Para ensinar uma língua, em primeiro lugar, é imprescindível ser-se fluente na mesma ou então não é bem ensinada. As línguas são para aprender a falar e escrever BEM. Muitos dos professores que aprendem línguas em Portugal têm uma pronúncia péssima e é isso que vão transmitir aos alunos.
Eu cresci e estudei num país de língua inglesa e dou explicações há mais de 20 anos a alunos desde a escola primária até à secundária.
Os alunos que tenho acompanhado, quando recorrem ao meu auxílio, vêm com muito maus hábitos transmitidos pelos professores no que respeita à pronúncia e pouco ou nada conhecem sobre "pequenos" pormenores que são importantíssimos como “artigo definido e indefinido”e outros.
Quando compõem um texto apenas colocam palavras traduzidas que, juntas, nada transmitem ao leitor baralhando-o até.
Eis algumas das grandes asneiras que trazem da escola:
>Carregam no “H” onde não devem e vice-versa.
>Não lhes é ensinado a pronunciar a letra “R” nem o conjunto de letras “TH”
>Pronunciam o “ED” em TODAS as palavras terminadas com essas duas letras (uma grande asneira ).
>E pior ainda, são-lhes ensinadas apenas as “regras” dos verbos o que acho uma grande perda de tempo. O que me interessa a mim, quando estou a falar, se o verbo se chama “PAST PERFECT”, ou “PAST SIMPLE” ou seja o que for? O importante é saber aplicá-los e não designá-los.
Como referi acima, fiz os meus estudos desde a primeira classe num país de língua Inglesa e NUNCA nos debruçámos sobre esse aspecto da gramática.
Se é para ensinar mal, mais vale nem se darem ao trabalho.
Concordo absolutamente!!!! Sou professora de Inglês e pratico BASTANTE com os meus alunos as terminãções, o TH, o "enrolar" da língua para pronúnciar o R... Além disso, desde que comecei a aprender inglês, sempre detestei os manuais. Muitas imagens, poucos exercícios, péssimas e vagas explicações... Penso que não é necessário serem professores nativos a ensinar, pois tb acho mto complicado qdo estes dão explicações EM INGLÊS ou então explicam as coisas em meias palavras. Por experiência própria, devo dizer que os prof. nativos raramente têm a verdadeira noção da dificuldade de ensinar o idioma e das dificuldades dos alunos.
O que é realmente importante ao ensinar qualquer idioma, é ter SENSIBILIDADE. Sensibilidade em termos de pronúncia, em termos de ensinar coisas práticas, de modo prático e funcional e não estar ali "cheios de 9 horas", em termos de ter noção das dificuldades.
Acho que fiquei um pouco "traumatizada", pois tive a infelicidade de ter PÉSSIMOS professores em termos de pronúncia e vontade de explicar e desenvolver... Péssimos, mesmo! Desde professores que pronúnciavam o TH como sendo S, uma professora indiana que falava inglês com pronúncia indiana, outra que falava inglês "à José Mourinho". Além disso pouco treinavam e pouco insitiam no desenvolver de diálogos, o que eu acho SUPER importante! Dps de se ensinar a gramática, é indispensável aplicá-la em termos práticos, fazendo por exemplo textos livres, criar situações entre os alunos que lhes permita explorar a criatividade, transmitir-lhes que não há problema em errar, pois só desse modo é que se aprende!!!
Qual a lógica do tópico?
Essa questão do aprofundamento da gramática aplica-se também ao português. Insistir em saber o nome do tempo verbal ou outras características "técnicas" da língua, em vez de as aplicar na realidade, é um grande erro. Concordo com a suprema importância da prática oral, acompanhada da escrita e leitura, obviamente, mas sempre de uma perspectiva do utilizador e não de um ponto de vista necessariamente linguístico.
E é uma pena que se fale tão mal inglês em Portugal. Talvez por essa complicação é que os alunos se desmotivam e desinteressam de uma disciplina tão importante e necessária para QUALQUER actividade.
Isto vem a propósito de??
É sempre fácil criticar, a Maria em 20 anos já tinha tido tempo de tirar o curso e vir dar aulas, não?
Dar explicações a um aluno ou um grupo pequeno de pessoas interessadas é uma coisa, uma sala com trinta alunos que mal falam português, é outra.
Eu acho que perceber a gramática é extremamente importante para se falar e escrever um língua correctamente.
Sei que muitos ingleses não aprenderam gramática na escola, e sei também que muitos deles têm grandes dificuldades a escrever na sua própria língua.
Claro que, para além disso, convém praticar imenso e conversar na língua que se está a aprender. Isso é essencial.
(só um aparte: nem todos os "english speakers" enrolam a língua ao pronunciarem os "r" - os ingleses não o fazem, por exemplo)
E agora pergunto eu: Há restrições para a colocação de tópicos neste site cujo título é “As nossas vidas”?! Ensinar e aprender idiomas não é uma matéria que faz parte das nossas vidas?! Os alunos não fazem parte dos nossos lares?!
Mais estranhos são os tópicos que estou a ver na barra do lado direito enquanto escrevo esta resposta: "As/Os Amantes", "Sexta feira 13 azar ou não", "Carro de gaja", aliás, os que vejo neste momento são todos estranhos! Mas tal como eu, cada um é livre de falar sobre o que lhe vai na alma desde que não ofenda o próximo, certo?!
De facto, os Britânico têm tendência para omitir o "r". Enquanto no Canadá se pronuncia "ár", referindo-me à palavra “are”, os Britânicos pronunciam “â”. Mas essa questão é sempre chamada à atenção quando estou a dar explicações e pergunto sempre aos alunos se preferem que eu utilize o sotaque Americano ou o Britânico não deixando de parte também o “t” que é pronunciado “t” na GB e “r” no outro continente em muitas palavras. Por exemplo: “guétting” vs “guéring” para a palavra “getting”.
Quanto ao que refere: "...muitos deles têm grandes dificuldades a escrever na sua própria língua." nem vou entrar em grandes detalhes mas deixe-me dizer-lhe que fico envergonhada quando leio mensagens da minha contabilista com palavras como "á" em vez de "à" e "à" em vez de "há" e isto é apenas o começo. Aliás, esses erros, especialmente o primeiro, são muito frequentes até em cartazes publicitários emitidos por tipografias de prestígio, documentos emitidos por "doutorados" e a lista seria infinita se eu continuasse.
Fico muito contente por me compreender e agradeço a sua participação!
...a Maria em 20 anos já tinha tido tempo de tirar o curso e vir dar aulas, não?
Dispenso o sarcasmo e Deus me livre de ser professora numa era em que a disciplina está practicamente em vias de extinção!
Já ensinei crianças em grupo (na era em que aínda havia alguma disciplina) e garanto-lhe que cada um deles, na escola oficial, foi destacado pelos seus conhecimentos. Inclusivamente, alguns até foram apontados pelos professores para darem apoio aos colegas que tinham dificuldades...a maioria!
Permita-me uma correcção ao português, o tão nosso português sobre este "tão nosso" site.
neste site cujo título é “As nossas vidas”?
Trata-se do "A nossa Vida". No singular. E não como escreveu, no plural.
Quanto à questão da relevância do tópico levantada por algumas utilizadoras... Não vejo porque não. O fórum é público. E o tema bastante legítimo. No entanto,
Mas tal como eu, cada um é livre de falar sobre o que lhe vai na alma desde que não ofenda o próximo, certo?!
Certo!
É estranho é estranho mas participa nos tais tópicos.
Ofender também passa por levantar falsos testemunhos acerca dos utilizadores envolvidos no tópico.
Quanto a este tópico: O assunto é bastante pertinente. Tive professores péssimos de inglês, concretamente. Mas os tive muito bons. A minha professora de inglês de 9º ano, portuguesa de gema e tinha um sotaque carregadíssimo. Uma óptima professora, não só pelo sotaque, óbvio. As professoras de francês idem. E a de espanhol pelo mesmo caminho foi. Posso dizer sem problemas que sou fluente nestas três linguas, aprendi sem o mínimo de dificuldades (os professores assim o permitiram também) e estou ansiosa por começar a aprender novas linguas. Próximas paragens: alemão e italiano. Para já.
Maria Indie wrote: Permita-me uma correcção ao português, o tão nosso português sobre este "tão nosso" site.
MariaDoGato wrote: neste site cujo título é “As nossas vidas”?
Trata-se do "A nossa Vida". No singular. E não como escreveu, no plural.
Quanto à questão da relevância do tópico levantada por algumas utilizadoras... Não vejo porque não. O fórum é público. E o tema bastante legítimo. No entanto,
MariaDoGato wrote: Mas tal como eu, cada um é livre de falar sobre o que lhe vai na alma desde que não ofenda o próximo, certo?!
Certo!
É estranho é estranho mas participa nos tais tópicos.
Ofender também passa por levantar falsos testemunhos acerca dos utilizadores envolvidos no tópico.
Quanto a este tópico: O assunto é bastante pertinente. Tive professores péssimos de inglês, concretamente. Mas os tive muito bons. A minha professora de inglês de 9º ano, portuguesa de gema e tinha um sotaque carregadíssimo. Uma óptima professora, não só pelo sotaque, óbvio. As professoras de francês idem. E a de espanhol pelo mesmo caminho foi. Posso dizer sem problemas que sou fluente nestas três linguas, aprendi sem o mínimo de dificuldades (os professores assim o permitiram também) e estou ansiosa por começar a aprender novas linguas. Próximas paragens: alemão e italiano. Para já.
"MariaDoGato escreveu:
neste site cujo título é “As nossas vidas”?"
Hmmmm...fossem tão graves quanto este os erros que vejo por aqui muito especialmente no que respeita à colocação do acento em "à"! Mas pronto, eu sou uma pessoa humilde e não vou inventar pretextos para justificar esse "erro" e sei que cometerei muitos mais!
Hmmm...é "muitos" ou "muito"????
Já agora, uma gabarolice: Tenho apenas a primeira classe de escola portuguesa e escrevo muito melhor do que alguns doutores que conheço
Como disse acima, fiz os meus estudos no Canadá. O meu conhecimento da língua Portuguesa foi apenas por convívio e por livros assim como pelo desejo de fazer bem tudo o que faço...desde que assim o consiga!
Hmmmm...fossem tão graves quanto este os erros que vejo por aqui muito especialmente no que respeita à colocação do acento em "à"! Mas pronto, eu sou uma pessoa humilde e não vou inventar pretextos para justificar esse "erro" e sei que cometerei muitos mais!
Hmmm...é "muitos" ou "muito"????
É capaz de estar a falar de mim?!
A maior parte dos acentos no "a" são colocados á,a, à, sorte.
Se não se importar, explique-me a regra, e sinta-se livre de corrigir os meus erros.
Para começar, "á" simplesmente não existe. Esse formato, portanto, é para esquecer
Depois, a confusão será entre "à" e "há". O segundo é uma forma do verbo "haver", que significa também "existir".
O "truque" que me ensinaram para saber distinguir quando se usa "à" e "há" é precisamente substituir o "à/há" por "existe". Se a frase mantiver o sentido, então o formato a usar é "há"; se a frase não fizer sentido, é "à".
- Vou à casa da ti maria.
- Vou existe casa da ti maria.
(Não faz sentido; usa-se o "à")
- Aqui há gato
- Aqui existe gato
(A frase, mesmo que esquisita, faz sentido; usa-se o "há").
Quando nos estamos a referir a questões temporais, usa-se sempre o "há". Aqui a substituição pelo "existe" pode não fazer tanto sentido como nos restantes casos, mas...
- Já ando por cá há quase dois anos
- Já ando por cá há muito tempo
- Já ando por cá há um bocado
(Nesse caso, os acentos são colocados à sorte, porque "existe sorte", neste contexto, não faz sentido ;))
Quando nos estamos a referir a questões temporais, usa-se sempre o "há". Aqui a substituição pelo "existe" pode não fazer tanto sentido como nos restantes casos, mas...
- Já ando por cá há quase dois anos
- Já ando por cá há muito tempo
- Já ando por cá há um bocado
O meu problema era mesmo este, como o "existe" não faz tanto sentido dava asneira. É o que dá ter andado na escola para brincar, em vez de estudar!
Obrigado Rui A.
Permitam-me um elogio às boas explicações e vontade de aprender que aqui se expuseram. É um engrandecimento pessoal digno de louvor, exemplo para muitos que não admitem um erro. Não adianta censurar sem explicar, não adianta cismar sem querer aprender.
Rui A. wrote: Para começar, "á" simplesmente não existe. Esse formato, portanto, é para esquecer
Depois, a confusão será entre "à" e "há". O segundo é uma forma do verbo "haver", que significa também "existir".
O "truque" que me ensinaram para saber distinguir quando se usa "à" e "há" é precisamente substituir o "à/há" por "existe". Se a frase mantiver o sentido, então o formato a usar é "há"; se a frase não fizer sentido, é "à".
- Vou à casa da ti maria.
- Vou existe casa da ti maria.
(Não faz sentido; usa-se o "à")- Aqui há gato
- Aqui existe gato
(A frase, mesmo que esquisita, faz sentido; usa-se o "há").Quando nos estamos a referir a questões temporais, usa-se sempre o "há". Aqui a substituição pelo "existe" pode não fazer tanto sentido como nos restantes casos, mas...
- Já ando por cá há quase dois anos
- Já ando por cá há muito tempo
- Já ando por cá há um bocado(Nesse caso, os acentos são colocados à sorte, porque "existe sorte", neste contexto, não faz sentido ;))
Mas se navegar pelos comentários e tópicos aqui colocados verá que raramente se usa o "à" e este é aplicado, na maioria dos textos, na forma de "á". Mas, claro, se fossemos a chamar esse pormenor à atenção, todos iriam dizer que é "por acaso"!
Enfim, quem quiser escrever correctamente que o faça. Afinal, a língua Portuguesa está quase em vias de extinção porque são demasiadas as pessoas que nada fazem para impedir que isso aconteça recorrendo a terminações absurdas como em "falásh", "tardze", "Portugalts", para além de termos estrangeiros e outros "inventados" que acabam por ser colocados nos nossos dicionários.
Mas isto foi apenas um desabafo. Uma pessoa só não muda o mundo!
Existem, nesse caso, 3 situações bem diferentes:
- aldrabar o português só porque sim, com o uso de, por exemplo, o "x" em vez do "s" ("tax em caxa?"), o "u" em vez do "o" e o "h" como acentuação ("fufinhuh");
- utilizar expressões de outras línguas, como estrangeirismos, por dificuldade de tradução (existem, de facto, palavras cuja tradução não é exacta e, ao dominar mais do que uma língua, o próprio léxico é assim aumentado. Um exemplo perceptível é "saudade", conceito muito dificilmente traduzível para outras línguas.). Para além disso, o próprio hábito pode levar ao recurso do conceito noutra língua enquanto se fala o português, quando a palavra é de conhecimento geral (p. ex.: "offtopic", acrescendo neste caso o facto da expressão "fora de tópico" ser, no mínimo, cómica);
- não dominar, simplesmente, a escrita em português.
Ressalve-se que a língua portuguesa é de difícil domínio completo e, por tal, não me parece lógico que ao mínimo erro seja necessário chamar a atenção das pessoas, para além de que ninguém é infalível. No entanto, é sempre válido debruçar-nos sobre os erros mais comuns e predispormo-nos a aprender mais.
...E já agora era óptimo que algumas (bastantes, aliás) pessoas tivessem mais atenção à PONTUAÇÃO!!!! Por diversas vezes eu tenho de ler aqui os tópicos 2 vezes, voltar atrás ou outras vezes simplesmente desisto de ler. Não há um princípio, meio ou fim. Não há pontos ou vírgulas, enfim...
Podiamos era ter um tópico onde colocar dúvidas e questões sobre a nossa língua.
Para além dos já mencionados problemas, noto muitos erros
na forma como se escrevem as formas verbais com e sem a ulilização dos pronomes pessoais.
ana
Para começar, "á" simplesmente não existe. Esse formato, portanto, é para esquecer
Depois, a confusão será entre "à" e "há". O segundo é uma forma do verbo "haver", que significa também "existir".
O "truque" que me ensinaram para saber distinguir quando se usa "à" e "há" é precisamente substituir o "à/há" por "existe". Se a frase mantiver o sentido, então o formato a usar é "há"; se a frase não fizer sentido, é "à".
- Vou à casa da ti maria.
- Vou existe casa da ti maria.
(Não faz sentido; usa-se o "à")- Aqui há gato
- Aqui existe gato
(A frase, mesmo que esquisita, faz sentido; usa-se o "há").Quando nos estamos a referir a questões temporais, usa-se sempre o "há". Aqui a substituição pelo "existe" pode não fazer tanto sentido como nos restantes casos, mas...
- Já ando por cá há quase dois anos
- Já ando por cá há muito tempo
- Já ando por cá há um bocado(Nesse caso, os acentos são colocados à sorte, porque "existe sorte", neste contexto, não faz sentido ;))
Lembrei-me de mais uma situação digna de registo.
Quando dizemos "há que tratar disso" é com o verbo haver, pois tem a ver com "ter". Ou seja, quando precisamos de referir necessidade, usa-se o há, com H.
Relativamente aos pronomes pessoais nos tempos verbais, tenho um truque muito eficaz: colocar o "se" no princípio, como os brasileiros. Por exemplo, "mostrasse" e "mostra-se". Se colocarmos o "se" antes ("se mostra") e corresponder ao que queremos dizer ("ela mostra-se disponível" - "ela se mostra disponível"), sabemos que é "mostra-se". Se perder o sentido, significa que pretendemos o "mostrasse" (conjugação de tempo verbal: "era bom que mostrasse as instruções"). Espero ter sido explícita que chegue, caso contrário, explico melhor.
Boas escritas!
Relativamente aos pronomes pessoais nos tempos verbais, tenho um truque muito eficaz: colocar o "se" no princípio, como os brasileiros. Por exemplo, "mostrasse" e "mostra-se". Se colocarmos o "se" antes ("se mostra") e corresponder ao que queremos dizer ("ela mostra-se disponível" - "ela se mostra disponível"), sabemos que é "mostra-se". Se perder o sentido, significa que pretendemos o "mostrasse" (conjugação de tempo verbal: "era bom que mostrasse as instruções"). Espero ter sido explícita que chegue, caso contrário, explico melhor.
Boas escritas!
Em ambos os casos que apresentas temos formas verbais. A diferença é que em "mostra-se" temos um pronome pessoal "se" mais o presente do indicativo, em "mostrasse" o Imperfeito do Conjuntivo.
Outro truque que se pode usar é colocar a frase na negativa, o que implica mesmo em PE que se troque a posição do pronome.
Em Portugal bebe-se muito vinho.
Em Portugal não se bebe muito vinho. -> -se
Não era à confusão entre o pronome pessoal "se" e a forma do conjuntivo que me estava a referir, mas sim ao constante "comes-te" "estives-te" e por ai fora... Arrepia-me!
As formas verbais no Pret. Perfeito Simples (ou todos os outros tempos) não se escrevem com -te. -mos etc.
Viste o filme?
Comeste o bolo?
Encontrámos o Pedro.
ana
Exactamente!
Também no próprio pretérito perfeito as pessoas cometem esse erro. Mas o truque que referi (experimentar colocar o que está a seguir ao tracinho antes do verbo) dá para determinar se está correcto. "te comes", apesar de poder existir em teoria, mostra que é diferente do "comeste" e assim percebe-se que não levará tracinho.
A da negativa também já tinha ouvido falar, e parece igualmente eficaz.
Imensa gente dá esse erro.
E realmente esses truques que vocês ensinaram ajudam muito.
Um outro truque consiste em ler, por exemplo, "comes-te" como 2 palavras separadas ("comes" + "te"), tendo em conta que as palavras são normalmente acentuadas na penúltima sílaba. Assim dá para perceber se faz sentido ou não.
"Comes-te" lê-se COmes-te, e "comeste" lê-se "coMESte".
Claro que em palavras como "lê-se" e "lesse" não dá para usar esse truque, e então o melhor é mesmo colocar o "se" antes ou então colocar a frase na negativa, tal como já foi dito.
E gostei muito da explicação relativa ao "à" e ao "há".
Exactamente!
Também no próprio pretérito perfeito as pessoas cometem esse erro. Mas o truque que referi (experimentar colocar o que está a seguir ao tracinho antes do verbo) dá para determinar se está correcto. "te comes", apesar de poder existir em teoria, mostra que é diferente do "comeste" e assim percebe-se que não levará tracinho.
A da negativa também já tinha ouvido falar, e parece igualmente eficaz.
Esse truque do "-se" a namorada já me explicou e funciona muito bem.
Já agora: Já me explicou, ou já mo explicou?
Ouço muitas vezes a segunda.
Eu acho que essa contracção não existe, porque para isso teria de ser, "Já me o explicou", e não faz sentido. Mas até não é do mais grave que se vê.
Eu passo-me é com a troca do "o" pelo "u", por exemplo "ocurreu" ou ainda pior, o famoso "muinto" . Está cheio de erros desse tipo no fórum.
Membro desde: 13.08.2010