A agonia de não saber o que quero | A Nossa Vida

A agonia de não saber o que quero

Retrato de anonimousboy
03.02.2015 | 19:19
anonimousboy:
Membro desde: 03.02.2015

Boa Noite,

Considerem este tópico como mais um desabafo de alguém (como tantos outros) que não sabe bem o que quer.

Vamos começar como uma história da carochinha.

Tudo começou há muito, muito tempo. Conheci a minha companheira actual (minha primeira e única namorada) com quem namorei bastantes anos. Foram anos muito felizes, ela tinha o sonho de casar virgem e eu (também o sendo) respeitei a sua "vocação" e aceitei as suas condições. Os anos foram passando, começámos a trabalhar e eu sempre a tentar que a nossa intimidade evoluísse. Perdemos ambos a virgindade, que foi algo que pensei ser bem melhor do que foi, mas é o que é e todos nós aqui teremos histórias mais ou menos românticas, caricatas ou mesmo de terror sobre o momento.
O nosso relacionamento foi evoluindo, a intimidade foi aumentando, mas sempre de forma muito lenta e demasiado gradual, sem nunca me satisfazer por completo. Sempre achei que fosse por causa de não estarmos casados, visto que até me sentia desejado e querido. Tomei a decisão de a pedir em casamento, pois sempre nos demos imensamente bem em tudo o resto da nossa vida e achando que a nossa vida sexual não avançava mais porque não assumia um compromisso mais sério. O tempo foi passando, mas a nossa vida íntima não avançou, pelo contrário só piorou. O tempo foi passando, as acusações de tens que fazer assim e assado foram surgindo, mas os relacionamentos íntimos foram sempre muito espaçados e eu sempre em agonia. O que é que eu faço mal? O problema será mesmo meu? Sou assim tão mau na cama que a minha mulher já não me deseja? A frustração era tanta que nem eu nem ela nos sentíamos realizados e as tensões no relacionamento surgiram, com discussões aqui e ali que ou por minha recreação ou pela dela acabavam por se resolver. Frustrado e com a auto-estima em baixo, decidi que tinha que tirar as minhas dúvidas e parti à procura de alguém que me pudesse entender e que partilhasse as mesmas dores e desilusões. Esse alguém surgiu, envolvemo-nos intensamente, eu apaixonei-me, ela apaixonou-se e eu queria divorciar-me. Na altura a minha companheira estava desempregada e por pena e remorso, nunca consegui dar o passo. Os meses foram passando, fomo-nos encontrando e a minha auto-estima subiu, subiu para níveis nunca antes alcançados, sentía-me um verdadeiro galã, capaz de conquistar todas as mulheres. Passados 6 meses, a paixão acabou e instalou-se o remorso, remorso por sentir que a minha companheira me amava, me adorava e seria incapaz de me trair. Acabei com o meu relacionamento extra-conjugal, o que me deixou bastante em baixo, pois tive que escolher entre 2 pessoas e uma delas ficou de coração partido... À medida que o tempo passava o meu relacionamento sexual com a minha mulher melhorou, pois andava mais confiante e também por causa da experiência que adquiri com o meu relacionamento extra-conjugal. Quando este acabou, fiquei novamente na m#$%&, mas decidido a fazer tudo para salvar o meu casamento e a minha vida sexual com a minha companheira. Não me arrependi nem arrependo de ter tido uma amante, mas a verdade é que aquele relacionamento me deixou por um lado saudades, pois o sexo era fantástico, mas por outro um remorso que ainda hoje me consome por não conseguir ser 100% honesto com a minha companheira. Passaram-se 3 anos desde então e neste momento encontro-me em profunda agonia, há momentos em que me apetece gritar e chorar, pois não aguento toda a dor e frustração que fui acumulando ao longo deste tempo. As discussões ultimamente adensaram-se e as críticas estão cada vez mais duras, apesar de não haver ofensas verbais e físicas há coisas que custam mais a ouvir do que levar um estalo. Estou a chegar a um ponto em que quero ficar com a minha mulher, mas não aguento que na intimidade não haja a mesma entrega do lado dela. Ela quer ter filhos e já fomos a consultas para o efeito e eu tenho andado inquieto precisamente por isto, pois se tivermos um filho não haverá volta a dar, não quero dar ao meu filho um mau ambiente familiar, nem quero que cresça com pais divorciados. Não quero deixar a minha companheira, pois ainda se encontra desempregada e não tem mais sítio para onde ir que não seja a casa dos pais e é este o meu estado de espírito atual. Gostava que deixassem as vossas críticas e comentários.

R.


Retrato de anonimousboy
Ter, 03/02/2015 - 19:21
anonimousboy:
Membro desde: 03.02.2015

digam-me apenas o que fariam e como fariam na minha situação

Retrato de CCO
Ter, 03/02/2015 - 20:08
CCO:
Membro desde: 19.11.2009

Boa noite!
Não percebi bem se pediste opinião do que é que estás a sentir ou do que outro faria no teu lugar... mas como defendo que ninguém é igual e em circunstâncias idênticas reagiriam de formas diferentes até mesmo em momentos diferentes da vida, optei por tentar d ar a minha perspectiva do que no fundo se passa contigo.

Parece-me que sentes imensa culpa pelo que fizeste e por mentires/omitires a cada dia. Isso gera emocões negativas tão grandes contra ti próprio que tentas arranjar uma desculpa para não te sentires tão mal, que é o facto de ela não ter estado, na altura, a ser a companheira que precisavas e isso reflecte-se depois no tipo de relacionamento de vocês dois. O desejo de ter filhos por ela, pode até mesmo ser uma forma que, incosncientemente, ela tenha encontrado para evitar que se afastem, para criar, no fundo, a intimidade que nunca tiveram.

Há portanto dois pontos, o primeiro que é tu te perdoares. Ninguém é pefeito, todos erramos e o lado bom é que aprendemos com os erros. O arrependimento e culpa mostram que aprendeste com o erro. Já imaginaste o que era massacrar uma criança durante vários anos por ela ter errado uma vez? Então vê-te como uma criança para essa parte da vida e precisaste aprender.

O outro ponto e perceberes o que sentes pela mulher que tens ao teu lado...Ela deixa-te feliz? Tens vontade de voltar do trabalho para estar com ela? Para partilharem bons momentos e divertidos?
É porque sexo, não é tudo, mas também se nunca foi bom é porque algum bloqueio (neste caso, dela) não deixou que a intimidade se manifestasse e a verdade é que isso é muito importante para gerar confiança entre o casal. Se vocês não tiveram é como se nunca tivessem partilhado livre e felizmente um momento que só um casal partilha... que é a dois.

Um outro erro teu, talvez tenha sido falta de comunicação. Em vez de tentar só tu compreende-la podias ter tentado que ela te compreendesse também.
Mas só tu sabes a resposta. E agora, após teres ligo este texto, pergunto-te: Ela é a mulher por quem voltarias atrás mas fazendo tudo bem? Se sim, começa por ser sincero e falar tudo com ela... Sinceridade é amor verdadeiro, sem ela ...
Se não estás disposto, se não te sentes feliz ao lado dela, não esperes que a felicidade vá bater à porta. Nós é que buscamos a nossa felicidade.

E acima de tudo, pensa em ti. Porque tu feliz, farás feliz a tua mulher, seja esta ou outra. E se tu és feliz sem a actual, estás a deixá-la livre para que alguém seja feliz ao lado dela e a faça feliz também.

Retrato de oteudiadeprincesa
Qua, 04/02/2015 - 14:03
oteudiadeprincesa:
Membro desde: 07.12.2010

Se quiseres manda mp para falamos um bocadinho...
Penso que será melhor do que aqui.

Retrato de anonimousboy
Qua, 04/02/2015 - 14:14
anonimousboy:
Membro desde: 03.02.2015

Antes de mais queria agradecer ao CCO por tirar tempo para me responder e me ajudar nesta altura mais difícil.

CCO wrote:

Não percebi bem se pediste opinião do que é que estás a sentir ou do que outro faria no teu lugar...

De tudo um pouco, procuro a peça do puzzle que traga lógica e decisão dentro da minha cabeça.

CCO wrote:

Parece-me que sentes imensa culpa pelo que fizeste e por mentires/omitires a cada dia.

CCO wrote:

Há portanto dois pontos, o primeiro que é tu te perdoares. Ninguém é pefeito, todos erramos e o lado bom é que aprendemos com os erros. O arrependimento e culpa mostram que aprendeste com o erro.

Tens toda a razão, houve um tempo em que não me perdoei pelo facto de ter traído a minha companheira e a culpa consumiu-me durante alguns meses. Consegui finalmente perdoar-me e colocar uma pedra sobre o assunto, mas foi sempre uma cicatriz que me fragilizou enquanto pessoa (a pessoa que sou para mim). Não considero que a traição tenha sido um erro, conheci uma pessoa espectacular com quem ainda mantenho um relacionamento de amizade. Foi uma experiência que me trouxe muito auto-conhecimento que de outra forma não desenvolveria. Fiquei a saber como me apaixono, porque me apaixono e também quando é necessário dizer basta. Não quer dizer que o facto de ter traído a minha companheira seja algo bom ou que aconselho a todos os homens, de maneira alguma, mas que trouxe muitas coisas positivas à minha vida, trouxe, inclusivamente à minha vida sexual e romântica com a minha companheira.

CCO wrote:

O outro ponto e perceberes o que sentes pela mulher que tens ao teu lado...Ela deixa-te feliz? Tens vontade de voltar do trabalho para estar com ela? Para partilharem bons momentos e divertidos?

Sim e Não, nim... Houve e há muitos dias em que estou em pulgas para voltar para casa, ainda não houve 6ªfeiras que eu dissesse: "Outra vez fim de semana, lá tenho eu que aturar a minha mulher outra vez..." até porque nos outros campos da vida somos 2 pessoas que se complementam e vamo-nos dando bem (se bem que tem os seus dias).

CCO wrote:

É porque sexo, não é tudo

Concordo a 100%, mas se serrares uma perna a uma mesa, ela continua em pé, mas não aguenta 10% do que aguentaria com as 4 pernas.

CCO wrote:

Um outro erro teu, talvez tenha sido falta de comunicação.

Um defeito meu é a falta de frontalidade. Tenho-o há imenso tempo e sempre tive medo (ou dificuldade) em enfrentar as pessoas, inclusive em questões laborais.

CCO wrote:

Em vez de tentar só tu compreende-la podias ter tentado que ela te compreendesse também.

Podia, mas queria ser o pilar dela, pois sempre pensei que tudo se devesse a falta de auto-estima dela. Não quis nunca dizer que gostava menos dela, ou que o sentimento que nutria por ela foi enfraquecendo por estas questões todas.

CCO wrote:

E agora, após teres ligo este texto, pergunto-te: Ela é a mulher por quem voltarias atrás mas fazendo tudo bem? Se sim, começa por ser sincero e falar tudo com ela... Sinceridade é amor verdadeiro, sem ela ...

Não sei se voltaria a fazer tudo de novo, amo a minha mulher, mas ao mesmo tempo acho que o amor que ainda tenho por ela é um amor paternal e não de marido e mulher. Sinto-me responsável por ela e isso de certa forma está-se a tornar insuportável.
Acho que há algumas verdades que não devem ser ditas, fazem mais mal que bem e como diz o velho ditado: "Olhos que não vêem, coração que não sente." Não acho que seja honesto esconder o que seja, mas por outro lado não a quero magoar e acima de tudo desiludir.

CCO wrote:

Se não estás disposto, se não te sentes feliz ao lado dela, não esperes que a felicidade vá bater à porta. Nós é que buscamos a nossa felicidade.

E acima de tudo, pensa em ti. Porque tu feliz, farás feliz a tua mulher, seja esta ou outra.

O que sei é que neste momento não me sinto feliz, sinto que preciso tempo para mim (tempo sozinho). Tenho saudades de ter tempo para tudo, de ter os meus hobbys e ter o meu círculo de amigos.

R.

Retrato de CCO
Qua, 04/02/2015 - 16:50
CCO:
Membro desde: 19.11.2009
anonimousboy wrote:

Antes de mais queria agradecer ao CCO por tirar tempo para me responder e me ajudar nesta altura mais difícil.

CCO wrote:

Não percebi bem se pediste opinião do que é que estás a sentir ou do que outro faria no teu lugar...

De tudo um pouco, procuro a peça do puzzle que traga lógica e decisão dentro da minha cabeça.

CCO wrote:

Parece-me que sentes imensa culpa pelo que fizeste e por mentires/omitires a cada dia.

CCO wrote:

Há portanto dois pontos, o primeiro que é tu te perdoares. Ninguém é pefeito, todos erramos e o lado bom é que aprendemos com os erros. O arrependimento e culpa mostram que aprendeste com o erro.

Tens toda a razão, houve um tempo em que não me perdoei pelo facto de ter traído a minha companheira e a culpa consumiu-me durante alguns meses. Consegui finalmente perdoar-me e colocar uma pedra sobre o assunto, mas foi sempre uma cicatriz que me fragilizou enquanto pessoa (a pessoa que sou para mim). Não considero que a traição tenha sido um erro, conheci uma pessoa espectacular com quem ainda mantenho um relacionamento de amizade. Foi uma experiência que me trouxe muito auto-conhecimento que de outra forma não desenvolveria. Fiquei a saber como me apaixono, porque me apaixono e também quando é necessário dizer basta. Não quer dizer que o facto de ter traído a minha companheira seja algo bom ou que aconselho a todos os homens, de maneira alguma, mas que trouxe muitas coisas positivas à minha vida, trouxe, inclusivamente à minha vida sexual e romântica com a minha companheira.

CCO wrote:

O outro ponto e perceberes o que sentes pela mulher que tens ao teu lado...Ela deixa-te feliz? Tens vontade de voltar do trabalho para estar com ela? Para partilharem bons momentos e divertidos?

Sim e Não, nim... Houve e há muitos dias em que estou em pulgas para voltar para casa, ainda não houve 6ªfeiras que eu dissesse: "Outra vez fim de semana, lá tenho eu que aturar a minha mulher outra vez..." até porque nos outros campos da vida somos 2 pessoas que se complementam e vamo-nos dando bem (se bem que tem os seus dias).

CCO wrote:

É porque sexo, não é tudo

Concordo a 100%, mas se serrares uma perna a uma mesa, ela continua em pé, mas não aguenta 10% do que aguentaria com as 4 pernas.

CCO wrote:

Um outro erro teu, talvez tenha sido falta de comunicação.

Um defeito meu é a falta de frontalidade. Tenho-o há imenso tempo e sempre tive medo (ou dificuldade) em enfrentar as pessoas, inclusive em questões laborais.

CCO wrote:

Em vez de tentar só tu compreende-la podias ter tentado que ela te compreendesse também.

Podia, mas queria ser o pilar dela, pois sempre pensei que tudo se devesse a falta de auto-estima dela. Não quis nunca dizer que gostava menos dela, ou que o sentimento que nutria por ela foi enfraquecendo por estas questões todas.

CCO wrote:

E agora, após teres ligo este texto, pergunto-te: Ela é a mulher por quem voltarias atrás mas fazendo tudo bem? Se sim, começa por ser sincero e falar tudo com ela... Sinceridade é amor verdadeiro, sem ela ...

Não sei se voltaria a fazer tudo de novo, amo a minha mulher, mas ao mesmo tempo acho que o amor que ainda tenho por ela é um amor paternal e não de marido e mulher. Sinto-me responsável por ela e isso de certa forma está-se a tornar insuportável.
Acho que há algumas verdades que não devem ser ditas, fazem mais mal que bem e como diz o velho ditado: "Olhos que não vêem, coração que não sente." Não acho que seja honesto esconder o que seja, mas por outro lado não a quero magoar e acima de tudo desiludir.

CCO wrote:

Se não estás disposto, se não te sentes feliz ao lado dela, não esperes que a felicidade vá bater à porta. Nós é que buscamos a nossa felicidade.

E acima de tudo, pensa em ti. Porque tu feliz, farás feliz a tua mulher, seja esta ou outra.

O que sei é que neste momento não me sinto feliz, sinto que preciso tempo para mim (tempo sozinho). Tenho saudades de ter tempo para tudo, de ter os meus hobbys e ter o meu círculo de amigos.

R.

Peço desculpa nas coisas que posso ter compreendido mal. De resto, acredito que já tens a tua resposta... só falta passares à acção.

Retrato de anonimousboy
Qua, 04/02/2015 - 17:08
anonimousboy:
Membro desde: 03.02.2015

Essa é a pior parte

Retrato de CCO
Qui, 05/02/2015 - 13:12
CCO:
Membro desde: 19.11.2009
anonimousboy wrote:

Essa é a pior parte

Sabes que apesar de ser a mais assustadora porque requer coragem, não acho que seja a pior? Porque é muito dificil distinguir as nossas emoções e medos do que o coração nos diz, principalmente em momentos dificeis, confusos. Tomar uma decisão é dificil quando queremos que seja a mais correcta, mas depois... é só ganhar coragem e deitar para fora o que vai dentro.

Retrato de anonimousboy
Qui, 05/02/2015 - 14:37
anonimousboy:
Membro desde: 03.02.2015
CCO wrote:

Sabes que apesar de ser a mais assustadora porque requer coragem, não acho que seja a pior? Porque é muito dificil distinguir as nossas emoções e medos do que o coração nos diz, principalmente em momentos dificeis, confusos. Tomar uma decisão é dificil quando queremos que seja a mais correcta, mas depois... é só ganhar coragem e deitar para fora o que vai dentro.

No meu caso o que me atormentam são os sentimentos mistos. Por um lado sinto que preciso de dar um ponto final porque não tenho um relacionamento que me satisfaça plenamente, por outro já construí uma vida com a minha companheira que já tem alguns anos, gosto dela e tenho muito carinho e afecto por ela. É impossível não por tudo isto na balança na hora de tomar uma decisão.

R.

Retrato de csofia_
Qui, 05/02/2015 - 23:18
csofia_:
Membro desde: 19.12.2012

Boa noite.
Antes de avançar para ter filhos, talvez fosse melhor contar à sua mulher que teve uma relação extra-conjugal, porque ela está a tomar uma decisão sem saber de toda a verdade. De alguma forma a sua mulher pode vir a saber do que fez, e aí é muito provável que o seu filho/a cresça num ambiente de guerra (principalmente se não for você a contar, mas sim uma 3a pessoa). Mais vale contar agora, pedir desculpa e deixá-la decidir, do que estar a trazer uma criança a este mundo com esse segredo.

Retrato de anonimousboy
Sex, 06/02/2015 - 10:31
anonimousboy:
Membro desde: 03.02.2015

O problema não é o avançar para ter filhos, não quero chegar a esse ponto porque tenho as minhas dúvidas de que serei feliz ao lado dela e não quero que os meus filhos cresçam com mau ambiente familiar. Por isso quero terminar o meu relacionamento com a minha companheira antes de envolver ainda mais gente inocente. Já basta ter que encarar a minha família e a dela quando tomar uma decisão. Vêm aí raios e coriscos, pois a família dela nunca gostou muito de mim, sempre me acharam incapaz de sustentar a filha (por vir de um extracto social mais baixo). Ainda quem deve compreender melhor são os irmãos dela. A minha família também se vai passar, porque também nunca a aceitaram completamente por ser a menina mimada dos papás. E eu no meio deste furacão todo... quanto mais penso mais angustiado fico.

R.

Retrato de csofia_
Sex, 06/02/2015 - 13:20
csofia_:
Membro desde: 19.12.2012

anonimousboy wrote: O problema não é o avançar para ter filhos, não quero chegar a esse ponto porque tenho as minhas dúvidas de que serei feliz ao lado dela e não quero que os meus filhos cresçam com mau ambiente familiar. Por isso quero terminar o meu relacionamento com a minha companheira antes de envolver ainda mais gente inocente. Já basta ter que encarar a minha família e a dela quando tomar uma decisão. Vêm aí raios e coriscos, pois a família dela nunca gostou muito de mim, sempre me acharam incapaz de sustentar a filha (por vir de um extracto social mais baixo). Ainda quem deve compreender melhor são os irmãos dela. A minha família também se vai passar, porque também nunca a aceitaram completamente por ser a menina mimada dos papás. E eu no meio deste furacão todo... quanto mais penso mais angustiado fico.

R.

Mencionou que a sua companheira está desempregada. Como nao têm filhos e não falou em problemas de saúde, suponho que seja apenas desmotivação. Já pensou que a relação não é muito saudável para ela também? Em algumas partes parece que a paternaliza, mencionando que está a ficar com alguma idade, não trabalha, a sua família acha-a mimada... e para além disso traiu-a (durante vários meses) mas nunca lhe contou nada. Não sei sobre a sua mulher, mas acho a sua posição algo arrogante.
Talvez a relação não esteja a ser tóxica apenas pra si, mas para a sua mulher também. Quem sabe a separação iria fazer bem aos dois.

Retrato de anonimousboy
Sex, 06/02/2015 - 17:13
anonimousboy:
Membro desde: 03.02.2015
csofia_ wrote:

Mencionou que a sua companheira está desempregada. Como nao têm filhos e não falou em problemas de saúde, suponho que seja apenas desmotivação. Já pensou que a relação não é muito saudável para ela também? Em algumas partes parece que a paternaliza, mencionando que está a ficar com alguma idade, não trabalha, a sua família acha-a mimada... e para além disso traiu-a (durante vários meses) mas nunca lhe contou nada. Não sei sobre a sua mulher, mas acho a sua posição algo arrogante.
Talvez a relação não esteja a ser tóxica apenas pra si, mas para a sua mulher também. Quem sabe a separação iria fazer bem aos dois.

Sim acho que está a ser tóxica para os 2. Quanto ao eu estar arrogante, penso que já é o acumular de anos de frustrações que faz de mim intransigente em relação a certas situações. Já não tenho costas para aguentar mais. Refere que quase que a paternalizo, concordo. Sinto-me responsável por ela como se de uma filha se tratasse. Essa responsabilidade é um peso enorme que carrego há anos. Se n fossem os pais dela contribuírem com algum dinheiro de vez em quando não conseguíamos ter casa, carro, etc. Não considero que isto seja vida de casal ou familiar saudável para ninguém. Mas não são os bens materiais que estão em causa, que já sei que provavelmente ela vai ficar com tudo, mas depois também não vai ter forma de os pagar, a menos que sejam os pais assumir essa responsabilidade. Quando saí de casa saí por minha conta e risco, e orgulho-me de ter capacidade para me sustentar.

R.

R.

Retrato de csofia_
Sex, 06/02/2015 - 20:38
csofia_:
Membro desde: 19.12.2012
anonimousboy wrote:
csofia_ wrote:

Mencionou que a sua companheira está desempregada. Como nao têm filhos e não falou em problemas de saúde, suponho que seja apenas desmotivação. Já pensou que a relação não é muito saudável para ela também? Em algumas partes parece que a paternaliza, mencionando que está a ficar com alguma idade, não trabalha, a sua família acha-a mimada... e para além disso traiu-a (durante vários meses) mas nunca lhe contou nada. Não sei sobre a sua mulher, mas acho a sua posição algo arrogante.
Talvez a relação não esteja a ser tóxica apenas pra si, mas para a sua mulher também. Quem sabe a separação iria fazer bem aos dois.

Sim acho que está a ser tóxica para os 2. Quanto ao eu estar arrogante, penso que já é o acumular de anos de frustrações que faz de mim intransigente em relação a certas situações. Já não tenho costas para aguentar mais. Refere que quase que a paternalizo, concordo. Sinto-me responsável por ela como se de uma filha se tratasse. Essa responsabilidade é um peso enorme que carrego há anos. Se n fossem os pais dela contribuírem com algum dinheiro de vez em quando não conseguíamos ter casa, carro, etc. Não considero que isto seja vida de casal ou familiar saudável para ninguém. Mas não são os bens materiais que estão em causa, que já sei que provavelmente ela vai ficar com tudo, mas depois também não vai ter forma de os pagar, a menos que sejam os pais assumir essa responsabilidade. Quando saí de casa saí por minha conta e risco, e orgulho-me de ter capacidade para me sustentar.

R.

R.

Parece estar no caminho certo, porque pior não há-de ficar.
Admitir que o ambiente é tóxico já é muito bom.
Força!

Retrato de Babe1987
Ter, 10/02/2015 - 19:14
Babe1987:
Membro desde: 30.06.2013

É óbvio que apenas a pena o fazem continuar com a sua companheira.
Nem pensem em trazer uma criança ao mundo nessa situação, crianças nunca salvaram casamentos. A situação da sua esposa é complicada, mas imagine se essa situação se arrasta...vai querer ser infeliz a vida toda?
Ser altruísta é de louvar mas só até certo ponto. Isto sem falar da sua traição.
Pense bem no que quer da vida.

Retrato de TCosta
Sáb, 28/02/2015 - 11:05
TCosta:
Membro desde: 13.05.2010

Custa-me a perceber como é que alguém está junto com uma pessoa e só ao fim deste tempo todo chegou há conclusão que não ama essa pessoa(porque se deixou andar tanto tempo??). O mal é não se colocar no lugar da sua companheira que no fundo foi e está a ser enganada e não imagina que está a ser usada, que vai sofrer porque o senhor é indeciso e não sabe o que quer.

Eu não gostava que me fizessem o mesmo e penso que o senhor também não.

Desculpe a sinceridade.

Madrinha da Joanasantosblue
Afilhada de Sofia1984

Retrato de bettsy
Qua, 11/03/2015 - 18:29
bettsy:
Membro desde: 22.10.2011

Sei que toda a gente diz para falares com ela... mas eu percebi que às vezes a ignorância é positiva...

Há pessoas que surgem na nossa vida APENAS para nos mostrar que não estamos bem com a vida que temos... Se não estás bem acaba... se não é pela outra pessoa pesa muito bem se deves contar ou não a sua existência no passado...