Desabafo - Obras em casa feitas por familiar | A Nossa Vida

Desabafo - Obras em casa feitas por familiar

Retrato de NVanessa
05.09.2012 | 15:46
NVanessa:
Membro desde: 27.02.2010

Olá.

Estou uma pilha de nervos, até parece que me vai uma coisinha má!

Há 2 semanas e meia comecei umas obras em casa, no quintal. O projecto seria fazer uma churrasqueira, com balcão ao lado e uma zona de pia da loiça. Pedi vários orçamentos, inclusivamente a um primo do meu pai, com quem nos damos muito bem e que trabalha no ramo.

O orçamento dele foi o mais barato, por ser família pensei eu. Então ficou com o trabalho. Vou revelar aqui o valor do orçamento, porque vai ajudar a contextualizar a história. 2300€.

2 dias antes dele começar, reunimo-nos para acertar os últimos pormenores da obra, inclusivamente a forma de pagamento. Ficou estipulado que lhe dava metade no início e o restante no fim. Deu-me o NIB dele e fiz a transferência no mesmo dia para ele já ir comprando o material. Transferi um pouco mais que metade. Dei-lhe 1300€, ficando apenas 1000€ para o fim.

A obra começou. à medida que foi avançando, na primeira semana foi preciso ir fazendo alguns ajustes a nível de medidas. Por exemplo: Queríamos colocar um mini frigorífico por baixo do balcão e ele sabia desde o início disso. Mas ele construíu as paredes do balcão sem ter em conta a altura e profundidade do frigorífico. Conclusão: quando cheguei a casa com as medidas, ele já tinha enchido tudo com massa. Teve de esperar 1 dia que secasse, voltou a colocar mais massa, novas medidas, essas coisas todas. Levou mais tempo, mais recursos, mas culpa dele por ter sido precipitado.

Entretanto, o meu marido lembrou-se de fazer na parede um splash guard (é uma cena, normalmente da cor do balcão para proteger a parede dos salpicos da comida e outras sujidades). Perguntei-lhe se podia ser, ele disse que sim e eu fui comprar o material. Sim, eu comprei o material desta vez.

10 dias mais tarde, ele veio me pedir mais dinheiro porque tinha mais tijolo para comprar e também para dar o sinal da pedra de mármore do balcão, para a cortarem à medida. Pediu-me mais 1000€. Eu fiquei um pouco na defensiva, afinal de contas já lhe estava a dar o dinheiro todo do orçamento, ficando a faltar apenas a alteração do splash guard.

A obra continuou, atrasou entretanto (desde a semana passada que noto pouco avanço no trabalho dele. Mas pronto, pensei para mim "tem avançado pouco porque agora são mais pormenores, é preciso dar especial atenção e os pormenores é que demoram..."

Ele estipulou 2 semanas para a conclusão da obra. Vamos em 2 semanas e meia (entretanto meteu um feriado pelo meio e ele não trabalha aos fins de semana). Convém dizer aqui que ele vai sair do país dia 14 de Setembro (prá semana!) e sem perspectivas de regresso.

Agora vem a bomba:

Hoje não apareceu para trabalhar. Liguei-lhe há pouco a perguntar se tinha acontecido alguma coisa. Ele diz-me que já me ia ligar (yeah right) porque teve de ir resolver umas coisas da passagem dele e da família, documentação, vistos e isso. E pediu mais dinheiro. Disse que passou no multibanco para levantar dinheiro para pagar o que faltava da pedra de mármore e que não tem suficiente. Faltam-lhe 300 euros. Eu argumentei que já lhe tinha dado o dinheiro do orçamento todo e que o que faltava eram apenas os pequenos ajustes que ele fez. Ele disse: "falando nisso, já estive a fazer contas dos ajustes e só em mão-de-obra já vai em 500 e tal euros, fora o material". E eu perguntei: mas qual material, se fui eu que comprei o material para a parte extra?" Ele disse: "mais tijolo, mais cimento cola, ferro para segurar a estrutura, entre outras coisas".

Caiu-me o chão. Principalmente porque é família e eu DETESTO regatear preços. Não sou eu, eu não sou assim.

Respirei fundo. Disse "olha, primo, eu já não tenho mais dinheiro para te dar, o meu dinheiro todo já te dei, que foi o dinheiro do orçamento. Vou falar com o J. (marido) e ver o que ele diz, se te pode fazer a transferência dos 300 euros ou não".

Ainda lhe disse para ele adiantar do dinheiro dele e dps fazíamos contas, mas ele disse que não tinha (yeah right).

Agora estou aqui na mer****. Se lhe dou os 300 euros, ele é bem capaz de daqui a 2 dias vir pedir mais dinheiro para comprar as madeiras dos armários (provavelmente ainda não as comprou). E não vejo o fim disto. Se não lhe dou os 300 euros, ele é bem capaz de não aparecer mais, fico sem a pedra, sem a obra concluída e sem os 2300€ que já lhe dei para um trabalho que ainda está praticamente a meio (não tem pedra, não tem armários e falta pintar a chaminé).

Ajudem-me com opiniões sobre o que fazer. Pode ser que algum(a) de vocês tenha uma ideia brilhante que ainda não me ocorreu...


Retrato de ronhonho
Qua, 05/09/2012 - 16:13
ronhonho:
Membro desde: 15.01.2012

Parece que já não há gente séria.

Tens contrato escrito?

Uma vez aconteceu ao meu pai uma situação igualzinha, mas com muito mais dinheiro. Ficou tudo acordado só de boca e, antes da obra terminar, o empreiteiro pediu o total do dinheiro + extras (que era um exagero).
Ora o meu pai já não estava a gostar do andamento da obra (lenta e com defeitos) e ficou ainda mais de pé atrás.
Digo-te que está tudo em tribunal e teve que ser outra pessoa a concluir a obra (o que implicou mais alguns gastos, mas não o valor absurdo pedido).

Ainda para mais sendo de família, não sei não.
Cheira-me que se contratasses outra pessoa para te acabar isso ficava-te mais barato e com menos dores de cabeça.

Retrato de NVanessa
Qua, 05/09/2012 - 16:18
NVanessa:
Membro desde: 27.02.2010
ronhonho wrote:

Parece que já não há gente séria.

Tens contrato escrito?

Uma vez aconteceu ao meu pai uma situação igualzinha, mas com muito mais dinheiro. Ficou tudo acordado só de boca e, antes da obra terminar, o empreiteiro pediu o total do dinheiro + extras (que era um exagero).
Ora o meu pai já não estava a gostar do andamento da obra (lenta e com defeitos) e ficou ainda mais de pé atrás.
Digo-te que está tudo em tribunal e teve que ser outra pessoa a concluir a obra (o que implicou mais alguns gastos, mas não o valor absurdo pedido).

Ainda para mais sendo de família, não sei não.
Cheira-me que se contratasses outra pessoa para te acabar isso ficava-te mais barato e com menos dores de cabeça.

Família = contrato de boca

:'(

Já pensámos em contratar outra pessoa para terminar mas vai ser novamente uma pipa de massa porque as coisas mais caras ainda estão por vir. Ele até agora usou cimento, alguns tijolos (que são caros, admito), blocos e ferro. Onde é que estão 2300 euros nisto??? Sendo que as coisas mais caras ainda não foram pagas na totalidade (pedra de mármore e madeiras).

Não sei o que fazer :\

Retrato de Maria do Porto
Qua, 05/09/2012 - 16:31
Maria do Porto:
Membro desde: 29.09.2010

... em que te foste meter, rapariga! Sad

Não há pior que "negócios" com família - e já agora, com amigos...

Na minha opinião, tu e o teu marido têm de lhe pedir comprovativos de compra de todos os materiais. Idealmente, as facturas. Mas mesmo que não sejam facturas, há-de haver talões, qualquer coisa que vos permita monitorizar o que é que ele efectivamente gastou!

Podem ser "delicados" dizendo que têm o hábito de guardar toda essa informaçaõ para vosso controlo de despesas, e para consultar (para não se esquecerem e poderem avaliar a possibilidade de fazerem pequenas futuras obras).

Acredito que o teu primo vai fazer tudo para evitar dar-vos a relação do dinheiro gasto, porque me parece manifestamente exagerado! (Ou então, os materiais aí na Madeira são muito mais caros que cá no continente!).

Só espero que não descambe em conflito! SE ele aldrabou no preço dos materiais, descontem a diferença naquilo que ele vos apresentar como como cobrança final.

Quanto ás coisas que falta comprar para terminar a obra: um de vós deve ir com ele comprar e pagar. Não lhe passem mais dinheiro para a mão! Exijam a conclusão do trabalho, alegando que não lhe pagam absolutamente mais nada se ele não concluir...

Nunca lhe digam que vão pôr em causa o valor que ele pretenda apresentar.

Supondo que tens mais orçamentos: faz uma média dos custos apresentados por todos eles.

O preço justo a pagar pelo trabalho é esse e mais nenhum,: se já lhe deste 2300€ e o custo médio fôr por exemplo 2500€, quando ele vos apresentar ma factura final de 2900€ ou 3000€ - paguem apneas mais 200€ e expliquem porquê: afinal, parte da razão para as obras ficarem mais caras é a precipitação dele, e a falta de respeito pelas vossas orientações.

Em último caso: não passas mais dinheiro para as mãoes dele; ele não conclui o trabalho... Azar o vosso, que vão ter de contratar alguém para concluir o trabalho. Mas ficas livre de mais chatices.

Porque, de acordo com o padrão de comportamento manifestado por ele: se lhe passas mais dinheiro para a mão, vai acabar por te ficar descaradamente com ele, e vai-se embora no dia 14 sem te acabar a obra... Sad

Lamento a situação! Beijinhos...

Maria do Porto

Retrato de NVanessa
Qua, 05/09/2012 - 17:24
NVanessa:
Membro desde: 27.02.2010
Maria do Porto wrote:

... em que te foste meter, rapariga! Sad

Não há pior que "negócios" com família - e já agora, com amigos...

Na minha opinião, tu e o teu marido têm de lhe pedir comprovativos de compra de todos os materiais. Idealmente, as facturas. Mas mesmo que não sejam facturas, há-de haver talões, qualquer coisa que vos permita monitorizar o que é que ele efectivamente gastou!

Podem ser "delicados" dizendo que têm o hábito de guardar toda essa informaçaõ para vosso controlo de despesas, e para consultar (para não se esquecerem e poderem avaliar a possibilidade de fazerem pequenas futuras obras).

Acredito que o teu primo vai fazer tudo para evitar dar-vos a relação do dinheiro gasto, porque me parece manifestamente exagerado! (Ou então, os materiais aí na Madeira são muito mais caros que cá no continente!).

Só espero que não descambe em conflito! SE ele aldrabou no preço dos materiais, descontem a diferença naquilo que ele vos apresentar como como cobrança final.

Quanto ás coisas que falta comprar para terminar a obra: um de vós deve ir com ele comprar e pagar. Não lhe passem mais dinheiro para a mão! Exijam a conclusão do trabalho, alegando que não lhe pagam absolutamente mais nada se ele não concluir...

Nunca lhe digam que vão pôr em causa o valor que ele pretenda apresentar.

Supondo que tens mais orçamentos: faz uma média dos custos apresentados por todos eles.

O preço justo a pagar pelo trabalho é esse e mais nenhum,: se já lhe deste 2300€ e o custo médio fôr por exemplo 2500€, quando ele vos apresentar ma factura final de 2900€ ou 3000€ - paguem apneas mais 200€ e expliquem porquê: afinal, parte da razão para as obras ficarem mais caras é a precipitação dele, e a falta de respeito pelas vossas orientações.

Em último caso: não passas mais dinheiro para as mãoes dele; ele não conclui o trabalho... Azar o vosso, que vão ter de contratar alguém para concluir o trabalho. Mas ficas livre de mais chatices.

Porque, de acordo com o padrão de comportamento manifestado por ele: se lhe passas mais dinheiro para a mão, vai acabar por te ficar descaradamente com ele, e vai-se embora no dia 14 sem te acabar a obra... Sad

Lamento a situação! Beijinhos...

Olá, Maria.

Obrigada pela tua opinião. Estou tão triste com esta situação, tenho um nó na garganta, também pelo dinheiro que está em causa mas principalmente porque de certeza absoluta que isto vai dar confusão na família. Sad Ainda por cima, com ele praticamente a it embora. Sad

O meu marido falou com ele há pouco. Ele começou por perguntar para que era mais 300 euros (fez-se de tonto). Ele respondeu que era para a pedra. O marido então perguntou se estes 300 euros são para a pedra, para que foram os 1000€ que eu lhe dei na semana passada. Começou com desculpas, que os materiais estão mais caros do que ele pensava, que foi preciso mais tijolos, porque o orçamento que ele fez foi apenas para blocos e "vestir" as paredes com cimento. Apenas na zona da churrasqueira em si é que seria feita em tijolo anti-fogo, que é mais caro bla bla bla. Aí o meu marido interrompeu e disse que não, que ficar em cimento nunca tinha sido acordado, que o que tinha sido acordado era fazer em blocos e "forrar" com tijolo. Aqui é a palavra dele contra a nossa.

Entretanto, ele mudou de assunto e foi buscar o "acerto" dos 500 e tal euros. E o meu marido disse: fogo, isso tá caríssimo. E ele: "foi preciso mais material e tal.." O marido voltou a interromper e disse "material?? Se foi a Vanessa que comprou tudo à parte!" Foi aí que ele veio com a história que está tudo mais caro, e que foi preciso mais cimento cola, mais ferro...

Então o marido disse: "Se eu te der os 300€, não é para amanhã vires dizer que é preciso mais dinheiro para comprar as madeiras!", ao que ele respondeu que os 300€ era para a pedra e para as madeiras. How convinient! Na conversa comigo, era para dar para o restante da pedra, agora é para pedra e madeira...

Opá, não sei o que fazer. Mais 300 euros e confiar que ele não pede mais dinheiro para a madeira??? Ou digo-lhe de uma vez por todas o que me apetece: "Não apareças mais aqui"?

Aguardo mais opiniões, sendo que a tua é muito válida - pedir recibos de tudo até agora e sentarmo-nos e revermos as continhas todas. O problema é que isso vai tirar tempo (ele vai se pôr a enrolar e enrolar) e tempo é algo que não temos, pois ele vai embora na próxima semana.

Beijinhos e obrigada.

Retrato de Maria do Porto
Qua, 05/09/2012 - 17:37
Maria do Porto:
Membro desde: 29.09.2010

Não vais perder amis do que uma hora, proque ou ele tem os papéis, ou não tem...
É mais: se não tiver os paéis, tem de izer ONDE comprou os materiais e em que quantidade - e voc~es vão aos fornecedores confirmar!
Tem santa paciência: sendo ou não família, está a tentar vigarizar-vos!
E lembra-te: NÂO lhe dêem mais dinheiro. Qualquer pedido adicional de material tem de ser comprado por vós, directamente - ou vais mesmo perder uma pipa de massa!
Mais: se ele é da família, o melhor é deixar-lhe bem claro que OU vos faz as coisas com seriedade OU TOADA a GENTE fica a saber de tudo com todos os pormenores! (POde ser que ele tenha vergonha, e se toque!).

Beijinhos...

Maria do Porto

Retrato de NVanessa
Qua, 05/09/2012 - 17:44
NVanessa:
Membro desde: 27.02.2010

Infelizmente, como disse anteriormente, falta-me a coragem para regatear preços, discutir a "palavra "dele... Detesto confrontos. Ainda para mais sendo família / alguém que conheço.

Vou tentar que o marido faça isso. Ele é mais frontal e não tem o problema "família" - já que o primo é meu.

Que mer****!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Retrato de AID
Qua, 05/09/2012 - 18:03
AID:
Membro desde: 27.08.2008

Eu tenho a mesma opinião que a Maria do Porto!

Não lhe passar mais 1 cêntimo que seja para as mãos!

Aliás se fosse comigo provavelmente quando pediu os últimos 1000€, já não os tinha levado, uma vez que era o valor final acordado!

Se forem precisos mais materiais vão vocês mesmo com ele, mas tendo em conta que já lhe pagaram tudo como lhe falta pagar tanto material? Eu confrontava-o com essa situação!
Está bem que as coisas até podem estar caras, mas quando se faz um orçamento tem de se ter em conta o que se vai gastar em material!
Uma coisa e passar 100 ou 200€ do valor inicial, outra é esse abuso de que eles vos está a tentar impingir!!!

Família ou não, ele comigo não fazia farinha!

Ana

Retrato de NVanessa
Qua, 05/09/2012 - 18:06
NVanessa:
Membro desde: 27.02.2010
Retrato de CorpseBride
Qua, 05/09/2012 - 18:48
CorpseBride:
Membro desde: 02.10.2008

Trabalhar para/com família ou amigos, especialmente no ramo da construção civil, é do pior!
Já vi demasiadas situações darem para o torto, amigos que se zangaram, parentes que deixaram de se falar por causa disso - porque se é com um estranho, uma pessoa não tem problemas em reclamar sobre o que acha que não está bem, mas com gente mais próxima é o caraças.

Agora que o mal está feito, "só" tens que decidir entre:

- Pagar-lhe o que ele quer para manteres as 'boas' relações...
- Não pagar porque não achas que é o justo e arriscares-te a que nunca mais se falem.

Eu não pagava. Nisso sou f... lixada. O valor estipulado é para ser definitivo. Se há contratempos durante o trabalho (que os há sempre), o orçamento já deve prever uma margem de manobra para isso - em obras é mesmo assim que deve funcionar.

Boa sorte!

There are no flowers on your grave, there are no chains
There I keep chanting for the forgotten name

Retrato de xana43
Qua, 05/09/2012 - 21:01
xana43:
Membro desde: 25.07.2011

Eu tbm sou da Madeira eheh. Tbm me aconteceu 1 caso semelhante na família. Quando os meus pais , já há uns anos atraz, decidiram fazer obras no telhado da casa tbm falaram com 1 primo do meu pai que trabalhava na construção civil e que nessa altura estava desempregado. Ora o meu pai para lhe dar o trabalho que ele tanto precisava e pensando que se ficasse entra famílias fosse mais fácil contratou-o.Nem te digo nem te conto...foi 1 aldrabão desde o princípio, ainda ficou com dinheiro que não era dele e quase nos arriscávamos a ficar sem o telhado pronto e prestes a começar o outono. Eu na altura era pequena, tipo 16-17 anos mas lembro-me perfeitamente a confusão que foi. Por isso, negócios com família o meu pai diz que nunca mais !!!
Boa sorte e que corra tudo pelo melhor mas não o deixes vos enganar mais até porque o dinheiro custa tanto a ganhar não é?
Depois vem dar novidades

Aos poucos a vida vai me mostrando por quem eu deve lutar e de quem eu devo desistir

Retrato de CaSilva
Qua, 05/09/2012 - 22:18
CaSilva:
Membro desde: 29.08.2010

Grande chatice que tens entre mãos, mas tens de ser forte e não deixar que brinquem com o teu dinheiro que tanto custa a ganhar. Eu compreendo que sendo família é muito complicado, mas a mim esta história está a cheirar mal e já o estou a ver a ir embora sem concluir a obra e com o dinheiro na mão...Toma cuidado linda!
Tenho um tio electricista que quando se trata de família é o que costuma levar x2, ele é bom no que faz e não é nada aldrabão mas leva muito caro e nem por ser família faz um descontinho!!
Faz como a outra menina disse, diz-lhe que dinheiro não dás mais, que vais sim com ele comprar os materiais e tu pagas, tens de ganhar coragem, pensa que é o teu dinheiro que está em jogo.
Depois anda dizer como correu, mas não te esqueças que também depende de ti a resolução do problema, tens de agir.

Beijinho grande

Retrato de Filipa V.
Qua, 05/09/2012 - 22:28
Filipa V.:
Membro desde: 05.09.2012

Olá
com a família normalmente há sempre problemas.. infelizmente

não sei bem o que diga, eu acho é que daqui para a frente devias sempre que possível fazer tu as compras.

beijinho e que tudo se resolva

o meu blogue:
sweet1candy.blogspot.pt

Retrato de NVanessa
Qui, 06/09/2012 - 00:46
NVanessa:
Membro desde: 27.02.2010

Olá meninas e obrigada por todas as opiniões.

Entretanto, envolvi o meu pai, que é primo legítimo e "mete mais respeito".

O meu pai ligou-lhe e disse-lhe que tinha os 300 euros em dinheiro vivo para lhe dar. E que sendo assim, iam os dois comprar a pedra e o meu pai pagava. Ele tentou se desviar e tal, disse que era melhor transferir, para não haver incómodos e tal. O meu pai, fazendo-se de tonto, disse que tinha o dinheiro cash e que para transferir, como são de bancos diferentes, ia demorar 2 dias. Ele continuou a insistir, e o meu pai também (mas sempre numa boa) e lá acabaram por combinar de se encontrarem amanhã. No meio da conversa o meu pai disse: "a semana passada levaste mais 1000 euros supostamente para a pedra, e agora queres mais 300 para levantar a pedra? Não faz sentido." Ele acabou por admitir que teve um imprevisto na vida pessoal dele e usou uma parte do dinheiro que havia lhe dado. Tá louco, só pode!!!

O pior agora é que, mesmo que ele não tenha dinheiro, e a pedra já está praticamente paga (faltam os 300 euros), tenho medo que ele desapareça e nem pedra nem dinheiro. Por isso já combinei com o meu pai: os 300 euros para a pedra e nem mais um cêntimo. Se ele acabar o trabalho, muito bem. Se não acabar (é o mais provável porque já não deve ter dinheiro para a madeira), é deixar assim e ele não recebe o resto dos "ajustes". E pago outra pessoa para acabar o trabalho. É como diz o meu marido: prefiro pagar nem que seja mais 1000 euros a outra pessoa para acabar o trabalho do que pagar a ele mais 1€!!

Amanhã, o meu pai vai ficar a saber se o dinheiro vai todo para a pedra e vai ficar sem dinheiro novamente para a madeira ou como é. A mim cheira-me que ele não vai ter dinheiro para comprar a madeira, apesar de ter dito ao meu marido que sim.

Desta forma, ao menos fico com a pedra cá em casa!

Amanhã ou depois dou notícias.

Obrigada mais uma vez.

Retrato de Mermaid_MM
Sex, 07/09/2012 - 11:57
Mermaid_MM:
Membro desde: 20.05.2009

E o dinheiro que ele usou no empréstimo pessoal? Ficam vocês a ver navios?

Retrato de NVanessa
Sex, 07/09/2012 - 14:06
NVanessa:
Membro desde: 27.02.2010

Pois, pelos vistos, eu tenho cara de banco mas enfim.

Da boca dele só saem mentiras. Disse que não tinha dinheiro e tal, disse também que não estava a ganhar dinheiro nenhum com a obra. Que o dinheiro foi todo em material. Lol Como se eu acreditasse nisso.

Ontem, tal como vim aqui dizer, o meu pai foi com ele comprar a pedra de mármore. E, na grande lata que o meu pai tem (lol), perguntou ao vendedor quando custou a pedra na totalidade. 400euros.

400 euros!! Ele pediu-me 1000€ da primeira vez para a pedra, e mais 300 euros que faltava pagar. Mas na realidade ele já tinha dado sinal de 200 euros e só faltavam pagar outros 200. lol...

Ontem, o meu pai veio cá para casa "comandar as tropas" e às 5 horas da tarde, eles já estavam a arrumar a ferramenta para ir embora. O meu pai não deixou, e insistiu, "vá, acabar isto que amanhã é só meter as portas. Vamos vamos". Sairam às 18:30. lol

Mania pá!! Não houve um único dia que sairam depois das 17 na semana passada. Na 4a feira desta semana, eram 16:30, já estavam a sair. E nunca chegam antes das 9:30. Pelo amor da santa, não??

E ainda teve a lata de dizer ao meu marido que as alterações de que mandei fazer (2 dias de trabalho no máximo!!) atrasaram a obra 1 semana. 1 semana!!! Tá louco, só pode.

Retrato de Nexa
Sáb, 08/09/2012 - 23:08
Nexa:
Membro desde: 21.07.2008

Negócios com família para mim é sempre para esquecer, mesmo que à primeira vista pareça o mais acertado.
Há uns anos a minha avó também fez um negócio com um familiar para lhe pintar a casa toda e devo dizer que ficou uma grande *****, só que depois "é familia e tal, levou mais barato e fica melindrado se lhe disser alguma coisa".
Tens agora uma grande chatice entre mãos porque se lhe dás mais dinheiro estás a ser "roubada" e se não lhe dás ele é capaz de não te acabar a obra.

Retrato de tiagot
Ter, 16/10/2012 - 20:15
tiagot:
Membro desde: 15.10.2012

NVanessa,

É uma situação muito desagradável de facto.
Mas um dias teremos que nos habituar a tratar destes processos em condições desde o início.

1 - Saber o que se quer, para quê, para quando, e quanto pode/quer gastar.
2 - ter uma equipa projectista (arquitecto e engenheiros) à altura da tarefa contratada com objectivos e condições bem definidas no contrato que vos possam ajudar tecnicamente e definir completamente o que irá ser construído/alterado através de peças desenhadas, cadernos de encargos e medições rigorosas.
3 - pedir vários orçamentos com as peças fornecidas pela equipa projectista iguais para todos.
4 - Contratar o empreiteiro escolhido e especificar no contrato que deverá executar os trabalhos previstos no projecto num determinado período e preço.

Se houver desvios e chatices, acho que tem outro tipo de garantias.

Porque de facto com um país inteiro a funcionar de "boca" com orçamentos dado a olho entre almoços e jantares às vezes bem regados, é complicado que as coisas resultem. Assim é inevitável que continuem a apresentar facturas de tijolos, ferro e afins que até podem ter sido comprados e usados noutras obras.

Melhor sorte para a próxima, talvez seja boa ideia iniciar este tipo de processos, mesmo que pareçam simples, com outro tipo de rigor.

Retrato de tiagot
Qua, 17/10/2012 - 09:20
tiagot:
Membro desde: 15.10.2012

Errar todos erramos, o que importa é aprender e não cometer o mesmo erro.
É sempre bom aprender com os nossos erros.
O que estes fóruns têm de bom, é o facto de nos possibilitar aprender com os erros dos outros.
Obrigado pela partilha da experiência e que sirva para tirar-mos dela uma útil lição.

Cpts.

Retrato de NVanessa
Qua, 17/10/2012 - 11:47
NVanessa:
Membro desde: 27.02.2010

tiagot wrote: NVanessa,

É uma situação muito desagradável de facto.
Mas um dias teremos que nos habituar a tratar destes processos em condições desde o início.

1 - Saber o que se quer, para quê, para quando, e quanto pode/quer gastar.
2 - ter uma equipa projectista (arquitecto e engenheiros) à altura da tarefa contratada com objectivos e condições bem definidas no contrato que vos possam ajudar tecnicamente e definir completamente o que irá ser construído/alterado através de peças desenhadas, cadernos de encargos e medições rigorosas.
3 - pedir vários orçamentos com as peças fornecidas pela equipa projectista iguais para todos.
4 - Contratar o empreiteiro escolhido e especificar no contrato que deverá executar os trabalhos previstos no projecto num determinado período e preço.

Se houver desvios e chatices, acho que tem outro tipo de garantias.

Porque de facto com um país inteiro a funcionar de "boca" com orçamentos dado a olho entre almoços e jantares às vezes bem regados, é complicado que as coisas resultem. Assim é inevitável que continuem a apresentar facturas de tijolos, ferro e afins que até podem ter sido comprados e usados noutras obras.

Melhor sorte para a próxima, talvez seja boa ideia iniciar este tipo de processos, mesmo que pareçam simples, com outro tipo de rigor.

Serviu a lição, meu caro! Até porque a obra está a dar alguns problemas de infiltrações e o dito primo já cá não está no país para resolver.

Caso para dizer que o barato sai caro. E nem foi assim tão barato quanto isso porque no final da obra ele quis "ajustar contas".

Enfim. Arrumado e aprendido.