

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