Tratar Ataques de Pânico e Ansiedade

...que não acho normal que ela te diga que tens uma personalidade fraquinha! Que raio de profissional é ela?

... que uma médica fale assim com um doente!

De qualquer forma, pode não ter cura mas tem tratamento! Já pensaste em consultar um psicólogo clínico? Acredita que a psicoterapia pode ajudar muito!

eu estou a ser seguida por uma neurologista e falamos imenso, um psicologo ou psiquiatra, mais ainda devia falar ...

realmente e melhor mudar... personalidade fraquinha? que raio de coisa para se dizer,

disse que tinhas "personalidade fraquinha"? Não acho uma medica "normal"!!!

Personalidade fraquinha? isso não existe...existem sim pessoas com mais dificuldades em lidar com as emoções, agora fraquinhas isso não!
Nunca acredites que és fraca! Nunca! Mesmo quando uma suposta profissiona o verbalizar...penso que yoga e meditação te fariam muito bem, a natação também.
beijinhos e força!

Olá, eu sofro do mesmo mal, agora está estacionado. Não tem a ver com personalidade, é uma coisa de certa forma traumática, nunca fica totalmente curado por causa disso, por ser traumático, mas melhora e bastante, é possível haver muita mais qualidade de vida.
Eu sou sincera, melhorei por ter feito uma terapia, por ter chamado as coisas pelos nomes, e porque a terapia me ajudou muito. Quem pode tomar medicação é optimo porque também é uma grande ajuda, mas eu não podia, um dos problemas que desencadeou o inicio das minhas crises de panico foi relacionado com um medicamento, e agora não tomo absolutamente nada que não conheça, sinto-me muito mesmo muito mal.

Já lá vão uns anos, melhorei e devo-o á pessoa que me fez terapia, só posso dizer que não era nem psiquiatra nem psicóloga. Das vezes que recorri ao psiquiatra só me entupiu do que me fazia pior, medicamentos. E quando eu falava nem me ouvia, atropelava tudo o que eu dizia.

Mas devo dizer-te, parte tudo muito de nós, só quando aprendemos a controlar o nosso psicológico é que conseguimos controlar as crises antes delas ganharem força.

Sê forte e procura outro psicólogo/psiquiatra antes de mais, esse não presta simplesmente. Qualquer coisa dispõe.

Também não acho normal...
Os meus ataques também estão controlados e a minha médica sempre recorreu a tudo antes da medicação e consegui dar a volta, neste momento tomo 2 ou 3 Valdispert se me sinto mais ansiosa e recorro aos exercicios que ela me ensinou para não evoluir.
Como gosto muito de ler ela disse-me para pegar num livro quando me sentisse assim e concentrar-me e resulta, quando me lembro já passou. Acho que a tua médica nãoé normal de todo.

Olá,

Eu tb sofro de ansiedade e já tive alguns episódios de ataques de panico.
Desde que me divorcei e, depois de vários episódios bastante desagradáveis que passei após o divócio, que comecei a sofre de bastante ansiedade que me levou a ter alguns (não muitos) ataques de panico.

No ano passado recorri a uma pscologa, mas não senti mtos resultados. Ia lá, contava-lhe como me sentia, ela ouvia-me, falava comigo, aconselhava-me. Nesse dia tudo corria bem, mas no dia seguinte voltava tudo ao mesmo. Ela nunca me receitou medicação porque não era bom para mim o meu corpo habituar-se a esse tipo de medicação, e eu até agradeci pk tb não gosto muito de tomar essas coisas.

Entretanto, deixei de ir pk me sentia muito mais forte.

A verdade, é que, ao contrário do que acontecia anteriormente, eu deixei de ser uma pessoa forte e já não sei como lidar com as pessoas à minha volta. Estou sempre com medo de fazer algo que as possa magoar, decepcionar, qualquer coisa que as possa lesar. Não gosto de ser assim, de me sentir assim. Tenho muitas saudades do meu EU de antigamente. Tenho muitas saudades de ser forte, de conseguir aguentar apressão.

O que me preocupa mais é que desempenho um cargo com alguma responsabilidade e onde existe alguma pressão e essa ansiedade já se fez notar, o que não abona nada a meu favor. E agora até tenho medo de perder o meu emprego.

Desculpem este testamente, mas sempre me ajudou bastante escrever tudo aquilo que sentia. Deixa-me mais aliviada.

Olá,
Eu felizmente não sofro desse problema, mas a minha filha sim. A ajuda de psicologos realmente não deu em nada. Ela toma medicação, foi uma ajuda a nivel inicial, mas não foi o que fez a diferença. Procurei também terapia e não encontrei respostas à altura. Tudo isto para dizer que não és fraquinha, nem a única, longe disso.

Bem, se ninguém podia ajudar a minha filha, tentei pelos meus meios fazer algo. Informei-me o mais que pude e resumidamente concluí que se por um lado se deve descobrir a(s) razão que desencadeia esses ataques, por outro não nos devemos centrar apenas em nós mesmos. Daí a sugestão que te deram para o desporto, ou outra actividade que te possa ocupar o cérebro de forma "despreocupada". E aos poucos deves tentar enfrentar os teus medos, ao teu ritmo, mas nunca fugindo deles. É muito importânte, se não fundamental teres alguém do teu lado que te apoie e te motive, seja psicologo, amigo, mãe... para que chegues a bom porto. Será uma coisa que te acompanhará para a vida, mas ganharás armas para combateres quando te sentires ires a baixo e reagires a tempo. Força, acredita em ti e vai em frente, nunca admitas que deitem a baixo!
Ah, se gostares de escrever, faz uma espécie de diário. Ao pôres no papel, vais ver que começas a ver as coisas com outros olhos, mais leves.

Dou-te toda a razão Natura. Eu tambem tinha ataques de pânico, parecia que ia morrer. Corri montes de psiquiatras e neurologistas, tomei montes de medicamentos. Estou neste momento a fazer um tratamento natural que comecei á 1 mes e meio e sinto-me muito melhor e já nao tomo calmantes. A pessoa que me o aconselhou disse que não é nenhuma cura pois não existe mas que me iria ajudar a controlar os ataques de panico e a sentir-me muito melhor. De momento estou bem melhor. Bjinho

Revejo-me completamente no retrato que a Susana81 faz. No meu caso os ataques de pânico, surgem na sequência de crises de Síndrome de Intestino Irritável.

Nunca procurei ajuda para os ataques em específico, porque felizmente consegui reduzir o número de ataques pelos meus próprios meios. Os meus ataques eram mais frequentes nos transportes públicos (levo entre 1h15 e 1h45 para cada lado em 3 transportes) e tive de ir utilizando algumas técnicas como a da leitura, ir à casa de banho nos transportes em que isso era possível, viajar junto à porta dos autocarros para apanhar ar... Enfim, por vezes consigo reduzir a utilização desse tipo de estratégias mas nem sempre é fácil. Por vezes tenho mesmo de utilizar os calmantes também.

É fundamental utilizar a respiração, e em cada ataque aceitar o medo e reconhecê-lo como apenas medo. Enfim, acho que a meditação poderá dar uma boa ajuda neste campo.

susana81

Paracia que estavas a falar de mim e só de mim. Sou tal e qual como. Nem imaginas como fico quando erro ou quando magoa alguém.

Ainda esta semana tive um ataque desses em casa.

Como já referi, tenho um cargo de alguma responsabilidade, e irrita-me quando peço alguém para fazer determinada tarefa e essa pessoa arranjar desculpas para não a fazer. Nem me chateio muito, acabo por a fazer ou até sou capaz de acumular mais uma responsabilidade.
À custa disso, há uns dois meses atrás cabei por acumular uma tarefa bastante pesada que acbou por ter consequências menos boas para mim. Á 15 dias, depois de um dia intenso de trabalho devido a essa tarefa acumulada, fui-me de tal forma abaxo que entrei quase em desespero. A partir dai todo o meu trabalho começou a correr mal. Tudo o que eu fazia, tinha sempre erros. Resultado: a minha patroa mandou-me pora casa para descansar a cabeça, enquanto ela iria reorganizar as coisas. Até acesso ao email me retirou. Nesse dia, quando cheguei a casa, contei tudo ao meu namorado que me deu o maior apoio possivel. Mas acabei por quer me isolar e ter um ataque de panico. Fiquei de tal modo assustada com a situação que deixei de conseguir respirar. Ele acabou por me acalmar e fez um cha e deu-me um comprimido para dormir.
Hoje estou mais calma e tranquila.
Não nego que tenho receio de perder o meu emprego, porque adoro o que faço e acredito no projecto para o qual trabalho. Mas se isso acontecer, vou levantar a cabeça e seguir em frente.
apesar de Portugal estar a passar por um periodo complicado, penso que trabalho não me há-de faltar.

Vamos ver como vai ser.

Olá a todas que infelizmente sofrem do mesmo mal,

Os meus ataques começaram quando houve uma mudança a 180º na minha vida. Vim com os meus pais para Portugal de um pais onde nós estávamos emigrados.
Vim com 15 anos. Aquela idade tão complicada. Vivi 13 anos da minha vida fora de Portugal. Não conhecia ninguém, mal sabia falar a língua. Lá era a melhor aluna da turma, tinha imensos amigos, resumindo: estava feliz.

Foi um choque para mim essa transição. Tirar 10 nos testes, quando eu lá tirava 18 nos testes. Não conhecer ninguém. Não conhecer os costumes. Foi uma fase MUITO complicada. Comecei então com os ataques de pânico. Percorri tudo o que era medico (psicólogo, neurologista etc) e por ultimo, felizmente encontrei uma psiquiatra que me ajudou imenso. A minha única solução era realmente a medicação. Consegui superar aos poucos. Deixei o ano passado o antidepressivo. Estou a tomar um calmante MUITO pequeno, que o médico diz que não tem mal tomar se me sinto bem. Mas quero o deixar.

Resumindo, acabei o 12º com 15 valores, sem nunca reprovar uma disciplina. Entrei para a minha primeira opção na universidade (apesar que não era o curso que queria seguir, mas infelizmente na altura para professora era complicado arranjar emprego, agora é para todos). Terminei com 13 valores.

Sinto me muito orgulhosa de tudo que consegui!

Só que infelizmente vejo me numa situação tão triste e que cada dia que passa desanimo ainda mais. Já coloquei alguns posts na fórum acerca do meu trabalho. Estou a cerca de 1,5 ano a tentar arranjar emprego na área onde me formei, mas está MUITO complicado. Estou numa empresa que cada dia que chego a casa não quero voltar para trás…mas tem que ser, temos de ser fortes. Ir embora talvez seria pior, digo eu.
Já consigo identificar um ataque de pânico e não tenho de tomar nada (ate a data de hoje) para o controlar, antes teria de recorrer a um SOS. Mas isso demorou cerca de 4 anos a conseguir controlar. Meninas que se revejam nessa situação, tenham calma, pois com tempo vão se apercebendo da melhor forma como os controlar. Infelizmente, só quem passa por elas é que sabe o que realmente é. É horrível sentir a sensação de morrer. Por vezes existem pessoas que não compreendem o que é. Ainda são capazes de gozar com a situação. e não, não estamos a fazernos de "coitadinhas". É real, é verdadeiro.
Espero conseguir ultrapassar esta fase tão complicada. Não quero, de maneira alguma voltar ao estado em que estava.

susana81 wrote: Para a Mansotania e outras meninas:

Qual é a população atingida?
As pessoas que tem o Transtorno de Pânico, em sua maioria, são pessoas jovens (faixa etária de 21 a 40 anos), que encontram-se na plenitude de suas vidas profissionais. O perfil da personalidade das pessoas que sofrem do T.P., costuma apresentar aspectos em comum: geralmente são pessoas extremamente produtivas à nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, são bastantes exigentes consigo mesmos, não convivem bem com erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, alto nível de criatividade, perfecionismo, excessiva necessidade de estar no controle e de aprovação, auto-expectativas extremamente altas, pensamento rígido, competente e confiável, repressão de alguns ou todos os sentimentos negativos (os mais comuns são, o orgulho e a irritação), tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo, entre outras. Essa forma de ser acaba por predispor estas pessoas a situações de stress acentuado, fato este que pode levar ao aumento intenso da actividade de determinadas regiões do cérebro desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e consequentemente o aparecimento do T.P..

Vale ressaltar ainda que alguns medicamentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc), podem aumentar a atividade e o medo promovendo alterações químicas que podem levar ao T.P..

Citei a frase da susana81 pois identifico-me completamente. Sou perfecionista. Não quero desiludir ninguém. Sem dúvida alguma a definição descreveu-me desde a primeira palavra à última. Obrigada por ter partilhado.

[quote=susana81]ligpereira
Parece que me descreves-te a andar em transportes publicos. Quando começou a ser tao dificil andar neles, comecei a ir de carro para o trabalho, mas nao sei o que é pior, estar dentro de um transporte publico que de x em x tempo abre a porta, ou estar no meio do transito, com carros a toda a volta, numa estrada que nao tem saidas por pé, e estar ali fechada durante horas...]

Curiosamente para mim conduzir até nem é o pior porque me concentro na condução, mas também nunca fiz distâncias longas ou com muito trânsito porque não tenho coragem. Pelo menos nos transportes pode-se sempre sair algures... Já quando são outros a conduzir, céus parece que estou totalmente fora de controlo sobre o que se passa e pode ser mais complicado

[Que sindroma é esse do intestino? eu na minha primeira fase de ansiedade quando começava a sentir-me mal tinha medo de desmaiar e entrava em pânico, andei numa terapeuta, que me conseguiu tirar o medo de desmaiar, mas depois o medo passou para quando me dá vontade de ir á casa de banho! se sinto vontade de ir ao wc, nao sou como as pessoas normais "apertam" até estarem num local com wc, eu começo logo a ficar em panico, e se nao há casa de banho, ja aconteceu ter de ir para o meio de uns aburtos!!!
Basta eu estar num sitio, que nao tenha wc, e posso estar normal, mas senao houver wc é certo para me dar vontade de ir ao wc!]

Pois comigo é igual, com a agravante de que o meu SII que é uma outra manifestação física de ansiedade, dá para ter diarreia, no meu caso (desculpem meninas mas para explicar tenho de ir a estes pormenores). Portanto, por vezes o pânico é de uma vontade de ir à casa de banho "imaginária", mas outras vezes não é mesmo. Felizmente o facto de ter descoberto ter intolerância à lactose e o controlo da mesma por dieta/comprimidos tem ajudado a ter menos crises de SII e consequentemente menos ataques de pânico, mas ainda assim de vez em quando...

Eu também já tive vontade de vomitar em simultâneo. É horrível, parece que a comida tem de sair de qualquer maneira....

No meu caso foi diagnosticado o sii porque eu recorri ao gastroenterologista, foram-me feitos exames e não foi detectado motivo físico para este problema.

eu tambem sou muito ansiosa
tenho medo de muita coisa no q toca a saude, ainda agora estou com uma sinusite e fico cheia de medos. Como tive febre estava com o coraçao um bocado acelerado e eu ja estava cheia de medo q me desse uma coisa.
alem de que fico sem fome nenhuma e ja sou magra o suficiente. adorava ser daquelas pessoas que levam tudo na desportiva.

eu comecei a sofrer de atakes a cerca de um mes... e sinto mesmo que vou morrer, ando mesmo muito assustada com isto =(