Paralisia fulminante dos membros inferiores de uma Labradora com 2.5anos | A Nossa Vida

Paralisia fulminante dos membros inferiores de uma Labradora com 2.5anos

Retrato de Kuri2010
26.05.2013 | 11:41
Kuri2010:
Membro desde: 26.05.2013

A Kuri é uma Labradora de 2.5 anos, com todas as características da sua raça. Vitalidade, apetite e um amor incondicional à condição humana. Na passada quinta-feira num usual passeio recusou-se a andar até que paralisou dos quadris traseiros. Entre clínica veterinária, ida a Coimbra a um Neurocirurgião e a quarentena em que se encontra estamos em pânico... Apelamos a quem tenha experiência, seja qual for a sua especialidade, que nos dê pistas sobre o que fazer.


Retrato de Kuri2010
Dom, 26/05/2013 - 11:43
Kuri2010:
Membro desde: 26.05.2013

O contacto do dono da Kuri é 917746055...

Retrato de Sorria
Dom, 26/05/2013 - 13:57
Sorria:
Membro desde: 16.05.2013

Olá Kuri2010
Nem sabes como fico triste quando vejo esses relatos. tenho um labrador lindo também e sei quanto nos apegamos a ele. Custa muito ver esses animais super amorosos sofrendo ou doentes..
Eu já tinha ouvido falar em displasia da anca. Não passei por isso com o meu mas vou deixar o que vi na net para te informares,se for necessário.

A displasia coxo-femoral, mais conhecida como displasia da anca, é uma doença típica das raças de médio e grande porte.

É uma deficiência hereditária que inibe o desenvolvimento da articulação coxo-femoral. A evolução da doença pode causar enfraquecimento ou mesmo paralisia das pernas traseiras. Alguns sintomas podem ser detectados:

O acto de levantar, subir escadas, ... é doloroso para o cão
O cão mostra pouca resistência ao esforço, cansando-se com facilidade
O animal mostra dificuldade em saltar

Só uma radiografia pode dar um diagnóstico exacto (pode ser a realizada a partir do primeiro ano de vida). As dores e inflamações podem ser tratadas por meios medicamentosos mas caso os sintomas se tornem mais graves poderá recorrer-se à implantação de uma articulação artificial (normalmente obtêm-se bons resultados com este procedimento).

Como medida preventiva deve evitar dar-se ração muito rica em fase de crescimento, deixar o cão saltar para cima de sofás, camas, correr em solos muito moles (como a areia), entre outros esforços que possam ser evitados.

Tratamento

Sendo um problema de ordem genética, torna-se difícil poder curá-lo. Existem diversificadas formas de tratamento cirúrgicas e não cirúrgicas. Um cão com displasia deve ser acompanhado por um veterinário que decidirá qual a melhor opção para o seu caso específico. A displasia é um problema que evolui ao longo da vida do animal, por isso é aconselhável visitas regulares ao veterinário e ainda uma observação atenta por parte do dono para que possa identificar alguma alteração no comportamento do cão.

Não cirúrgicos

Este tipo de tratamentos é utilizado em cães com displasia leve ou moderada. Visa sobretudo reduzir a dor e dar ao cão qualidade de vida. O plano de tratamentos passa pelo controlo do peso do cão, realização regular de exercício (natação e caminhadas) e administração de anti-inflamatórios. Fisioterapia é também uma opção a considerar.

Para além disso, o veterinário pode mostrar-lhe como massajar o cão: seja meigo com o animal, não se esqueça de que ele tem dores, apesar de não o mostrar. Comece de forma gradual a acariciar a zona da anca e depois com movimentos circulares trabalhe a zona da articulação.

Evite degraus, usando rampas. Não faça o cão saltar. Compre tigelas para a comida elevadas, para que o cão não tenha de se baixar para comer.

Existem ainda outras respostas não médicas, tais como a acupuntura, cuja eficácia ainda não está cientificamente comprovada.

Cirúrgicos

As técnicas cirúrgicas destinam-se a corrigir a malformação da anca. Os procedimentos mais comuns e mais eficazes são:

Osteotomia Tripla
Em cachorros, até aos 12 meses, pode-se recorrer a esta cirurgia, desde que não apresentem artrite. A pélvis é cortada (osteotomia = cortar osso) em três zonas distintas - púbis, ísquion e ilíon – e depois rodada no grau desejado. Para a manter nesta posição é aplicada uma placa e parafusos ortopédicos. A cirurgia demora entre uma a duas horas, mas o cão geralmente fica internado durante 24 horas.

O exercício deve ser limitado durante os primeiros três meses, tempo após o qual o cachorro já poderá ir à rua com regularidade. Durante as primeiras três semanas, o cão não deve sair à rua. Até aos dois meses, os passeios devem ser o mais limitados possível, apenas dando oportunidade ao cão de fazer as suas necessidades. Poderá ser necessário tomar antibióticos, caso o veterinário os receite. Não mantenha o cão num piso escorregadio. Esta operação é bem sucedida em 90% dos casos.

Prótese Total da Anca
Este procedimento é praticado apenas em cães com mais de dois anos, uma vez que os ossos necessitam de estar bem formados para suportarem os implantes. Não só com o objectivo de minimizar a dor, mas também de devolver a funcionalidade à anca e corrigir os erros genéticos, a cabeça do fémur é substituída. Esta operação tem uma alta taxa de sucesso, mas devido à sua complexidade convém seleccionar bem o veterinário para a fazer. A cirurgia demora entre duas a três horas.

No mês seguinte à cirurgia, os movimentos do cão devem ser limitados. Se o cão completar ano e meio com a prótese sem qualquer problema, então em princípio não necessitará de mais intervenções.

Dartroplastia
É um procedimento mais recente, para cães jovens que não têm as condições necessárias para uma Osteotomia Tripla ou Prótese Total da Anca. É uma cirurgia demorada, que pode levar 5 a 6 horas a ficar concluída, e ainda é considerada experimental. O objectivo é reduzir a dor sentido pelo cão através do transplante de osso da pélvis para reconstruir a articulação.

Osteotomia da Cabeça do Fémur
A excisão da cabeça do fémur é um procedimento utilizado em último recurso. Apesar de eliminar a dor e consequente permitir que o animal se sinta confortável, a mobilidade do animal fica reduzida. Os cães conseguem andar sem dor, mas não conseguem voltar a correr e a saltar normalmente. Os cães mais leves são os melhores candidatos a esta operação.

No que diz respeito à displasia, a melhor cura é a prevenção e a melhor prevenção é saber a quem está a comprar o cão. Escolha sempre um criador responsável e de qualidade.

Espero ter ajudado um bocado e desejo que não seja nada grave com sua cadelinha..

Beijinhos e força

Retrato de Freya28
Qua, 29/05/2013 - 20:46
Freya28:
Membro desde: 29.04.2013

O problema da cadelinha parece ser mais neurologico, a afectar a medula espinal do que ortopédico. Terá mesmo que ser avaliada por um veterinário, e será importante faze-lo o quanto antes. Se não houver a chamada "dor profunda" e se esperar que se resolva sozinho, a probabilidade dela alguma vez recuperar desce imenso.

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