Quase um ano depois.. Ainda dói.
Sou o tipo de rapariga que as pessoas parecem gostar. Não sou uma beleza, mas considero-me bonita. Gosto de vestir bem. De ter o cabelo suave, seja para esvoaçar com o vento ou para ter num rabo de cavalo engraçado. Gosto de usar salto alto e fazer das ruas uma passerelle ou usar sapatilhas e andar como se saltitasse como as crianças quando andam de mãos dadas com os Pais.
Já recorri à V/ ajuda por problemas na relação que eventualmente terminou. Suportei coisas que não devia ter suportado. Andei calada durante um ano, achando que tudo ficaria bem e seria “normal”. A verdade é uma: sempre fui tão insegura na relação, algo que acho que fez com que ela corresse de forma tão tremida constantemente. Eu não conseguia confiar, não gostava lá muito de mim... Levei no focinho. Sim, literalmente. Não fiquei com a cara inchada, lábio arrebentado e com negras. Não precisei de usar maquilhagem para esconder. Fiquei dorida de umas espécies de pontapés que levei. Uma negra no braço que facilmente dizia que “bati contra alguma coisa, nem senti e olha só como ficou!” e as pessoas admiravam-se. Aconteceu uma. A segunda foi apenas uma espécie de pancadazita. Discutíamos no carro, queria deixar-me no meio da cidade de noite e eu que fosse a pé e recusei, virei-me na altura errada e em vez de levar uma “paulada” na cabeça, levei em cheio no nariz. Não sangrou. Só ficou dorido. Nessa noite deixou-me no meio de nenhures, sem uma única indicação de onde estava. Mas andava às voltas com o carro, para vigiar. Quando percebeu que tinha conseguido pedir ajuda, ficou chateado. Só mais um pouco. Quando corri para a boleia, quase que levei um pontapé no rabo, como se chuta uma bola, sabem? Desta vez foi só mesmo quase. Só senti a biqueira do ténis. A última foi leve. Apenas me amarrou pelo pescoço e encostou-me a umas sebes de onde estávamos. Não doeu. Só senti que não corria ar pelos pulmões.
Eventualmente, quando acabou, contei às minhas amigas. Depois contei à minha Mãe. Ainda falavamos. Foi passando. A mim não passou. Somos amigos. Ou eu sou amiga. Ele só me responde quando os amigos estão todos ocupados. Ele já nada sente por mim. Eu continuo a pensar nele. Já lá vão 9 meses. Não é muito. Nada.
Hoje gosto de mim. Sei que gostam de mim. Comecei agora a ter encontros. É engraçado. No fim da noite acaba sempre, nem que por milésima de segundo, por me vir a lembrança dele. Não gosto. Não quero lembrar-me dele. Não é assim tão bonito. Mas é mesmo o meu tipo. Quando não era mau, era um homem fabuloso. Quando não era mau, nem calado ou amuado.
Desculpem. Isto não é mais do que um pequeno grande desabafo que tinha de fazer. Só precisava.
Obrigada e 
para todos !
Tu própria sabes que és bonita, interessante, elegante... se calhar não tens muita força, mas parece-me que ainda não encontraste alguém que te faça sentires-te bem contigo mesma. Esse sujeito já revelou que... vale pouco a pena, para não dizer coisa pior. Não queiras ter ao teu lado alguém que não se preocupa contigo, que te agride e te faz passar por este tipo de coisas. Isso com o tempo acaba por passar, acho que te devias afastar dele... de vez. Conhece outras pessoas, sai com amigos, diverte-te.
Desculpa dizer isto, mas um homem que bate uma vez bate sempre.
E o grau de agressividade normalmente aumenta.
Deixou-te no meio do nada e ainda gostas dele?
Desculpa mas para mim não dava. Eu já tinha posto ponto final para SEMPRE.
Ah e quando encontrares verdadeiramente uma pessoa que te ame vais ver que chegas à conclusão que a outra pessoa foi mesmo um erro.
Boa sorte.
O teu testemunho é corajoso, a forma como o descreves digno de um relato de uma associação de apoio à vitima. Mas não mereces a história...ninguém a merece. Esse Homem é um porco, não passa de um animal.Para esqueceres tenta não lembrar as fases "lua de mel" que ele te fazia crer que gostava de ti...esquece isso e lembra-te e tem como certo que muitos homens vivem sempre com as suas mulheres em lua de mel...respeitando-as, amando-as e fazendo questao de mostrar isso por acções. O que tinhas não era um namorado...Era um terrorista emocional. Toca a esquecê-lo e segue o conselhoq ue ja aqui te deram: uma vez agressor sempre agressor! E mesmo que ainda venhas a duvidar um pouco que seja desta afirmação então lembra-te do que ele te fez um dia, jamais perdoes alguém que te pisou e fez sentir como lixo! Boa sorte na vida, ainda vais conhecer o paraíso amoroso vais ver 
Se não tens problemas de auto-estima como é que consegues gostar de alguem que te bate e te humilha dessa maneira? Ou gostas de levar porrada ou então não sei o que será! E é claro que ele já não sente nada por ti, a questão é:será que alguma vez sentiu? Quem gosta não trata a pessoa amada dessa maneira.
Desculpa a brutalidade das palavras, mas às vezes é preciso ser-se assim para que as pessoas abram os olhos.
Obrigada a todas pelas opiniões ! Quero que entendam que não é fácil. Muitas dizem que "ah e tal, ele bate tens de o deixar!" não é tão simples. Caso contrário... Oh, quantos e quantos casos seriam automaticamente denunciados. Não é fácil. E sim, é possível gostar de alguém.
À menina que coloca a dúvida se ele alguma vez gostou de mim? Gostou sim. Sei-lo bem. Com muita "pena" minha, ele é alguém que tem muitos problemas que já vem de trás, e infelizmente... Não aceita que poderá precisar de ajuda para os tornar passado.
Cria-se sempre uma ilusão, porque nós sabemos que eles nos amam... Mas nunca mudam. Jamais. Agradeço a "brutalidade", mas garanto-lhe que não é com essas palavras que vai ajudar alguém. Diz que não gosto de mim? Gosto. Bastante. Quando estava com ele deixei de gostar e acredite que foi um processo duro até aprender a gostar novamente de mim. Mas hoje... Todos os dias, antes de sair de casa, faço questão de me olhar ao espelho e dar um sorriso a mim própria. Não é narcisismo. É sim dar um boost ao inicio do meu dia, se começo o dia com um sorriso... Sabe bem
A ele, não lhe desejo nada mais do que muita sorte e muita felicidade na vida dele, desejo que encontre alguém que faça por ele o que não consegui fazer e que o mude. Que ele deixe toda a raiva e rancor para trás.
Quanto a mim... Custa-me apenas aceitar, provavelmente porque dei tanto de mim... E enfim. Mas estou no bom caminho, eu sei. Há muito que saio com as amigas e me divirto. É agora estranho começar a ter encontros e leva-me sempre a pensar no dito cujo pois muitos não são tão .... Coisos, como ele era nos dias bons. Mas quando aparecer o tal... Sei que tudo passa.
Hoje talvez teria tido uma atitude diferente quando aconteceu o 1.º episódio. Provavelmente nem deixava chegar a tanto mas... Tá feito, tá aprendido, tá arrumado.
Um beijinho a todas
E obrigada por entenderem...
Olá,
Que pena que estas coisas acontecem… custa sempre a habituar-nos à ideia de que o nosso amor, tudo o que demos, não foram o suficiente para que a outra pessoa parasse de magoar.
Claro que ficamos sempre a desejar que o outro encontre alguém que o faça feliz e que o ajude, mas no fundo custa a habituar e a encarar o facto de não termos sido nós a conseguir ajudar.
Mas se ele não quis, fizeste bem em seguir a tua vida, principalmente porque nada justifica as agressões físicas!
Quanto aquela “cena” que queres voltar a sentir, se calhar nunca mais vais sentir algo igual ao que sentiste com esse (é passado!)… mas o que não quer dizer que não voltes a sentir algo muito melhor e que o “teu tipo” não esteja aí a virar à esquina numa versão muito melhor 
Fazes bem em ir a encontros e espero que consigas encontrar o que queres. Se calhar no início vais ter a tendência de comparar com o outro, porque vem a nostalgia, mas isso tem de passar, né?
Força
Bitsy wrote: ...Com muita "pena" minha, ele é alguém que tem muitos problemas que já vem de trás, e infelizmente... Não aceita que poderá precisar de ajuda para os tornar passado.
A ele, não lhe desejo nada mais do que muita sorte e muita felicidade na vida dele, desejo que encontre alguém que faça por ele o que não consegui fazer e que o mude. Que ele deixe toda a raiva e rancor para trás.
Quanto a mim... Custa-me apenas aceitar, provavelmente porque dei tanto de mim... E enfim. Mas estou no bom caminho, eu sei. Há muito que saio com as amigas e me divirto. É agora estranho começar a ter encontros e leva-me sempre a pensar no dito cujo pois muitos não são tão .... Coisos, como ele era nos dias bons.
Pelos quotes que deixei, na minha modesta opinião sugiro a leitura do "SOS Manipuladores". Vais ficar mais tranquila relativamente aos momentos bons. Chegarás à conclusão que foram momentos ilusórios.
Essa ilusão em que viveste não foi nada mais do que isso...
Esse fdp merecia levar uma carga de porrada de cada vez que te fez o que te fez...
Gostei da maneira como escreveste, parecia que estava "lá"... Se me fizessem isso a um filho, ai ai...
Novamente, obrigada a todos pelos comentários Sinceramente, hoje acho importante relatar este tipo de situações. Mais que não seja para aliviar um pouco o "nó"...
Se fosse hoje... Depois da 1.ª vez, mal pusesse os pés na minha cidade, tinha ido direitinha à GNR. E não hesitava. Na altura, oh na altura... Lá me passava tal coisa pela cabeça.. Estragar-lhe a vida, oh tadinho. Imaginava eu que pobre dele, se alguém soubesse o que ele fez, ia ficar tão mal.
Acho que das piores coisas nessa 1.ª situação... É eu estar segura que alguém viu. Foi num casamento. Bem longe da minha terra. 100 km. Topo da Serra do Marão. Uma quinta linda, cara da riqueza mesmo. Tinha tudo para passar momentos fantásticos com ele e com a família mas aí... Ele decidiu estar num dia de "se quê", estava cá a família de fora. Tinha de se armar em tudo que não era. Deixou-me lá sozinha enquanto se divertia.
Fui dançar, divertir-me e fazer croché com o pessoal da 3.ª idade como ele queria, certo? Claro que não. Estava a divertir-me tanto, conheci pessoal da minha idade.. De repente estava sentada numa cadeira com segurança ao lado e não podia levantar. Estava provocando. Seduzindo todos os outros. A noiva chamou-me para dançar. Tinha qualquer coisa a amarrar-me, estranho.
Fugi. Não podia fumar em frente da família dele, seria uma desencaminhadora. Acendi o cigarro num canto escuro. Ouvia as vozes. Via todo o mundo ao longe. Respirei. Doeu-me o braço. Depois a perna. O pé. A cabeça. O outro braço. O mesmo. Por algum motivo a minha maquilhagem desbotou. Parecia um panda. Implorei... Disse que gritava. Riu. "Grita, ainda vão dizer para dar mais". M*rda de homem.
Passou um rapazito que lá conheci. Saiu com a namorada, disse-me adeus. Respondi. Mais uma dor estranha. Fugi. Recebi uma mensagem. Alguém me vigiava. Estava a pedi-las. Sentei-me sozinha. Sozinha acabei a noite. A família no dia seguinte brincava que estávamos outra vez chateados. Outra vez. Sorri. Coisas da vida. Contei as horas, os minutos, os segundos. Nesse dia odiei-o. Desejei que caísse pela encosta e terminasse no Rio Douro. Ninguém sabia. Toda a gente palpitava. Eu era manienta no fim de contas. Sempre de trombas, zangada com ele. Comia pouco. Não sabiam para que ia com ele se ia fazer cenas. Coitado dele.
Se fosse hoje... Oh. Quem me dera. Provavelmente com a sede de vingança dele... ainda acabava eu morta. A sério. Mas...
E afinal... Já não me lembro tanto dele assim
Um abraço para todos/as !
A minha Mãe unicamente me disse... "Minha filha... O teu Pai que nunca saiba disto" - ela, pobre Mommy...Acho que lhe parti o coração quando contei. Acho que também se sentiu culpada, nunca deu por ela. Sentiu raiva - pelo que fez, por tantas vezes lhe ter aberto a porta depois do que ele fez.
Ainda há coisa de dias, assim do nada... Soltou umas palavras. Demonstrou a vontade de ter um tête-à-tête com ele... ou com a Mãe dele que me ligou uma vez tão magoada porque eu não gostava deles nem do filho e só o magoava... ou com o Pai dele que gozava com o carro que conduzíamos... que quando o meu Pai que tem espondilite anquilosante num grau extremo, caiu e se magoou gravemente disse que era só "manha" porque não tinha ido lá jantar.
Eu também gostava. Sinceramente gostava.
Continuo a gostar da maneira como escreves, cativa o leitor...
Já da "estória", não gosto nada, como é claro... Acho que o problema de muitas mulheres vítimas desta merd* é a primeira vez... A primeira vez é que vai determinar o futuro dessa relação, ou seja, a primeira vez devia ser o fim da relação, LOGO, DE IMEDIATO, ACABOU.
Eu sou casado, tenho os meus problemas com a minha mulher, como todos os casais têm, no entanto, por uma questão de educação, claramente, nunca sequer me passou pela cabeça levantar-lhe a mão, porque quando isso acontecesse eu próprio me separava imediatamente...
Olha, esquece esse bocado de lixo e sê feliz 
Membro desde: 08.10.2012